Tarifa do ônibus: municípios querem conter aumento com subsídio federal

Prefeitos de vários municípios brasileiros querem subsídio do governo federal para bancar gratuidades dos ônibus e evitar aumento na tarifa.

Nesta segunda-feira (17/01), prefeitos das capitais e grandes cidades solicitaram reunião com o presidente Jair Bolsonaro. A intenção é discutir o reajuste da tarifa do ônibus até o início de fevereiro. A ideia dos governantes é conseguir um subsídio federal para custear gratuidades do sistema de transporte urbano.

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O aumento do preço do diesel utilizado nos ônibus e a alteração salarial dos trabalhadores da área influenciam na cobrança da passagem. Os gastos com sistema de ônibus no Brasil está em torno de R$ 40 bilhões somando despesas com funcionários e combustível. Além disso, 20% dos passageiros transportados contam com isenções.

A partir disso, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) publicou ofício defendendo a “instituição de um programa emergencial de assistência financeira imediata para minimizar os reajustes nas tarifas do transporte público”. De acordo com a FNP, esse auxílio da União sobre as gratuidades custaria em torno de R$ 5 bilhões ao ano.

Reajuste da tarifa do ônibus supera 50% em alguns locais

Entre novembro de 2021 até a última semana, 43 cidades brasileiras já mudaram o valor do passe. Segundo dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) o menor índice utilizado foi de 2%. Em algumas localidades, o reajuste superou 50%.

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O presidente-executivo da NTU, Otávio Cunha, afirmou que a diminuição de passageiros e o aumento das gratuidades foram intensificados pela pandemia. No entanto, ele não acredita que aumentar o preço da tarifa do ônibus é a melhor solução. Cunha explicou que em países da Europa e até nos Estados Unidos esse déficit é subsidiado pelo governo.

Para ele, o ideal seria adotar esse modelo no Brasil. Quem apoia a proposta é Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre. “A gratuidade para quem tem mais de 65 anos é um direito constitucional, por isso é legítimo o subsídio federal. Hoje, é o cidadão pobre que depende do ônibus que está pagando pelos que não pagam passagem”, disse.

Além de Melo, os prefeitos de São Paulo, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador devem participar da audiência com Bolsonaro para tratar do assunto.

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