Ainda se confunde ao usar a crase? Veja dicas simples para não errar mais

Para aqueles que ainda se confundem ao usar a crase, existem algumas dicas simples que podem ajudar no processo. Confira e não erre mais ao utilizar esta ferramenta.

A crase é uma das maiores dificuldades de todos aqueles falantes da Língua Portuguesa há muito tempo. Ela é a fusão da preposição “a” com os artigos “a” ou “as”, bem como da preposição “a” com pronomes demonstrativos como “aquela(s)”, “aquele(s)”, “aquilo”. O acento grave indica a junção, e para aqueles que ainda se confundem ao usá-la, existem algumas dicas simples que podem ser a salvação para este problema.

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Inicialmente, para realmente compreender a crase, é essencial conhecer a regência de verbos e nomes que exigem a preposição “a”. Por meio deste conhecimento, é possível verificar a ocorrência da preposição e do artigo “a(s)” ou de algum pronome ao mesmo tempo, fazendo assim o uso correto do acento grave.

Apesar do estudo parecer complicado, por meio de alguns macetes, o assunto pode se tornar muito mais fácil. Confira abaixo algumas dicas para não errar mais.

Como usar a crase? Possíveis situações

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Uma das formas mais fáceis de descobrir se a crase é necessária é por meio da substituição de uma palavra feminina por uma masculina. Não é necessário que ela seja um sinônimo, mas sim que seja do mesmo número, ou seja, singular ou plural.

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Na frase “Fui à cidade”, por exemplo, a crase se faz necessária justamente por este motivo. Ao trocar “cidade” por “teatro”, por exemplo, obtém-se “Fui ao teatro”. Com a mudança, esta ferramenta entra na construção.

No geral, o uso da crase é obrigatório no momento em que o complemento de um verbo que exija a preposição “a” for um substantivo feminino, que seja antecedido do artigo feminino “a”. Outro exemplo: “Vamos à loja para comprar outros enfeites”. Neste caso, a crase é a junção entre “a” e “a”.

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Caso o complemento de um nome que exija a preposição “a” seja um substantivo feminino, também antecedido do artigo feminino “a”, a regra é a mesma: “Ela se mostrou favorável à medida proposta pela vereadora”. Novamente, a junção entre “a” e “a”, em uma frase com nome, exige a crase.

Quanto aos pronomes demonstrativos “aquela(s)”, “aquele(s)” e “aquilo”, quando estes exercem a função de complemento de termo que exija a preposição “a”, a crase também é obrigatória. Por exemplo: “Devo obedecer àquilo em que acredito”. A junção entre “a” e “aquilo” forma “à”.

Em situações onde os pronomes relativos “a qual” e “as quais” servem como complemento de termo que exija a preposição “a”, uma frase pode ficar assim: “A peça à qual assisti não valeu um centavo do que paguei”. Neste sentido, a pessoa assistiu “a + a” peça.

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Igualmente, em locuções adverbiais femininas que tenham substantivos no singular ou no plural, como é o caso de “à vontade”, “às pressas”, “às quatro horas”, “à tarde”, esta ferramenta deve ser utilizada. Como na frase “Não vale a pena decidir às pressas o que fazer neste dia”.

Apesar disso, no caso das locuções, existe uma exceção à regra. É o caso da locução “a distância”, que não leva crase caso não esteja determinada. “Estávamos observando tudo a distância” não está determinada, mas “Estávamos observando tudo à distância de cinco metros” sim.

Por fim, a ferramenta também é necessária em locuções conjuntivas, ou seja, “à medida que” e “à proporção que”. Confira: “À medida que ficamos mais velhos, passamos a dar valor ao silêncio”.

Quando não usar a crase?

A crase não deve ser utilizada antes de verbos, pronomes pessoais, palavras masculinas, palavras idênticas repetidas, nomes de cidade ou vilas, de pessoas famosas, de certos artigos indefinidos, numerais, expressões adverbiais de modo com substantivo no plural e da palavra “candidata”, por exemplo. Confira alguns exemplos:

  • “Meu primo começou a cumprir pena.”
  • “Não tenho que dar satisfações a ele”.
  • “Era um sentimento muito semelhante a amor.”
  • “Foi necessário fazer respiração boca a boca”.
  • “Chegar a Salvador é como voltar para casa.”
  • “Este artigo fazia relação a Marie Curie.”
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