A privatização dos Correios fez uma pausa inesperada. Após aprovação na Câmara, a matéria seguiu para o Senado, onde deveria ser analisada e votada pelos parlamentares. No entanto, não é o que está ocorrendo.
- Concurso ICMBio: Mourão anuncia 740 vagas para o órgão, incluindo Ibama
- Grupo BIG libera cerca de mil vagas de emprego para vários cargos; saiba como se inscrever
De acordo com o senador Otto Alencar (PSD-BA), os parlamentares da Casa estão receosos em assumirem a relatoria do projeto. Mesmo aqueles que são a favor da privatização dos Correios, evitam se candidatar ao cargo.
Privatização dos Correios parou momentaneamente
A lei determina que toda matéria de privatização de uma empresa necessita de um relator. O parlamentar que assume o cargo é responsável por analisar diversos detalhes da venda e dar um parecer sobre o processo. O relatório serve como referência para os demais parlamentares.
Um dos motivos elencados por analistas políticos está o de que os Correios não geram prejuízos à União. Pelo contrário, somente em 2020, a empresa teve lucros de R$ 1,53 bilhão. Ou seja, não haveria justificativa plausível para a privatização, o que poderia prejudicar a imagem do parlamentar, pensando já em 2022, ano de eleições.
Sendo assim, enquanto não houver um relator, a matéria da privatização dos Correios permanecerá parada no Senado e poderá até ser engavetada caso os senadores optem por não tocarem em um assunto tão polêmico.
Governo quer vender nove empresas
Os Correios fazem parte de um grupo de empresas que o governo federal quer privatizar. Segundo o Ministério da Economia, a venda das estatais traria novas verbas ao país e também faria com que a União evitasse prejuízos na administração das empresas.
Além da venda dos Correios, o governo federal já anunciou que pretende vender a Eletrobras, Emgea, Ceasaminas, Porto de Vitória (Codesa), Nuclep, Trensurb, Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a liquidação da liquidação da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF).