Por definição, a inteligência emocional consiste em uma habilidade relacionada a um alto nível de conhecimento pessoal, permitindo que o indivíduo navegue e controle emoções, sentimentos e reações. No geral, essa capacidade refere-se tanto aos sentimentos pessoais quanto ao de outros, facilitando a socialização e aprofundando os relacionamentos.
Segundo a psicóloga hospitalar Ketlin Monteiro, a inteligência emocional também compreende a habilidade de perceber, nomear e expressar as emoções. Ademais, pode-se compreender e raciocinar sobre elas, regulando-as como consequência.
Ainda do ponto de vista psicológico, a inteligência emocional decorre da interação entre as emoções e as cognições, o que permite tanto a percepção quanto o controle dessas funções, tanto em si mesmo quanto nos outros. “Ao se atingir o domínio das emoções com inteligência, espera-se que o fluxo de emoções se torne mais construtivo e acarrete melhoras nos relacionamentos nas mais variadas esferas da vida humana”, explica Ketlin.
Como a inteligência emocional funciona?
Sobretudo, a base dessa capacidade é a consciência pessoal e o autoconhecimento, pois é o que permite o conhecimento, percepção, nomeação e expressão dos sentimentos a um nível pessoal. Como consequência, o indivíduo consegue estender e projetar essa noção em outras pessoas, agindo de forma empática e sensível.
No geral, pessoas emocionalmente inteligentes conseguem se colocar no lugar dos outros com facilidade, principalmente por conhecerem tão bem sobre emoções e reações. Como consequência, tendem a lidar com crise e solução de problemas com maior facilidade, pois entendem como as pessoas envolvidas se sentem diante dos desafios.
De acordo com a psicóloga Ketlin Monteiro, essa habilidade se destaca principalmente no ambiente de trabalho. “Ter consciência dos próprios sentimentos e atitudes contribui para uma melhor compreensão das situações e das circunstâncias que acontecem no ambiente de trabalho, possibilitando uma melhor reação, ação, comunicação e intervenção”, afirma.
Desse modo, a inteligência emocional facilita em atividades de liderança ou atendimento ao público, principalmente por permitir maior observação e acesso a diferentes perspectivas a partir das emoções envolvidas. Sendo assim, os sentimentos são vistos de maneira produtiva, não somente facilitando as relações entre colegas de trabalho, como também na solução de desafios e no gerenciamento de conflitos.
A inteligência emocional está associada ao autocontrole, consciência emocional e motivação, de modo que essas capacidades sejam estendidas ou ensinadas aos outros com facilidade. Portanto, permitem o desenvolvimento de pessoas emocionalmente inteligentes em diferentes ambientes, desde o mercado de trabalho até na própria família.
Como desenvolver essa habilidade?
A princípio, para desenvolver a inteligência emocional precisa-se pensar em ampliar o autoconhecimento e conexão pessoal. Desse modo, práticas como meditação, yoga e exercícios físicos estimulam uma noção de limites, assim como compreensão do fluxo de pensamentos e sentimentos.
Para estender essa habilidade a outras pessoas, uma maneira bem simples é entrar em contato com indivíduos diferentes, fora da bolha social e da zona de conforto. Conversar com pessoas diferentes estimula o conhecimento de personalidades e sentimentos diversos, facilitando o desenvolvimento da empatia e outras noções sociais relacionadas à inteligência emocional.
Por fim, exercitar a observação e a escuta ativa também são formas de desenvolver essa habilidade. Acima de tudo, trabalham a capacidade de agir com flexibilidade, mente aberta e compreender diferentes emoções.
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