A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, mais uma vez, refez a previsão da inflação. Com isso, houve mudança na projeção para o salário mínimo em 2022. Caso a previsão seja mantida, será a maior alta em seis anos.
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O Ministério da Economia vem tendo dificuldade em fazer uma previsão precisa. Essa foi a quarta vez que a expectativa da inflação foi divulgada. No início do ano, o índice esperado era de 6,9%. Em seguida, foi modificado para 8,4% e 9,1%. Atualmente, a projeção é de que o INPC termine em 10,04%.
Salário mínimo: maior alta em seis anos
De acordo com a Constituição, o salário mínimo é reajustado conforme o índice da inflação. Para isso, o governo utiliza o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado pelo IBGE anualmente. A nova previsão é de que o INPC atinja a marca de 10,04%. Portanto, o piso nacional terá elevação proporcional.
O reajuste do salário mínimo em 2022 deve ser o maior no período de seis anos. Somente em 2016, a elevação foi superior, 11,6%. Portanto, a expectativa é a de que o piso nacional vá de R$ 1.100,00 e salte para cerca de R$ 1.210,44.
Salário mínimo em 2022 não terá ganho real
Caso os números sejam mantidos, o salário mínimo em 2022 não contará com o ganho real. Isso quer dizer que não haverá um aumento no poder de compra do trabalhador. Para que haja ganho real é necessário que o reajuste seja superior ao índice da inflação.
De acordo com o governo, a ausência do ganho real se deve à falta de verbas para que haja um aumento maior. Portanto, a previsão é de que seja cumprida somente a norma da Constituição, o aumento conforme a inflação.
Existe a preocupação do impacto do salário mínimo em diversas áreas. Mas, os benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) são a principal dor de cabeça do governo.
Segundo estimativa da equipe econômica, para cada real aumentado no salário mínimo, cerca de R$ 315 milhões a mais sairão dos cofres públicos para o pagamentos de aposentadorias e pensões.