Salário dos brasileiros tem queda de 7,2%, segundo IBGE

As informações foram divulgadas em relação à Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua, mostrando queda no valor médio do salário neste último trimestre.

Na última quinta-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados relacionados à Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mostrando que o rendimento real comum recebido pelos profissionais brasileiros foi de R$ 2.613 no trimestre encerrado em maio.

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Em porcentagens mais específicas, esse valor representa uma queda de 7,2% no pagamento em relação ao mesmo período analisado no ano passado. Neste ano, os dados identificaram quedas nos salários de trabalhadores formais, incluindo os funcionários do setor público e também os empregadores.

Entre os motivos para a diminuição estão os efeitos da inflação, assim como as modificações causadas na estrutura de rendimento dos trabalhadores em decorrência da crise imposta pela COVID-19.

Pesquisa também revelou crescimento no rendimento real habitual

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Segundo os dados divulgados, a redução das remunerações médias não acompanhou o crescimento da massa de rendimento real habitual dos trabalhadores, com um aumento de 3,2% na comparação com o trimestre anterior e 3% na comparação anual. Em números específicos, essa massa corresponde atualmente a R$ 249,8 bilhões.

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Sobretudo, a alteração é motivada pelo aumento de trabalhadores no mercado. De acordo com informações do Ministério do Trabalho divulgadas na última terça-feira (28), o Brasil gerou mais de 277 mil empregos com carteira assinada no mesmo período dessa análise, ainda no trimestre encerrado em maio.

Os cálculos realizados pelo IBGE mostram que a taxa de desemprego caiu para 10,5% nesse período, representando a menor taxa registrada desde 2016. Apesar disso, o país continua tendo mais de 11,3 milhões de desempregados atualmente.

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Números específicos

A pesquisa revelou que o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 35,6 milhões, o que representa um aumento de 2,8% em relação ao trimestre anterior e 12% na comparação anual.

Por outro lado, o número de trabalhadores sem carteira assinada neste setor foi o maior da análise, com crescimento de 23,6% na comparação anual.

Apesar disso, o número de trabalhadores autônomos permaneceu estável em relação ao último trimestre, mas registrou um aumento de 6,4% ao longo do ano. Da mesma forma, o número de trabalhadores domésticos também teve estabilidade na análise trimestral, mas a relação anual mostrou um aumento de 20,8%.

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Como consequência, estima-se que a taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada, o que corresponde a 39,1 milhões de trabalhadores informais, contra 40,2% no trimestre anterior. No geral, houve um crescimento no número de empregadores e também no número de empregados no setor público, com estabilização na análise anual.

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