O Hashi, conhecido no Brasil como palitinho asiático ou pauzinhos para comida oriental, foi criado há mais de 4 mil anos. Porém, nem todas as pessoas conhecem a história por trás da origem desse instrumento popular. Como talheres, podem ser servidos junto com comida japonesa, chinesa, tailandesa e diversos tipos de pratos.
Sejam eles de bambu, metal, madeira e até vidro, existe uma tradição por trás do palitinho asiático. No geral, os hashis também podem ser decorados e ornados com desenhos diversos, mas a sua função como utensílios de cozinha permanece, assim como a etiqueta para o uso. Saiba mais a seguir:
Descubra a origem do Hashi, o palitinho asiático
Em primeiro lugar, a palavra hashi em mandarim utiliza um carácter que significa kuaizi. Traduzido para o português, isso significa “objetos de bambu para comer rápido”.
Neste sentido, estima-se que os primeiros palitinhos asiáticos surgiram na China antiga, mas acabaram se espalhando rapidamente pelo leste asiático. Mais especificamente, o hashi surgiu durante a dinastia Shang, no período entre 1766 e 1122 antes de Cristo.
Portanto, antes dessa invenção, os chineses usavam as próprias mãos e facas de caça para se alimentar. Porém, a tradição chinesa ditava que os convidados em um jantar não deveriam se esforçar em nada.
Na época, era visto como falta de educação que os convidados tivessem qualquer tipo de desgaste físico, o que envolvia até mesmo cortar os próprios alimentos no prato. Por isso, comidas como carnes vermelhas, frangos e peixes eram sempre cortados em pequenas fatias e nunca servidos inteiramente.
Por isso, os kuai-tzu, como eram chamados os hashis em mandarim antes de se tornarem populares com esse nome no Japão, ganharam tanta fama. Além da praticidade, os palitinhos asiáticos mantinham o aspecto da etiqueta e respeito tradicional das comunidades no continente.
Mais ou menos durante o século VII, os palitinhos asiáticos chegaram ao Japão e ganharam o nome de hashi. A princípio, eram utilizados para oferecer alimentos aos deuses japoneses, pois a cultura religiosa entendia as mãos humanas como impuras para manejar a comida das divindades.
Antes desse período, estima-se que utensílios de cozinha semelhantes aos hashis foram identificados durante uma exploração arqueológica de Megido, localizada em Israel. De acordo com a pesquisa, estima-se que esses itens pertenceram ao povo cita, que invadiu Canaã durante o período da Antiguidade Clássica (século VIII antes de Cristo a V depois de Cristo).
Sobretudo, essa descoberta sustenta a teoria de que haviam relações comerciais entre o Médio Oriente e o Extremo Oriente. Entretanto, alguns pesquisadores acreditam que este não é o caso, e que os hashis foram produzidos em paralelo em outras nações antes de ser conhecido como o palitinho asiático.
Quais são as regras de etiqueta com os hashis?
Como citado anteriormente, existem algumas regras de etiqueta com os hashis que devem ser respeitadas no momento das refeições. Em primeiro lugar, é fundamental segurar o hashi do meio para cima, a fim de manter as pontas firmes para conseguir pinçar o alimento.
Alguns restaurantes ainda oferecem uma borracha que auxilia nessa tarefa, principalmente para quem não sabe usar o hashi ou para as crianças. Porém, é sempre válido aprender a segurar o utensílio para respeitar a tradição.
Em relação ao que não pode ser feito, a principal indicação é não ficar rodando o hashi nas mãos como uma caneta, ou rodeando-o entre os pratos enquanto escolhe o que comer. Portanto, utilize o hashi somente quando souber o que quer, em vez de ficar mexendo na comida sem selecionar algo.
Além disso, não se deve deixar o hashi apoiado no prato ou tigela, como fazemos com o garfo e faca. Neste caso, o correto é deixá-lo repousando no espaço próprio, geralmente entregue junto com os outros utensílios. Caso não tenha esse material disponível, solicite ao garçom para não cometer nenhuma gafe.