Carência de concursos compromete pesquisas no país, diz ministro Marcos Pontes

Ausência de novos concursos públicos compromete a realização de pesquisas no país por falta de profissionais.

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, falou sobre como a falta de concursos vêm comprometendo pesquisas no país. Segundo o ministro, o maior problema atualmente é a falta de pessoal, que deve piorar com previsão de aposentadorias.

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Falta de concursos compromete pesquisas

Além da falta de pessoal, o setor sofre com a falta de orçamento. Durante seu discurso, o ministro exemplificou o Instituto Nacional da Mata Atlântica, que conta com apenas 14 pesquisadores e metade já pode dar entrada na aposentadoria. A fala incisiva foi depois de parlamentares cobrarem a ele uma defesa do setor.

O ministro apresentou aspectos considerados essenciais para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovações no país, sendo a pesquisa um dos principais. Ele afirmou que essa ferramenta é essencial para o desenvolvimento econômico de um país. Ainda segundo ele, o orçamento da pasta deste ano é de R$ 2,6 bilhões, sendo R$ 1 bilhão para as bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

Pasta tem corte de R$ 600 milhões

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações teve R$ 600 milhões retirados do seu Orçamento. O valor seria para financiamento de pesquisas, mas foi remanejado para outros seis ministérios.

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Conforme a proposta aprovada, serão remanejados:

  • R$ 252,2 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Regional, para projetos de irrigação e outros;
  • R$ 120 milhões para o Ministério da Agricultura, especificamente para o setor agropecuário;
  • R$ 28 milhões para o Ministério da Cidadania, para financiar projetos e infraestrutura de esporte e lazer;
  • R$ 50 milhões para o Ministério da Educação, com objetivo de apoiar na infraestrutura da educação básica;
  • R$ 50 milhões para o Ministério da Saúde, que serão empregados na área de saneamento básico;
  • R$ 100 milhões para o Ministério das Comunicações, sob justificativa de inclusão digital.

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