Pagamentos no crédito poderão ser feitos via Pix, segundo BC

Cartão de crédito poderá ser dispensado, com transações realizadas pelo Pix. Entenda a intenção do Banco Central.

O Banco Central estuda oferecer a opção de crédito aos consumidores pelo Pix, sistema de pagamentos instantâneos. De acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, durante sua participação em evento em Curitiba promovido pela Associação Comercial do Paraná, a novidade irá dispensar o uso do cartão de crédito.

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Atualmente, uma transferência realizada pelo Pix acontece quando o cliente possui saldo nas contas bancárias. Algumas instituições financeiras, no entanto, já oferecem a possibilidade de transações por Pix sem saldo, mas vinculadas ao cartão de crédito ou empréstimo. Dessa maneira, os clientes devem estar atentos às taxas cobradas.

Como seria a função Pix Crédito?

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A intenção é centralizar e destinar maiores funcionalidades à modalidade do Pix. Com a criação do Pix Crédito, os bancos estariam autorizados a disponibilizar a função com parcelamentos por meio dessa ferramenta, emulando a experiência com o cartão, mas com taxas menores em razão da diferença de produto.

O presidente do Banco Central afirmou que pretende transformar essa funcionalidade em uma ferramenta de agregador financeiro, que seria um aplicativo para centralizar produtos e serviços bancários num único ambiente.

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“No agregador financeiro, você não precisará mais ter um app para cada banco. Você poderá ter apenas um, que vai centralizar todos os produtos com portabilidade e competitividade em tempo real”, declarou.

Não existem ainda as informações completas e detalhadas sobre como funcionaria o Pix crédito, pois o produto ainda não foi oficialmente lançado. A intenção, no entanto, é autorizar os bancos a concederem empréstimos por meio dessa ferramenta – inclusive com parcelamento.

O Pix foi lançado pelo Banco Central em 2020 e é um sistema de transferências instantâneas. Ele vem sendo testado para muitas outras transações, como nas operações agendadas e pagamentos recorrentes. Por fim, o BC também avalia o uso do Pix para transações internacionais.

Função Pix pode gerar taxas: entenda

As transferências feitas via Pix são, na maior parte das vezes, isentas de cobranças. Contudo, a sua utilização pode gerar taxa para algumas situações, principalmente destinada às empresas, pois as instituições financeiras podem cobrar o valor sobre a operação.

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Essa ação é autorizada desde 2020 pelo Banco Central, e cada financeira fica responsável por definir as regras e valores aplicados. Recentemente, a Caixa Econômica Federal informou que cobrará uma tarifa Pix para um grupo de clientes específico.

O anúncio foi feito no mês de junho e pegou muitas pessoas de surpresa. Os clientes que são pessoas físicas, microempreendedores individuais (MEIs) e empresários individuais (EIs) continuam fazendo e recebendo pagamentos pela modalidade de transferência instantânea de forma gratuita.

No entanto, a transferência pode ser cobrada de empresas em alguns casos, dentre os quais estão:

  • Receber a transferência Pix por QR Code dinâmico;
  • Receber Pix a partir de QR Code de pessoa jurídica;
  • Receber mais de 30 Pix por mês, no qual haverá cobrança a partir do 31º;
  • Uso de canal de atendimento presencial, mesmo havendo meios eletrônicos para fazer o Pix;
  • Recebimento de Pix em conta definida em contrato para uso exclusivamente comercial.

Além disso, a Caixa Econômica Federal afirmou que as regras não se aplicam às transações de retirada de dinheiro, visto que possuem condutas específicas, na qual são liberadas oito transações gratuitas por mês.

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