Salário mínimo 2023: nova estimativa da inflação altera valor previsto

Novo cálculo do Ministério da Economia supera o percentual aprovado para reajuste do salário mínimo em 2023.

O Ministério da Economia (ME) liberou uma nova estimativa para o salário mínimo de 2023. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula a inflação, o percentual teve uma queda de 8,10% para 7,41%. Ainda sim, a previsão é superior ao aprovado projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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Hoje, o piso nacional ficou fixado em R$ 1.212, considerando inflação de 10,18% do ano anterior. Caso o INPC feche em 7,41% em 2022, o salário mínimo deve subir para R$ 1.301,81. O valor é R$ 8,36 menor do que o previsto em maio desse ano, quando o índice calculado foi de 8,10%.

Vale ressaltar que todos os cálculos até agora não consideram um aumento real, ou seja, acima da inflação. Pelo quarto ano seguido, o salário mínimo deve ser reajustado sem ganhos a mais. A quantia oficial deve ser divulgada apenas no fim de dezembro de 2022 ou início de janeiro de 2023, após o fechamento do índice.

Salário mínimo 2023 foi aprovado no Congresso

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O Congresso Nacional aprovou o texto que prevê as despesas e a arrecadação de impostos para o próximo ano. De acordo com a LDO, a correção no salário mínimo 2023 deve ser de 6,77%. Esse percentual foi o primeiro calculado pelo Ministério da Economia e considera apenas a inflação vista no início de 2022.

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Mesmo com a mudança no índice, deputados e parlamentares mantiveram a previsão inicial. A partir disso, o piso nacional deve passar de R$ 1.212 para 1.294. O reajuste deve impactar na vida de cerca de 30,2 milhões de trabalhadores brasileiros, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad).

No entanto, mesmo que o projeto tenha recebido o aval, esse valor não é definitivo e muito menos ideal. Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo atual deveria ser 5,39 vezes maior.

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Mensalmente, o órgão refaz os cálculos tendo como base o aumento no preço dos produtos da cesta básica. Segundo o levantamento, o piso nacional precisaria atingir a faixa de R$ 6,5 mil para sustentar uma família de quatro pessoas.

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