O Concurso Nacional Unificado foi oficializado por meio de decreto assinado pelo presidente da República. Até agora 15 órgãos já confirmaram adesão ao novo formato de certame.
Nesta sexta-feira (29/09), o governo federal publicou decreto que regulamenta o Concurso Nacional Unificado, também conhecido como Enem dos Empregos. Ou seja, agora, o formato de prova única para vários órgãos foi oficialmente criado e deverá ter o primeiro edital lançado ainda em 2023.
O documento disponível no Diário Oficial da União (DOU), informa que a adesão ao CNU poderá ser feita por "órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional". O regulamento define acerca dos custos e de como vai funcionar a organização da seleção.
O decreto nº 11.722/2023, assinado pelo presidente Lula, define um "modelo de realização conjunta de concursos públicos para o provimento de cargos públicos". Segundo o texto, a aplicação da prova deverá acontecer de forma simultânea no Distrito Federal e em todos os estados brasileiros.
De acordo com informações pré-divulgadas pelo Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), a primeira edição do Concurso Nacional Unificado vai contemplar 179 municípios com a prova única. Isso significa que mais pessoas terão acesso à avaliação, sem a necessidade de viajar para outro estado a fim de prestar o concurso. A partir disso, os objetivos são, conforme o artigo 3º do decreto:
I - promover igualdade de oportunidades de acesso aos cargos públicos efetivos;
II - padronizar procedimentos na aplicação das provas;
III - aprimorar os métodos de seleção de servidores públicos, de modo a priorizar as qualificações necessárias para o desempenho das atividades inerentes ao setor público; e
IV - zelar pelo princípio da impessoalidade na seleção dos candidatos em todas as fases e etapas do certame.
O documento completo pode ser encontrado no DOU, edição do dia 29/09, Seção 1, página 7.
Por ser uma seleção que contempla vários órgãos federais, os recursos para bancar o Concurso Nacional Unificado serão das autarquias que aderirem ao formato. Dessa forma, deverá ser feito um rateio para lidar com os custos da organização, publicação do edital, realização das etapas classificatórias e demais trâmites.
O decreto do governo federal determina que para isso, o MGI deverá publicar um ato com os critérios a serem seguidos para o rateio. No caso dessa primeira edição, o documento ainda não foi divulgado, uma vez que o prazo para adesão se encerra hoje, 29 de setembro.
Após todos os órgãos interessados confirmarem a participação, é que será definida a forma do rateio.
Serão criados dois grupos para garantir a organização do Concurso Nacional Unificado. O primeiro é a Comissão de Governança, que ficará responsável por estabelecer diretrizes, regras gerais, prazos e metas para implementação do certame. Essa comissão deverá ter um representante de cada um dos órgãos abaixo:
O outro grupo é o Comitê Consultivo e Deliberativo que servirá como comissão organizadora, a fim de validar a aprovar os cargos disponibilizados, os editais, o plano de trabalho e o relatório de acompanhamento. Também é responsabilidade do comitê resolver possíveis problemas de implementação do Concurso Nacional Unificado. Esse também será composto por um membro de cada um dos órgãos da Governança.
O Ministério da Gestão deve divulgar anúncio oficial, na tarde desta sexta-feira, de quais serão os órgãos participantes. Até agora, 15 órgãos já confirmaram a adesão ao Concurso Nacional Unificado, somando mais de 6.438 vagas. Veja quais são as oportunidades:
Após as confirmações, deverão ser montados a Comissão de Governança e o o Comitê Consultivo e Deliberativo e iniciar os trâmites do Concurso Nacional Unificado. A expectativa é de que o edital seja divulgado até 20 de dezembro de 2023 e a prova seja aplicada em meados de março de 2024.
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