O que vocês acham da volta do horário de verão? É com essa pergunta que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, realiza enquete no Twitter. Até o momento o placar está folgado: 67,5% das pessoas votaram a favor da volta do horário de verão. O tópico já conta com mais de 2 milhões de votos e segue aberto pela rede social somente até as 18h desta terça-feira, 8.
Apenas 32,5% dos participantes são contra o retorno da medida, que adianta os relógios em uma hora e foi suspensa em 2019. O resultado prévio é similar ao registrado poucas horas após a publicação do post, na noite da última segunda, 7. Para votar, é necessário acessar a conta no Twitter e selecionar “sim” ou “não”. O post registra mais de 133 mil curtidas, 20 mil retweets e 36 mil tweets com comentários:
Governo que consulta a população. O que vocês acham da volta do horário de verão?
— Lula (@LulaOficial) November 7, 2022
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Horário de Verão: breve histórico
Este já é o quarto ano consecutivo sem Horário de Verão, prática que surgiu por conta da crise hídrica e costuma dividir opiniões entre os brasileiros. O próprio histórico revela como não há consenso, já que diferentes governos alteraram o fuso, visando economia de energia: 1931 a 1932, 1949 a 1953, 1963 a 968, 1985 a 2018.
Somente em 2008 é que o ato de adiantar os relógios foi oficializado e passou a ser realizado todo ano e em período específico: do terceiro domingo de outubro ao terceiro domingo de fevereiro.
O objetivo era aproveitar a luz natural do dia para reduzir o consumo de luz das famílias nos horários de pico (18h às 21h) e, assim, diminuir a demanda das usinas hidrelétricas, mitigando a possibilidade de apagões.
Mais recentemente, em setembro, o próprio Ministério de Minas e Energia (MME) revelou que o tema estava fora da pauta para 2022, já que não haveria tempo hábil para implementação e adaptação ainda em outubro.
A suspensão do Horário de Verão, em 2018, foi justificada pela mudança nos hábitos da população, com base em pesquisa divulgada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
Na época, o estudo indicou que a redução de consumo já não era tão significativa como em anos anteriores, dada a demanda em alta durante outros momentos do dia.
A diversificação da matriz energética do país – com aumento da geração via fontes renováveis como energia solar e eólica – também foi apontada como fator de mudança desse perfil, já que vem sendo verificada nos últimos anos uma redução considerável da dependência das usinas hidrelétricas como única fonte de geração.