Você gosta do horário de verão? Amada por uns, odiada por outros, a prática de adiantar os relógios em uma hora não acontecerá em 2022, pelo quarto ano consecutivo. É o que reitera o Ministério de Minas e Energia (MME), ao indicar que não haverá tempo hábil para realização de novos estudos e adaptação de diversos segmentos da sociedade até dezembro.
A decisão é corroborada por pesquisa recente do Operador Nacional do Sistema Elétrico segundo a qual não há economia significativa de energia para justificar a mudança nos ponteiros. Isso porque, de acordo com o ONS, a redução no consumo entre 18h e 21h é compensada pelo aumento em outros momentos do dia, especialmente no início da manhã. No entanto, a volta do horário de verão é reivindicada por alguns setores e não está descartada para os próximos anos.
O horário de verão pode voltar a ser implementado?
Não há uma decisão definitiva que estipule a mudança no fuso-horário, alvo de controvérsias. A prática foi suspensa pelo governo federal em 2019, após 90 anos do primeiro registro.
Quando foi lançada, em 1931, a medida durou somente um ano e tinha como objetivo a economia de energia durante os meses mais quentes – períodos nos quais os reservatórios das usinas chegavam a níveis críticos, por conta do aumento do consumo das famílias, sobretudo nos horários de pico.
Quase um século depois, com avanços tecnológicos e mudanças no estilo de vida do brasileiro, estudos indicaram que a ideia de adiantar os ponteiros não estava deixando a conta de luz mais barata, motivo pelo qual poderia ser repensada.
O próprio histórico mostra como não há consenso vitalício. Entre idas e vindas, o governo federal implementou o horário de verão em 1931-1932, 1949-1953, 1963-1968, 1985-2018. Somente em 2008 é que adiantar os relógios passou a ser realizado em período específico: do terceiro domingo de outubro ao terceiro domingo de fevereiro.
Existe horário de verão em outros países?
O horário de verão não é uma invenção brasileira. Os primeiros registros da ideia datam de 1784 e são atribuídos ao norte-americano Benjamim Franklin.
Já a adoção da medida ocorreu durante a I Guerra Mundial em nações como Alemanha, França e Reino Unido. A medida voltou a ser pauta na década de 1970, quando foi popularizada como resposta à crise energética.
Atualmente, países integrantes da União Europeia, Austrália, Canadá, Chile, Cuba, Estados Unidos, México, Nova Zelândia e Rússia estão entre os que utilizam o horário de verão.