Segundo a Psicologia, a inteligência emocional consiste na capacidade do indivíduo em reconhecer e avaliar os próprios sentimentos, sendo capaz de estender essa compreensão e domínio aos outros. Como consequência, a pessoa se torna hábil em lidar com as emoções, mas também com situações emocionais que sejam desafiadoras.
No geral, os relacionamentos interpessoais envolvem a relação com pessoas “difíceis”, mas é necessário administrar os próprios sentimentos para conseguir manejar o convívio sem prejudicar a ninguém. Portanto, confira a seguir como a inteligência emocional pode te ajudar nesses processos.
Como lidar com pessoas difíceis através da inteligência emocional?
Relacionamentos desafiadores podem surgir no ambiente de trabalho, por meio de chefes estressantes ou colegas de profissão que desobedecem ordens diretas. Além disso, podem surgir também no ambiente doméstico, com parceiros ciumentos ou filhos em etapas rebeldes do desenvolvimento.
Em todos os casos, é necessário utilizar a inteligência emocional para saber exatamente como se portar em situações de crise ou conflito. No geral, essa habilidade desenvolve o autoconhecimento e o autocontrole, pois é consequente de um nível amplo de conhecimento sobre os próprios sentimentos, emoções e reações.
Dessa forma, o indivíduo consegue agir de maneira mais empática, porque se coloca no lugar do outro e compreende os sentimentos que surgem daquela pessoa. No entanto, isso não significa que a inteligência emocional permite a manipulação das emoções ou a banalização dos conflitos.
Pelo contrário, essa habilidade se torna uma ferramenta para manejar as situações sem romper as relações, ainda que exija certo nível de comprometimento e paciência. Sendo assim, é interessante seguir algumas dicas nessas situações:
1) Reconheça os seus limites
A inteligência emocional conecta o indivíduo com os próprios sentimentos, de modo que ele conheça os seus limites, forças e fraquezas. Desse modo, ao lidar com situações desafiadoras ou relacionamentos difíceis, é importante identificar até onde você está disposto a ir, sem comprometer a sua saúde mental.
Mais do que isso, é fundamental estabelecer os limites para a outra pessoa, de forma que ela saiba quais comportamentos são inadmissíveis e as consequências das próprias ações na relação. Portanto, faça questão de verbalizar esses limites e reforçá-los, ainda que durante as situações de crise.
2) Utilize de uma comunicação não violenta
Na hora da briga, a comunicação se torna uma arma contra a pessoa que está alimentando o conflito. Entretanto, é também uma aliada para aliviar a situação e contornar a crise. Dessa forma, é fundamental se proteger das provocações e saber comunicar os próprios sentimentos com respeito e afeto.
Apesar disso, faz parte do reconhecimento dos próprios limites entender quando a pessoa está somente buscando uma briga. Neste sentido, a comunicação não violenta se torna ineficiente, mas pode-se utilizá-la para criar uma pausa no diálogo e gerar o distanciamento necessário antes de retomar aquele assunto.
3) Seja compreensivo
Muitas vezes, entender o momento do próximo e o momento pessoal é a ferramenta mais importante nos relacionamentos desafiadores. Será que ela não está descontando a frustração com outra questão em você? O motivo da briga é real ou somente uma desculpa para gerar conflito? A dificuldade é um traço da personalidade do outro ou uma escolha?
Essas e outras perguntas facilitam a compreensão do que precisa ser feito, além da quantidade de energia a ser depositada naquela situação. Ao agir com empatia, atenção e calma podemos identificar o que realmente está acontecendo e qual a melhor forma de proceder, sem gerar desgastes.