Com qual idade encontramos o “sentido da vida”? Veja novo estudo

Apesar de o sentido da vida ser algo subjetivo que varia de pessoa para pessoa, sua busca exerce influência na saúde física e mental e todos.

Possivelmente, você já se pegou questionando sobre sua existência no mundo. Se você está na casa dos 20 ou 30 anos e esperava que estivesse tudo resolvido, saiba que ainda existe uma longa caminhada. Um estudo publicado pelo portal The Journal of Clinical Psychiatry indica com qual idade encontramos o “sentido da vida”.

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A pesquisa foi divulgada pelo site IFL Science em 2019 e destaca que fazer essa descoberta de propósito pode trazer vários benefícios. Esses podem ser observados tanto na saúde física como mental. No entanto, segundo os cientistas, você só encontra o sentido quando você menos procura.

Qual é o verdadeiro sentido da vida?

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Foto: montagem / Pexels – Canva PRO

Antes de mais nada, é preciso aceitar que não existe uma fórmula para compreender a própria existência. Isso porque o tal “sentido da vida” pode significar algo diferente para cada pessoa. Sendo assim, entendê-lo envolve uma série de outros questionamentos internos que nos fazemos todos os dias, como:

  • Qual carreira eu vou seguir?
  • Aonde eu quero chegar profissionalmente?
  • Quero me casar?
  • Quero ter filhos?
  • Qual marca eu quero deixar no mundo?
  • Quais os meus objetivos a curto, médio e longo prazo?

“Quando você é jovem, nos seus 20 e poucos anos, você não tem certeza sobre sua carreira, sobre um parceiro para a vida ou quem você é como pessoa. Você está procurando o sentido da vida”, disse Dilip V. Jeste, autor principal da pesquisa, em uma entrevista.

Jeste é professor de Psiquiatria e Neurociência da faculdade de Medicina na Universidade de San Diego Califórnia e acredita que a compreensão dos propósitos começa a aparecer aos 60 anos de idade. Segundo ele e seus colegas de estudo, quanto menos você procura por um sentido, mais provável é de encontrá-lo.

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Em que idade encontramos o sentido da vida?

A pesquisa “Sentido da vida e sua relação com o funcionamento físico, mental e cognitivo”, feita por Jeste e outros sete cientistas, chegou à conclusão de que é a partir dos 60 anos que começamos a entender nossa existência. O estudo foi feito com base em dados colhidos de 1.042 adultos com idades entre 21 e 100 anos durante três anos.

Os participantes passaram por análises de saúde física e mental. Isso porque “a medicina está começando a reconhecer o sentido da vida como clinicamente relevante e fator fator potencialmente modificável que pode ser direcionado para melhorar o bem-estar dos pacientes”, afirmou Awais Aftab, médico e co-autor do estudo.

Durante a pesquisa, os entrevistados tiveram que indicar em que estado estavam:

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  • Estou procurando por um propósito ou missão para a minha vida; ou
  • Já descobri um propósito de vida satisfatório.

Foi constatado que a existência de um sentido da vida está associada ao bem-estar físico e mental. Enquanto a procura está mais ligada a baixa saúde mental e mau funcionamento cognitivo.

Desse modo, Jeste concluiu que “quando você encontra mais sentido na vida, você fica mais contente. Por outro lado, se você não tem um propósito e procura por um sem obter sucesso, ficará muito mais estressado”.

“Assim que você entra nos 30, 40 e 50 anos, você tem mais relações estabelecidas, talvez esteja casado e tenha uma família e sua carreira está consolidada. A busca diminui e o sentido da vida aumenta“, pontuou Jeste.

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Assim, os pesquisadores perceberam que a visão das pessoas perante a vida muda por volta dos 60 anos, quando muitos objetivos já foram cumpridos.

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