O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) publicou autorização para abertura de 200 vagas temporárias para a própria pasta. O processo seletivo MGI vai contratar profissionais de nível superior para atender as necessidades do órgão por tempo determinado.
De acordo com a Portaria/MGI nº 6.726/2023, as oportunidades serão distribuídas entre sete cargos. Os servidores trabalharão em atividades voltadas para projetos de transformação digital do Governo Federal. O foco será o programa Startup GOV.BR. O edital está previsto para ser publicado em até seis meses.
Processo seletivo MGI: situação atual
Nesta terça-feira (31/10), o Ministério da Gestão e Inovação publicou portaria autorizativa no Diário Oficial da União (DOU). O documento prevê a abertura de 200 vagas para “atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”. As contratações serão para profissionais de nível superior no cargo de Especialista em sete áreas de atuação.
O próximo passo é a escolha de banca organizadora. Depois disso, o edital deverá ser publicado. O prazo para liberação das regras do processo seletivo MGI é de seis meses. Isso significa que o documento deve sair até meados de maio de 2024. Caso seja divulgado na data limite, é provável que as etapas avaliativas aconteçam entre junho e agosto.
Processo seletivo MGI: vagas e cargos
De acordo com a portaria que autoriza as 200 vagas para o Ministério da Gestão e Inovação, os contratos terão duração de quatro anos. Esse prazo poderá ser prorrogado desde que haja justificação informando a necessidade da extensão. As oportunidades do novo processo seletivo MGI serão divididas da seguinte maneira:
- Especialista em Gestão de Projetos: 45 vagas;
- Especialista em Infraestrutura de Tecnologia da Informação TI: 15 vagas;
- Especialista em Ciência de Dados: 35 vagas;
- Especialista em Segurança da Informação e Proteção de Dados: 20 vagas;
- Especialista em Análise de Processos de Negócios: 30 vagas;
- Especialista em Experiência do Usuário (UX): 15 vagas;
- Especialista em Desenvolvimento de Software: 40 vagas.
Processo seletivo MGI: quais as atribuições
Conforme dito anteriormente, o objetivo das contratações é para transformação digital do governo. Logo, os contratados trabalharão na área de Tecnologia da Informação, Informática, Computação e similares. Os requisitos e atribuições dos cargos ainda serão divulgados no edital do processo seletivo MGI.
No entanto, é possível prever algumas tarefas a serem desenvolvidas pelos contratados. Algumas funções são:
Especialista em Gestão de Projetos
- Gestão de projetos de instalação, implementação, homologação e desenvolvimento de software;
- Testes integrados de softwares;
- Abertura, planejamento, execução e encerramento do projeto;
- Controle de cronograma da realização do projeto;
- Definição de objetivos do projeto;
- Detalhamento financeiro do projeto.
Especialista em Infraestrutura de Tecnologia da Informação
- Projeto de redes de computadores;
- Planejamento de hardware e software;
- Manutenção das redes, hardwares e softwares;
- Manutenção da segurança de dados do sistema;
- Suporte técnico.
Especialista em Ciência de Dados
- Coleta de informações dos dados armazenados;
- Identificação de fontes de dados relevantes;
- Coleta, limpeza e organização de dados;
- Análise de dados;
- Criação de algoritmos.
Especialista em Segurança da Informação e Proteção de Dados
- Administração dos sistemas de informação;
- Identificação de vulnerabilidades nos sistemas e servidores;
- Monitoramento da segurança de dados;
- Desenvolvimento, implementação e atualização de processos e políticas de proteção de dados;
- Abordar e terminar violações de segurança;
- Verificação de soluções tecnológicas com aplicação de TI.
Especialista em Análise de Processos de Negócios
- Identificação de problemas e soluções para melhorar o fluxo de trabalho;
- Modelagem de processos;
- Alinhamento da arquitetura de processos;
- Avaliar prioridades e impactos do desenho de um processo.
Especialista em Experiência do Usuário (UX)
- Garantir experiência agradável, intuitiva e eficiente aos usuários;
- Pesquisas para entender o comportamento e preferências dos usuários;
- Coletar as preferências e críticas dos usuários para identificar problemas;
- Estruturação lógica e organizada das informações de serviços ou produtos para facilitar o entendimento do usuário;
- Estruturar um ambiente virtual claro e intuitivo;
- Colaboração com desenvolvedores na criação de produtos e formatação de layout.
Especialista em Desenvolvimento de Software
- Análise das necessidades dos usuários para estabelecer requisitos e objetivos;
- Projeto e desenvolvimento de soluções;
- Arquitetura de software;
- Teste de software para identificar e corrigir problemas, bem como otimizar o desempenho;
- Suporte técnico aos usuários.
Processo seletivo MGI: etapas e provas
Este é o primeiro processo seletivo do Ministério da Gestão e Inovação e, por isso, não há certeza de como será feita a classificação. É possível que o certame conte com provas objetivas para avaliar os conhecimentos teóricos dos candidatos. Além disso, a seleção ainda pode ter uma prova de títulos para verificar a competência acadêmica e experiência profissional na área pleiteada.
Numa provável etapa escrita, podem ser abordados assuntos relacionados às áreas de Informática, Computação, Ciências de Dados, Tecnologia da Informação e similares. Considerando outros editais para esse setor, o processo seletivo MGI pode cobrar conhecimentos de:
SOFTWARE
- Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos – NLLC (Lei nº 14.133/2021).
- Gestão e fiscalização de contratos de TI.
- Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG) e Modelo de Interoperabilidade (ePING).
- Gestão da qualidade.
- Gestão e gerenciamento de projetos: conceitos básicos.
- Arquitetura de sistemas.
- Gerenciamento de Serviços (ITIL 4).
- Governança de TI (COBIT 2019).
- Noções de banco de dados.
- Tecnologia da Informação na Administração Pública.
- Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação) e suas alterações; Decreto nº 7.845 e suas alterações; Decreto nº 7.724 e suas alterações.
- Lei nº 12.737/2012 (Lei de Delitos Informáticos): art. 2º. 18 Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) e suas alterações.
- Lei nº 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD): capítulos I, II, III, IV, VII, VIII e IX.
- Modelagem e mapeamento de Processos (Notação BPMN).
- Governo Eletrônico.
ARQUITETURA DE SOFTWARE
- Arquitetura de Aplicações.
- Padrão arquitetural Model-View-Controller (MVC).
- Sistemas de N camadas; Microsserviço.
- Arquitetura orientada a eventos Refatoração e Modernização de aplicações.
- APIs. Arquitetura Cloud Native.
- Padrões de design de software.
- Técnicas de componentização de software.
- Barramento de Serviços Corporativos (ESB). Interoperabilidade entre aplicações.
- API Gateway.
- Conceitos básicos sobre servidores de aplicações.
- Conteinerização de Aplicação.
- Frameworks de persistência de dados.
- Mapeamento objeto-relacional.
- Serviços de mensageria.
- Padrões: SOAP, REST, gRPC, XML, XSLT, UDDI, WSDL, JSON, RMI, XML-HTTPRequest.
- Conceitos e ferramentas de DevOps.
- Técnicas de Integração e Implantação Contínua de Código (CI/CD).
- Gerência de configuração de software (GIT).
- Integração contínua.
- Arquitetura de Sistemas WEB e WEB Standards (W3C).
- Arquitetura de soluções Mobile.
- Gestão de Ativos.
- Padrões de projeto.
- GoF. 24.1 Padrões de criação (Singleton, Prototype). 24.2 Padrões estruturais (Adapter, Facade). 24.3 Padrões comportamentais (Command, Iterator).
- Tecnologias de integração. 25.1 Web services e APIs. 25.1.1 RESTful. 25.2 Mensageria.
- Design de software. 26.1 Arquitetura hexagonal, microsserviços (orquestração de serviços e API gateway) e containers.
- Transações distribuídas. 28 Autenticação única (Single Sign-on).
ARQUITETURA TECNOLÓGICA
- Ciclo de vida do software.
- Metodologias de desenvolvimento de software. 2.1 Metodologias ágeis.
- Qualidade de software.
- Gestão de Configuração: Controle de versão, controle de mudança e integração contínua.
- Engenharia de requisitos. Técnicas de Elicitação de requisitos. Gerenciamento de requisitos. Especificação de requisitos. Técnicas de validação de requisitos.
- Prototipação.
- Engenharia de usabilidade. Análise de requisitos de usabilidade. Métodos para avaliação de usabilidade.
- Orientação a objetos: classes e objetos; relacionamentos; herança e polimorfismo; encapsulamento.
- SOLID. TDD. BDD.
- UML: visão geral, modelos e diagramas.
- Engenharia de desempenho: técnicas de análise de desempenho; DevSecOps.
CIÊNCIA DE DADOS
- ETL.
- Manipulação, tratamento e visualização de dados.
- Processamento de linguagem natural (PLN).
- Deep learning.
- Mineração de Dados.
- Técnicas de modelagem de BI.
- Arquitetura de Dados.
- Modelagem de Dados.
- Big Data.
- DDL, DML.
- Análise de dados e informações.
- Mapeamento de fontes de dados.
- OLAP.
- Repositório de dados.
- Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos – NLLC (Lei nº 14.133/2021).
- Gestão e fiscalização de contratos de TI.
- Sistemas Gerenciadores de Banco de dados.
- SQL.
- Arquitetura e políticas de Engenharia de Dados
LEGISLAÇÃO ACERCA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E PROTEÇÃO DE DADOS
- Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação) e suas alterações; Decreto nº 7.724 e suas alterações; Decreto nº 7.845 e suas
alterações. - Lei nº 12.737/2012 (Lei de Delitos Informáticos): art. 2º.
- Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) e suas alterações.
- Lei nº 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD): capítulos I, II, III, IV, VII, VIII e IX.
- Decreto nº 10.222/2022 (Estratégia Nacional de Segurança Cibernética – ECIBER).
- Decreto nº 10.641/2021 e Decreto nº 9.637/2018 (Política Nacional de Segurança da Informação): capítulos II e III.
- Decreto nº 10.748/2021 (Institui a Rede Federal de Gestão de Incidentes Cibernéticos).
- Decreto nº 10.569/2020 (Estratégia Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas – ENSIC). Decreto nº 9.573/2018 (Política Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas).
- Decreto nº 11.200/2022 (Plano Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas).
- Portaria nº 120 GSI/PR, de 21 de dezembro de 2022 (Plano de Gestão de Incidentes Cibernéticos para a administração pública federal).
- Portaria nº 93 GSI/PR, de 18 de outubro de 2021 (Glossário de Segurança da Informação).
- Instrução Normativa GSI nº 1 – Consolidada 27 de maio de 2020 (Estrutura de Gestão da Segurança da Informação nos órgãos e nas entidades da administração pública federal).
- Instrução Normativa GSI nº 2, 24 de julho de 2020 (Altera a Instrução Normativa nº 1, de 27 de maio de 2020).
- Instrução Normativa GSI nº 3 – Consolidada 28 de maio de 2021.
- Instrução Normativa GSI nº 5 – Consolidada 30 de agosto de 2021 (Dispõe sobre os requisitos mínimos de segurança da informação para utilização de soluções de computação em nuvem pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal).
- Instrução Normativa GSI nº 6 – Consolidada em 23 de dezembro de 2021 (Estabelece diretrizes de segurança da informação para o uso seguro de mídias sociais nos órgãos e nas entidades da administração pública federal).
- Instrução Normativa GSI nº 6 – Original / Instrução Normativa GSI n° 7/2022 (Altera a Instrução Normativa GSI/PR nº 1, de 27 de maio de 2020; a Instrução Normativa GSI/PR nº 3, de 28 de maio de 2021; e a Instrução Normativa GSI/PR nº 6, de 23 de dezembro de 2021).
- Normas complementares de 01 a 21 GSI (https://www.gov.br/gsi/ptbr/composicao/SSIC/dsic/legislacao).
- Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação) e suas alterações; Decreto nº 7.724 e suas alterações; Decreto nº 7.845 e suas alterações.
- Lei nº 12.737/2012 (Lei de Delitos Informáticos): art. 2º. 21 Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) e suas alterações. 22 Lei nº 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD): capítulos I, II, III, IV, VII, VIII e IX.
INFRAESTRUTURA EM TI
- Redes de computadores.
- Endereçamento e protocolos da família TCP/IP.
- Gerenciamento de redes TCP/IP. 3.1 Arquitetura de gerenciamento, SMI, SNMP e MIB.
- Redes Locais e de longa distância. 4.1 MPLS. Redes cabeadas, Redes sem fio: padrões 802.11, protocolos 802.1x, EAP, WEP, WPA e WPA2. 4.2 Conceitos básicos de routing e switching.
- Segurança em redes de computadores. 5.1 Prevenção e tratamento de incidentes; dispositivos de segurança: firewalls, IDS, IPS, proxies, NAT e VPN; tipos de ataques: spoofing, flood, DoS, DDoS, phishing; malwares: vírus de computador, cavalo de Troia, adware, spyware, backdoors, keylogger, worms, ransomware.
- Criptografia. 6.1 Conceitos básicos e aplicações; protocolos criptográficos; criptografia simétrica e assimétrica; principais algoritmos; assinatura e certificação digital.
- Sistemas operacionais: fundamentos; gestão de processos; gestão de memória; gestão de entrada e saída; instalação, configuração e administração de sistemas operacionais.
- Serviços de diretório: Active Directory e LDAP; interoperabilidade.
- Cloud computing (computação em nuvem).
- Servidores de aplicação. Conceitos básicos; noções de administração; topologia típica de ambientes com alta disponibilidade e escalabilidade; balanceamento de carga, fail-over e replicação de estado; técnicas para detecção de problemas e otimização de desempenho.
- Tecnologias, arquitetura e gestão de data center e ambientes de missão crítica. 11.1 Conceitos básicos; serviços de armazenamento, padrões de disco e de interfaces; RAID; tecnologias de armazenamento NAS e SAN; tecnologias de backup; deduplicação.
- Conteinerização de aplicações e DeVOps.
- Decreto nº 10.332/2020 (Institui a Estratégia de Governo Digital para o período de 2020 a 2022, no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências).
- Suporte ao usuário de infraestrutura.
- Governo Eletrônico (eGov).
- Banco de Dados.
Concurso MGI também terá edital em breve
Além das 200 vagas temporárias pelo processo seletivo MGI, a pasta também vai oferecer 510 vagas para servidores efetivos. O concurso Ministério da Gestão e Inovação foi autorizado no primeiro semestre de 2023 para contratação de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) e Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS). Ambos os cargos são voltados para profissionais de nível superior.
As oportunidades serão oferecidas por meio do Concurso Nacional Unificado, que contará com a participação de outros 20 órgãos do Poder Executivo, além do MGI. A previsão é de que o edital seja lançado até dia 20 de dezembro e as provas aconteçam em meados de março do próximo ano. Ao todo, serão ofertadas 6.640 vagas espalhadas por todo o Brasil.
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