Por que, às vezes, levamos choque ao tocar em outras pessoas?

Você já teve a sensação de tocar em alguém e levar um choque? O fenômeno é bastante intrigante, mas tem explicação científica por meio da eletricidade estática. Entenda.

Os choques elétricos são fenômenos que podem ocorrer em diversas situações do dia a dia e, certamente, você já tocou em um objeto e teve essa experiência.

continua depois da publicidade

Mas já levou um choque ao tocar em outras pessoas? A situação gera bastante curiosidade para quem passa por ela, afinal, como dois corpos humanos podem trocar cargas elétricas?

A verdade é que, por incrível que pareça, nós somos capazes de conduzir pequenas quantidades de eletricidade para outros objetos ou pessoas.

Para entendermos por que levamos choque ao tocar em outras pessoas, vamos precisar retomar alguns breves conceitos da eletricidade estática. Confira a seguir:

continua depois da publicidade
Leia também

Por que tomamos choque quando tocamos em outras pessoas

O choque ao tocar em outras pessoas não é algo frequente, mas pode acontecer em algumas situações, não é à toa que pessoas relatam já terem passado por essa experiência.

Para entender esse fenômeno, vamos precisar relembrar conceitos que aprendemos na aula de química. Primeiro, é importante ter em mente que somos compostos de átomos, assim como os objetos.

continua depois da publicidade

O átomo é a unidade básica de uma matéria, ou seja, de qualquer existência que tenha massa e volume, como exemplo dos seres humanos, animais e objetos físicos.

Os átomos são formados por prótons, elétrons e nêutrons. Os prótons são aqueles que têm carga positiva, os elétrons, negativa, e os nêutrons são neutros, como o próprio nome já diz.

Vale lembrar que os opostos se atraem. Portanto, os positivos e os negativos se atraem, enquanto os semelhantes se repelem.

Geralmente, as matérias têm o mesmo número de prótons e elétrons, fazendo com que ela fique equilibrada e tenha carga nula, ou seja, esteja neutra.

continua depois da publicidade

E é aí que entra a eletricidade estática, que acontece quando há um desequilíbrio entre as cargas, fazendo com que o átomo fique negativo ou positivo.

As cargas positivas ou negativas podem se acumular na superfície da matéria até encontrarem uma forma de serem liberadas ou descarregadas. Uma dessas formas é justamente por meio do circuito.

O contato de objetos por meio da fricção pode provocar a troca de cargas, por exemplo, quando esfregamos dois materiais isolantes que têm cargas diferentes.

Quando um corpo eletrizado positiva ou negativamente encosta em um corpo neutro, provavelmente vão trocar cargas elétricas, causando a sensação de choque.

Essa sensação é causada pela transferência de uma corrente elétrica. Mas vale ressaltar que, no caso de quando tocamos em outra pessoa e levamos choque, a carga é bem baixa, não colocando a vida de ninguém em risco.

O que nos deixa eletricamente carregados?

Agora que entendemos que a causa do choque é o contato entre um corpo neutro com outro positivo ou negativo, você deve estar se perguntando o que pode nos deixar eletricamente carregados.

O fenômeno pode acontecer por diversas razões, principalmente quando temos contato com outros objetos. Por exemplo, é possível que isso aconteça ao andarmos sobre um tapete, levantar de uma cadeira e, inclusive, ao vestir roupas de materiais sintéticos.

Além disso, dias frios e secos são mais propensos à ocorrência desse fenômeno, uma vez que o ar seco pode atrapalhar a troca de cargas.

Para quem deseja evitar o desequilíbrio estático, algumas dicas podem ajudar, como:

  • Evitar usar sapato de borracha em pisos que produzem estática;
  • Usar umidificador de ambiente caso a causa seja o ar seco;
  • Dar preferências a roupas de algodão;
  • Manter a pele hidratada;
  • Tocar em um objeto de metal para liberar a corrente elétrica. Faça isso algumas vezes para que a carga seja liberada aos poucos;

Outra opção são produtos antiestáticos, que podem ajudar a equilibrar a superfície. Mas lembre-se que esses fenômenos são naturais e não apresentam risco à saúde.

Compartilhe esse artigo

Leia também

Concursos em sua
cidade