A reunião de vários órgãos numa prova única para contratação de servidores tem dado o que falar entre os concurseiros. O Concurso Nacional Unificado (CNU) é uma inovação no mundo dos certames e tem sido muito comparado com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No entanto, essa não é apenas uma coincidência. O apelido de “Enem dos Empregos” tem um fundamento e já foi explicado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). A pasta também já liberou várias outras informações acerca do certame que deve contar com mais de 7 mil vagas. Confira mais detalhes na matéria a seguir.
Por que o Concurso Nacional Unificado é comparado ao Enem?
Uma das principais dúvidas sobre o Concurso Nacional Unificado é a comparação em relação ao Enem. A verdade é que as duas seleções têm uma série de semelhanças, uma vez que o CNU foi inspirado na prova de vestibular. O próprio MGI apelidou o certame de “Enem dos Empregos”. Veja o que as duas provas têm em comum:
- Prova objetiva única para todos os candidatos;
- Aplicação de prova em diversos municípios ao redor do país;
- Período de inscrição único para todas as vagas;
- Cobrança de taxa de inscrição.
Vale ressaltar também que o vestibular Enem é organizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Essa mesma entidade está entre os órgãos parceiros que irão realizar o Concurso Nacional Unificado. Também participarão da organização da seleção de servidores:
- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea);
- Escola Nacional de Administração Pública (Enap);
- Advocacia-Geral da União (AGU).
Quais são as diferenças entre o CNU e o Enem?
Apesar de o Concurso Nacional Unificado ter sido inspirado no Enem e, por isso, as seleções possuem semelhanças, elas não são iguais. Ou seja, existem fatores que diferenciam as provas:
- O CNU é voltado para contratar servidores públicos, enquanto o Enem serve de porta de entrada para estudantes chegarem às Universidades Públicas do país.
- CNU será dividido em oito blocos temáticos de acordo com o setor de atuação dos órgãos participantes. Já o Enem não separa os alunos por conteúdo na hora da prova.
- CNU contará com etapa de questões específicas de acordo com o bloco temático. O Enem, porém, é feito em uma única etapa.
- Os candidatos do CNU já deverão, no ato da inscrição, definir qual bloco temático querem participar e os cargos que querem concorrer. No Enem, os estudantes só selecionam quais são as faculdades que querem pleitear vagas após a divulgação dos resultados.
- O Enem não tem um número determinado de vagas, pois isso fica a cargo de cada Universidade participante. O CNU, por sua vez, terá uma quantidade específica de cargos de acordo com os órgãos que optarem por participar da seleção.
Prova única deve ser aplicada em março de 2024
Nesta segunda-feira (11/09), o secretário de Gestão Pessoal do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Celso Cardoso Jr., deu uma nova informação sobre a data da prova do Concurso Nacional Unificado. O gestor afirmou que a aplicação deve acontecer em meados de março, ao invés de fevereiro como o cronograma inicial previa.
Segundo Cardoso Jr., os órgãos que estão analisando a possibilidade de aderir ao CNU chamaram a atenção para o tempo que os candidatos terão para se preparar. Originalmente, a expectativa era de que o edital fosse lançado em dezembro de 2023 e as provas acontecessem em fevereiro de 2024.
Isso garantiria apenas dois meses para os participantes estudarem e, portanto, poderiam ser prejudicados. Tendo isso em vista, o MGI poderá postergar a realização da avaliação para beneficiar os candidatos.
Quem tiver interessado em se inscrever no Concurso Nacional Unificado pode começar os estudos com base em provas anteriores dos órgãos convidados. Outra boa maneira é respondendo questões, como as disponibilizadas pelo nosso site Concursos no Brasil. Assim, essas pessoas poderão se destacar na hora de pleitear as vagas do CNU.