Concurso Nacional Unificado: órgãos respondem se irão participar da prova única

O Concurso Nacional Unificado é uma proposta do governo para realização de prova única contemplando as 8 mil vagas a autorizadas para mais de 30 órgãos federais.

Concurseiros de todo o Brasil devem ficar atentos a uma das maiores novidades no mundo dos editais que é o Concurso Nacional Unificado. Anunciado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) no dia 25 de agosto, o projeto deve lançar uma prova única para vários órgãos.

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A ideia surgiu a partir da autorização de abertura de 8 mil vagas ainda para 2023. O MGI informou que cada entidade poderá definir se quer ou não aderir ao, também conhecido como, Enem dos empregos. Ou seja, não existe obrigatoriedade e depende do que os órgãos têm de regras internas para realização do concurso.

Quais órgãos devem fazer parte do Concurso Nacional Unificado?

O MGI listou 35 órgãos federais que podem ser incluídos nessa proposta. De acordo com a pasta, o prazo para dar a resposta vai até o dia 29 de setembro. Para saber mais, o Concursos no Brasil entrou em contato com todas as possíveis autarquias participantes e obteve algumas respostas.

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Em exclusividade à nossa equipe, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que “está avaliando a questão do Concurso Nacional Unificado e que uma decisão ainda não foi tomada”. O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) respondeu algo similar ao Concursos no Brasil.

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Segundo o órgão, “ainda será discutida essa possibilidade com a Diretoria, que decidirá oportunamente”. Quem também confirmou estar analisando o projeto é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Caso decida por não aderir ao processo unificado, o edital deverá ser publicado até dezembro”, disse a Capes em e-mail à nossa equipe.

Além dessas autarquias, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também respondeu ao Concursos no Brasil. No entanto, ainda não há informações sobre o Concurso Nacional Unificado até o momento. O CVM afirmou que deve entrar em contato assim que obtiver alguma novidade sobre o assunto.

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Entre os 35 órgãos que foram convidados a participar do Enem dos empregos, nove são Ministérios. Até o momento do fechamento desta matéria, o único que respondeu sobre o assunto foi o Ministério da Saúde. A pasta informa que “está analisando a adesão ao concurso unificado promovido pelo governo federal.”

Incra nega a participação no Enem dos empregos

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) se manifestou em exclusividade ao Concursos no Brasil negando sua participação. A entidade ainda confirmou o quantitativo de vagas e outras atualizações sobre o seu certame previsto, que deve ter banca organizadora definida em breve.

“O Incra não vai aderir ao Concurso Nacional Unificado do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A autarquia já está prestes a concluir o processo de escolha da banca organizadora da seleção autorizada por meio da Portaria MGI nº2.123, de 16/06/2023, que prevê a oferta de 742 vagas nos cargos de nível superior de Engenheiro Agrônomo, Analista Administrativo e Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário. Existe a expectativa que o edital seja publicado no final de novembro deste ano (ressaltando que se trata de uma ‘expectativa’ – a publicação poderá ocorrer antes ou depois do citado período).”, explicou o Incra.

Por que o concurso unificado é conhecido como Enem dos empregos?

No anúncio do Concurso Nacional Unificado, o MGI afirmou que pretende implementar uma etapa única de provas para os 35 órgãos que somam mais de 8 mil vagas autorizadas. Na ocasião, foi explicado que esse certame seguiria uma lógica similar à do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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Isso porque na prova de vestibular nacional é realizada uma única avaliação em todo o território e todos os candidatos respondem as mesmas questões. A partir da nota obtida, cada estudante pode se candidatar a diferentes universidades do país.

A ideia do Ministério de Gestão é fazer uma prova única para que, após os resultados, os concurseiros utilizem suas notas para se candidatar ao emprego no órgão desejado. Segundo a pasta, esse sistema facilitaria a aplicação de provas seguindo apenas um cronograma. Ao invés de uma vaga na universidade, o Enem dos empregos possibilitaria uma vaga de trabalho.

“Este projeto é inovador e ousado. Com isso, criamos um critério de justiça de acesso às vagas públicas como nunca ocorreu antes na história do Brasil”, afirmou o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Jr.

De acordo com o secretário, o edital do Concurso Nacional Unificado está previsto para ser lançado até dezembro deste ano, seguindo o limite estipulado pela portaria autorizativa dos editais. Para que isso aconteça, os órgãos precisam confirmar ou negar a adesão até o final de setembro.

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