(VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos - SP - Agente de Endemias) - Um estudo publicado em junho de 2018 analisa as transformações ocorridas em Hong Kong ao longo de duas décadas, dos anos 1980 aos 2000, com foco em como a mudança de status das mulheres na sociedade e de atitude delas em relação ao casamento impactou o mercado imobiliário da cidade.
Descobriu-se que as mulheres solteiras tiveram um papel “surpreendente e pouco estudado” na gentrificação de Hong Kong.
O termo vem do inglês “gentrification”, cunhado nos anos 1960 pela socióloga Ruth Glass para descrever mudanças no perfil de bairros da Zona Norte de Londres e se refere a um processo no qual investimentos que promovem a renovação de um bairro ou região atraem frequentadores e moradores de classes mais altas e provocam a saída de seus habitantes originais, de uma faixa de renda mais baixa.
Ainda que as mulheres tenham tido papel de agente nesse processo, o estudo ressalta que elas são as principais vítimas da gentrificação, “em decorrência da feminização da pobreza, fenômeno global e onipresente”.
O conceito de feminização da pobreza corresponde ao aumento absoluto ou relativo da pobreza entre mulheres ou entre famílias chefiadas por mulheres.
(Juliana Domingos de Lima. O papel de mulheres solteiras na gentrificação de Hong Kong. www.nexojornal.com.br, 08.04.2019. Adaptado)
A gentrificação, segundo a definição que se encontra no texto, pode ser definida como um processo
(COPEVE-UFAL - 2019 - UFAL - Técnico em Contabilidade) - Assinale a opção em que o uso da conjunção mas e do advérbio mais não está correto:
(GUALIMP - 2020 - Prefeitura de Quissamã - RJ - Auxiliar de Saúde Bucal) - De acordo com a norma culta da língua portuguesa, qual das alternativas abaixo indica a correta regência do verbo “assistir”?
(VUNESP - Soldado da Polícia Militar de São Paulo) - Leia o texto para responder à questão.
Vamos Acabar Com Esta Folga O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras. Brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o diabo. De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali dentro. Houve a surpresa inicial, motivada pela provocação e logo um turco, tão forte como o alemão, levantou-se de lá e perguntou: – Isso é comigo? – Pode ser com você também – respondeu o alemão. Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. Vai daí o alemão repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-se então um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e não conversou. Partiu para cima do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem sentidos. O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o que dizia era certo. Não havia homem para ele ali naquele café. Levantou-se então um inglês troncudo pra cachorro e também entrou bem. E depois do inglês foi a vez de um francês, depois de um norueguês etc. etc. Até que, lá do canto do café, levantou-se um brasileiro magrinho, cheio de picardia para perguntar, como os outros: – Isso é comigo? O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e... pimba! O alemão deu-lhe uma porrada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro. Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a história termina aí, madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros. (Stanislaw Ponte Preta [Sérgio Porto], Vamos acabar com esta folga. Em: www.releituras.com. Adaptado) No período – Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. – (5.º §), a oração em destaque, em relação à anterior, expressa sentido de
( VUNESP - Agente Comunitário de Saúde (Pref SJRP)/2014) - Leia o texto para responder questão.
Como um ácido que corrói
Em muitas empresas, há um grupo de profissionais da maledicência e da fofoca, especialistas em distorcer os fatos e passar mentiras por verdades. Ninguém escapa. Alguns resistem, ficando indiferentes, apáticos, outros aderem. E há os que são devastados em suas privacidades e detonados em suas imagens e autoestima, sem direito à defesa ou a explicações, apunhalados pelas costas até por pessoas que consideravam íntimas e amigas.
Essa é uma das distorções de comportamento mais antigas e poderosas que existem. Já derrubou impérios, culturas e pessoas que poderiam ter feito mais pela humanidade do que lhes foi possível. É um desvio de conduta que, como um ácido, corrói as relações e entrava o fluxo do bem. Quando o ser humano não se transforma para melhor, é porque está reforçando o que tem de pior. É como um tiro no pé, pois quem é autor hoje poderá ser vítima amanhã.
A maledicência, ação ou ato de falar mal dos outros, é uma atitude condenável, pois sua ação multiplica-se quando é feita em público ou através dos meios de comunicação, não havendo mais controle. Infelizmente, é utilizada como arma por muitas pessoas para destruir vidas e, até mesmo, bons trabalhos.
Não há agrupamento humano livre da maledicência, que pode estar presente até em instituições inspiradas em ideais religiosos a serviço do bem. Geralmente, o maledicente não percebe que seu vício gera um clima de autodestruição, pois incomoda-lhe o brilho das outras pessoas. Muitos evitam a amizade dos maledicentes, receosos de que suas deficiências sejam expostas.
Do mesmo modo que existe um tipo de julgamento feito para prejudicar e afastar pessoas, existe, por outro lado, o oposto, falar bem, edificando, transformando, reaproximando e retendo o que é bom. Certamente essa escolha tornaria a vida de todos mais edificante.
(Revista Cidade Nova. jun. 2014. Adaptado) Assinale a alternativa que apresenta palavra empregada em sentido figurado.
( UNIUV - 2015 - Prefeitura de Sertaneja - PR - Agente de endemias ) -
Um Salmo
(Adélia Prado)
Tudo que existe louvará.Quem tocar vai louvar,quem cantar vai louvar,o que pegar a ponta de sua saiae fizer uma pirueta vai louvar.Os meninos, os cachorros,os gatos desesquivados,os ressuscitados,o que sob o céu mover e andarvai seguir e louvar.O abano de um rabo, um miado,u´a mão levantada, louvarão.Esperai a deflagração da alegria.A nossa alma deseja,o nosso corpo anseiao movimento pleno:cantar e dançar o TE-DEUM.“Esperai a deflagração da alegria.” O verbo “esperai” está em que pessoa?
(FUNCERN - 2019 - Prefeitura de Jardim de Piranhas - RN - Agente Administrativo) -
Lei anticanudo: engodo que não salvará os oceanos
Alexander Turra
A cidade de São Paulo, seguindo um movimento recente, está propondo uma lei proibindo a fabricação, comercialização e oferta de canudos plásticos. Essa onda, literalmente, é motivada pelo fato de os canudos estarem associados a imagens marcantes de degradação dos oceanos, problema que o banimento “pretende” solucionar.
De fato, canudos e outros itens de uso único têm sido questionados quanto ao antagonismo entre seu uso efêmero, muitas vezes virando resíduos após poucos minutos, e o longo tempo que permanecem no ambiente, dada sua baixa capacidade de degradação, porém grande capacidade de ser reciclado. Esses itens podem ser considerados uma conveniência inconveniente. Apesar da praticidade que proporcionam, aumentam a quantidade de resíduos destinados aos aterros e causam problemas ambientais quando descartados incorretamente.
Mas será que o banimento dos canudos é a solução para esses problemas, em especial para o lixo no mar? Essa política pública pode soar assertiva, mas esconde peculiaridades que não podem ser desconsideradas.
O banimento, diferentemente de campanhas de conscientização, não cria o nexo entre o não uso do canudo e seu eventual benefício ambiental. Um exemplo: após o banimento dos canudos na cidade do Rio de Janeiro, a água de coco passou a ser servida em copos plásticos igualmente de uso único.
É necessário educar a população para tomar decisões autônomas e ambientalmente adequadas, pois a escolha de usar ou não um canudo não é a única que ela terá que fazer. As campanhas contra os canudos, ainda que esse item seja icônico, podem ser inócuas. O combate ao lixo no mar deve promover uma discussão mais abrangente sobre as variadas fontes e as diferentes estratégias para combatê-lo, não somente banimento.
Ainda que qualquer redução da entrada de lixo no mar seja relevante, os canudos representam apenas 2,6% dos itens coletados em praias de São Paulo pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. Uma das principais causas do lixo no mar é a ocupação irregular, problema socioambiental associado à pobreza, ordenamento territorial e falta de saneamento básico. Esse cenário afeta todo o território nacional, em especial a cidade de São Paulo.
O banimento baseia-se no pressuposto de que o canudo tem o ambiente como destino, não encontrando um sistema adequado de coleta e destinação de resíduos sólidos. Isso deveria ser garantido pelos municípios, com a coleta seletiva, a reciclagem e a economia circular, impedindo a contaminação ambiental.
Não é lógico investir no banimento dos canudos sem atuar de forma mais abrangente e sistêmica em três frentes para combater as principais fontes de lixo para o mar: educação ambiental, gestão de resíduos e ordenamento territorial. Por outro lado, caso o banimento dos canudos seja colocado em prática, deve-se cobrar coerência dos tomadores de decisão quanto a outros itens de uso único e efêmero que são mais abundantes nas ruas e no mar, como as bitucas de cigarro. Deve-se também proibir a produção, a venda e o uso de cigarros na cidade. Mas nesse caso a conveniência não parece ser conveniente, a coerência um tanto quanto incoerente e o banimento dos canudos uma cortina de fumaça aparente.
Disponível em:<www1.folha.uol.com.br> . Acesso em: 16 mar. 2019.
Apesar da praticidade que proporcionam, aumentam a quantidade de resíduos destinados aos aterros e causam problemas ambientais quando descartados incorretamente.
O recurso coesivo de retomada de informações explícitas em trechos anteriores dominante nesse período é
(IBGE- Supervisor de coleta e qualidade-2021) - Este artigo questiona a informação histórica de que o Brasil se insere na modernidade-mundo, o chamado “mundo moderno”, através da realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Tal inserção se daria, na verdade, pela construção do samba moderno a partir da ótica artística de Pixinguinha (1897-1973), em especial pela sua excursão com os Oito Batutas pela França, em 1921, patrocinada pelo multimilionário Arnaldo Guinle (1884-1963), apesar das críticas negativas de cunho racista dos cadernos culturais da época. O samba de Pixinguinha é resultante do amálgama das expressões culturais e religiosas afro-brasileiras e das trocas de experiências culturais entre diferentes expressões culturais que começavam a circular pelo mundo, de maneira mais ampla e rápida, graças às ondas sonoras de rádio, às gravações de discos e às partituras que chegavam ao Rio de Janeiro. Existia toda uma vida cultural que se desenvolvia em torno da vida portuária carioca, que funcionava como acesso das populações pobres e marginalizadas da cidade ao que de mais moderno ocorria no mundo, de maneiras inimaginadas pelas elites da época, com impactos ainda não devidamente situados e valorizados em suas importâncias e significados para a cultura brasileira. Há ainda a influência da música europeia como a polca ou a música de Bach, retrabalhadas e contextualizadas pelos músicos negros e mestiços que deram origem ao choro e ao maxixe, os quais seriam presenças seminais no artesanato musical de Pixinguinha. Pixinguinha e seus oito Batutas subvertem a ordem racista da elite brasileira da época conquistando –– literalmente –– a cidade luz, estabelecendo novos parâmetros culturais e de modernidade para os próprios europeus. No entanto, mesmo que seu impacto no exterior tenha se dado de maneira espaçada e pontual, a Semana de Arte Moderna de 1922 ficou conhecida como símbolo de nossa inserção na modernidade-mundo vigente, em detrimento do impacto imediato causado pela arte revolucionária de Pixinguinha e sua trupe musical entre os círculos culturais europeus. Cada apresentação era uma demonstração ao mundo de uma nova forma de música urbana, articulada e desenvolvida, com estrutura rítmica e harmoniosa de alta sofisticação. Não é por acaso que as gravações e partituras desse período em Paris tornaram-se referenciais para o cenário musical francês e para o mundo do jazz norte-americano, como ficaria comprovado pela admiração confessa de Louis Armstrong (1901-1971) por Pixinguinha ou pela regravação de Tico-Tico no fubá por Charlie Parker (1920-1955), no álbum La Paloma, em 1954.
Sem prejuízo do sentido original do texto 1A2-I, a palavra amálgama (primeiro período do segundo parágrafo) poderia ser substituída por
( FCC - 2012 - PM-MG - Assistente Administrativo)
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− Ã-hã, quer entrar, pode entrar... Mecê sabia que eu moro aqui? Como é que sabia? Hum, hum...Cavalo seu é esse só? Ixe! Cavalo tá manco, aguado. Presta mais não.
(João Guimarães Rosa. Trecho de "Meu tio o Iauaretê", adaptado. Estas estórias, Rio de Janeiro, José Olympio, 1969, p.126)
Observando-se a variedade linguística de que se vale o falante do trecho acima, percebe-se uso de
(Enem-2018) - Encontrando base em argumentos supostamente científicos, o mito do sexo frágil contribuiu historicamente para controlar as práticas corporais desempenhadas pelas mulheres. Na história do Brasil, exatamente na transição entre os séculos XIX e XX, destacam-se os esforços para impedir a participação da mulher no campo das práticas esportivas. As desconfianças em relação à presença da mulher no esporte estiveram culturalmente associadas ao medo de masculinizar o corpo feminino pelo esforço físico intenso. Em relação ao futebol feminino, o mito do sexo frágil atuou como obstáculo ao consolidar a crença de que o esforço físico seria inapropriado para proteger a feminilidade da mulher “normal”. Tal mito sustentou um forte movimento contrário à aceitação do futebol como prática esportiva feminina. Leis e propagandas buscaram desacreditar o futebol, considerando-o inadequado à delicadeza. Na verdade, as mulheres eram consideradas incapazes de se adequar às múltiplas dificuldades do “esporte-rei”.
No contexto apresentado, a relação entre a prática do futebol e as mulheres é caracterizada por um