( CESPE - 2012 - PRF - Agente Administrativo) - Com base no Manual de Redação da Presidência da República,
julgue o item a seguir.Em comunicação oficial a ser enviada ao chefe do Poder Judiciário, deve-se empregar o vocativo Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
(Enem-2020) - Fomos falar com o tal encarregado, depois com um engenheiro, depois com um supervisor que mandou chamar um engenheiro da nossa companhia. Esses homens são da sua companhia, engenheiro, ele falou, estão pedindo a conta. A companhia está empenhada nessa ponte, gente, falou o engenheiro, vocês não podem sair assim sem mais nem menos. Tinha uma serra circular cortando uns caibros ali perto, então só dava pra falar quando a serra parava, e aquilo foi dando nos nervos. Falei que a gente tinha o direito de sair quando a gente quisesse, e pronto. Nisso encostou um sujeito de paletó mas sem gravata, o engenheiro continuou falando e a serra cortando. Quando ele parou de falar, 50 Volts aproveitou uma parada da serra e falou que a gente não era bicho pra trabalhar daquele jeito; daí o supervisor falou que, se era falta de mulher, eles davam um jeito. O engenheiro falou que tinha mais de vinte companhias trabalhando na ponte, a maioria com prejuízo, porque era mais uma questão de honra, a gente tinha de acabar a ponte, a nossa companhia nunca ia esquecer nosso trabalho ali naquela ponte, um orgulho nacional.
As reivindicações dos operários, quanto às condições aviltantes de trabalho a que são submetidos, recebem algumas tentativas de neutralização dos representantes do empregador, das quais a mais forte é o(a)
(VUNESP - 2014 - MPE-SP - Auxiliar de Promotoria) - Leia o texto para responder a questão.
Chuvas com lembranças
Começam a cair uns pingos de chuva. Tão leves e raros quenem as borboletas ainda perceberam, e continuam a pousar, àstontas, de jasmim em jasmim. As pedras estão muito quentes, ecada gota que cai logo se evapora. Os meninos olham para o céucinzento, estendem a mão – vão fazer outra coisa. (Como deseja-riam pular em poças d’água! – Mas a chuva não vem...) Nas terras secas, tanta gente a esta hora está procurando, também,no céu um sinal de chuva! E nas terras inundadas, quantagente estará suspirando por um raio de sol! Penso em chuvas de outrora: chuvas matinais, que molhamcabelos soltos, que despencam as flores das cercas, que entrampelos cadernos escolares e vão apagar a caprichosa caligrafia dosexercícios! Chuvas de viagens: tempestade na Mantiqueira, quando nemos ponteiros do para-brisa dão vencimento à água; quandoapenas se vê, na noite, a paisagem súbita e fosfórea mostrada pelosrelâmpagos. Chuvas antigas, nesta cidade nossa, de eternas enchentes:a de 1811, que com o desabamento de uma parte do Morro doCastelo soterrou várias pessoas, arrastou pontes, destruiucaminhos e causou tal pânico em toda a cidade que durante sete diasas igrejas e capelas estiveram abertas, acesas, com os sacerdotese o povo a pedirem a misericórdia divina. Chuvas modernas, sem igrejas em prece, mas com as ruasigualmente transformadas em rios, os barracos a escorregarempelos morros; barreiras, pedras, telheiros a soterrarem pobre gente! Por enquanto, caem apenas algumas gotas aqui e ali, quenem as borboletas percebem. Os meninos esperam em vão pelaspoças d’água onde pulariam contentes. Tudo é apenas calor ecéu cinzento, um céu de pedra onde os sábios e avisados tantascoisas liam, outrora... “São Jerônimo, Santa Bárbara Virgem, lá no céu está escrito,entre a cruz e a água benta: Livrai-nos, Senhor, desta tormenta!”
(Cecília Meireles, Escolha o seu sonho. Adaptado)Assinale a alternativa em que a preposição em destaque forma uma expressão indicativa de lugar.
(CESPE - 2020 - MPE-CE - Técnico Ministerial) -
Entre todos os fatores técnicos da mobilidade,um papel particularmente importante foi desempenhadopelo transporte da informação — o tipo de comunicação4 que não envolve o movimento de corpos físicos ou sóo faz secundária e marginalmente. Desenvolveram-se,de forma consistente, meios técnicos que também7 permitiram à informação viajar independentemente dos seusportadores físicos — e independentemente também dosobjetos sobre os quais informava: meios que libertaram10 os “significantes” do controle dos “significados”. A separaçãodos movimentos da informação em relação aos movimentosdos seus portadores e objetos permitiu, por sua vez,13 a diferenciação de suas velocidades; o movimento dainformação ganhava velocidade num ritmo muito maisrápido que a viagem dos corpos ou a mudança da situação16 sobre a qual se informava. Afinal, o aparecimento da redemundial de computadores pôs fim — no que diz respeitoà informação — à própria noção de “viagem” (e de19 “distância” a ser percorrida), o que tornou a informaçãoinstantaneamente disponível em todo o planeta, tanto nateoria como na prática.Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas.Trad. Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 1999 (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do textoprecedente, julgue os itens a seguir.
A supressão do acento indicativo de crase em “à própria noção de ‘viagem’” (R.18) manteria os sentidos e a correção gramatical do texto
(VUNESP - Soldado da Polícia Militar de São Paulo) - Leia o texto para responder à questão.
Vamos Acabar Com Esta Folga O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras. Brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o diabo. De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali dentro. Houve a surpresa inicial, motivada pela provocação e logo um turco, tão forte como o alemão, levantou-se de lá e perguntou: – Isso é comigo? – Pode ser com você também – respondeu o alemão. Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. Vai daí o alemão repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-se então um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e não conversou. Partiu para cima do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem sentidos. O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o que dizia era certo. Não havia homem para ele ali naquele café. Levantou-se então um inglês troncudo pra cachorro e também entrou bem. E depois do inglês foi a vez de um francês, depois de um norueguês etc. etc. Até que, lá do canto do café, levantou-se um brasileiro magrinho, cheio de picardia para perguntar, como os outros: – Isso é comigo? O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e... pimba! O alemão deu-lhe uma porrada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro. Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a história termina aí, madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros. (Stanislaw Ponte Preta [Sérgio Porto], Vamos acabar com esta folga. Em: www.releituras.com. Adaptado) O emprego da vírgula na frase – Pois a história termina aí, madame. – se dá pelo mesmo motivo em:
(IDIB - 2016 - Prefeitura de Novo Gama - GO - Agente de Endemias) - Conforme o texto, a importância fundamental do reaproveitamento da água se justifica:
( UNIUV - 2015 - Prefeitura de Sertaneja - PR - Agente de endemias ) -
Um Salmo(Adélia Prado)
Tudo que existe louvará.Quem tocar vai louvar,quem cantar vai louvar,o que pegar a ponta de sua saiae fizer uma pirueta vai louvar.Os meninos, os cachorros,os gatos desesquivados,os ressuscitados,o que sob o céu mover e andarvai seguir e louvar.O abano de um rabo, um miado,u´a mão levantada, louvarão.Esperai a deflagração da alegria.A nossa alma deseja,o nosso corpo anseiao movimento pleno:cantar e dançar o TE-DEUM.A cenografia do poema deixa de mencionar:
(Big Advice - 2017 - Prefeitura de Dracena - SP - Auxiliar de enfermagem) - Acerca do uso da crase, analise as orações abaixo:
I- Vou a Sergipe.
II- Refiro-me a professora.
III- Odeio andar a cavalo.
Estão corretas:
(IBGE- Agente de pesquisa e mapeamento-2021) - Estou escrevendo um livro sobre a guerra... Eu, que nunca gostei de ler livros de guerra, ainda que, durante minha infância e juventude, essa fosse a leitura preferida de todo mundo. De todo mundo da minha idade. E isso não surpreende — éramos filhos da Vitória. Filhos dos vencedores. Em nossa família, meu avô, pai da minha mãe, morreu no front; minha avó, mãe do meu pai, morreu de tifo; de seus três filhos, dois serviram no Exército e desapareceram nos primeiros meses da guerra, só um voltou. Meu pai. Não sabíamos como era o mundo sem guerra, o mundo da guerra era o único que conhecíamos, e as pessoas da guerra eram as únicas que conhecíamos. Até agora não conheço outro mundo, outras pessoas. Por acaso existiram em algum momento? A vila de minha infância depois da guerra era feminina. Das mulheres. Não me lembro de vozes masculinas. Tanto que isso ficou comigo: quem conta a guerra são as mulheres. Choram. Cantam enquanto choram. Na biblioteca da escola, metade dos livros era sobre a guerra. Tanto na biblioteca rural quanto na do distrito, onde meu pai sempre ia pegar livros. Agora, tenho uma resposta, um porquê. Como ia ser por acaso? Estávamos o tempo todo em guerra ou nos preparando para ela. E rememorando como combatíamos. Nunca tínhamos vivido de outra forma, talvez nem saibamos como fazer isso. Não imaginamos outro modo de viver, teremos que passar um tempo aprendendo. Por muito tempo fui uma pessoa dos livros: a realidade me assustava e atraía. Desse desconhecimento da vida surgiu uma coragem. Agora penso: se eu fosse uma pessoa mais ligada à realidade, teria sido capaz de me lançar nesse abismo? De onde veio tudo isso: do desconhecimento? Ou foi uma intuição do caminho? Pois a intuição do caminho existe... Passei muito tempo procurando... Com que palavras seria possível transmitir o que escuto? Procurava um gênero que respondesse à forma como vejo o mundo, como se estruturam meus olhos, meus ouvidos. Uma vez, veio parar em minhas mãos o livro Eu venho de uma vila em chamas. Tinha uma forma incomum: um romance constituído a partir de vozes da própria vida, do que eu escutara na infância, do que agora se escuta na rua, em casa, no café. É isso! O círculo se fechou. Achei o que estava procurando. O que estava pressentindo.
No trecho “Tanto na biblioteca rural quanto na do distrito, onde meu pai sempre ia pegar livros” (sexto parágrafo do texto 1A1-I), o pronome “onde” se refere à
Assinale a opção em que o termo apresentado tem a mesma função sintática que “A vila de minha infância” (quinto parágrafo do texto 1A1-I).