Planeta nômade pode ter 'invadido' o Sistema Solar; entenda o caso

Um grupo de pesquisadores sugere que um planeta nômade pode estar oculto na nuvem de Oort, uma das regiões mais remotas do nosso Sistema Solar. Continue lendo e entenda a seguir.

Devido a sua vastidão, o universo é repleto de espaços desconhecidos e inexplorados. Ao longo dos anos, os cientistas têm liderado esforços para investigar todos os cantos da Via Láctea e além. Foi assim que uma das descobertas mais intrigantes veio à luz: a nuvem de Oort.

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Esta misteriosa concha esférica gigante e remota que é composta por milhares de corpos gelados em órbita. E foi exatamente nela que os pesquisadores detectaram um planeta nômade, que pode ter 'invadido' o Sistema Solar, levando a especulação se este seria o famoso Planeta X, mencionado pela primeira vez em 1906, pelo astrônomo Percival Lowell.

Um novo planeta invadiu o nosso Sistema Solar?

Recentemente, uma equipe internacional de pesquisadores conduziu uma pesquisa que sugere a possibilidade de um corpo celeste nunca antes visto estar presente na nuvem de Oort.

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Suas simulações examinaram sistemas planetários instáveis, nos quais alguns objetos podem ser ejetados devido a interações gravitacionais e acabar em órbitas diferentes, conhecidos como "planetas nômades".

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Com base nisso, foi determinado que existe uma probabilidade de 7% de que um desses exoplanetas tenha ficado preso na nuvem de Oort. Além disso, há uma probabilidade de 0,5% de que esse visitante tenha se movido para uma órbita remota diferente. Apesar da publicação, é válido ressaltar que esse estudo ainda está aguardando a revisão por pares.

O que são planetas nômades?

Um planeta "nômade" é um corpo celeste que flutua livremente pela galáxia, não orbitando nenhuma estrela, e, devido à sua natureza, eles são extremamente difíceis de encontrar. Desde que foram propostos pela primeira vez em 1990, apenas alguns foram identificados provisoriamente por astrônomos.

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Essa detecção complexa e que exige tecnologias avançadas, motivou o desenvolvimento do Nancy Grace Roman Space Telescope, um projeto que visa expandir a busca por esses objetos solitários.

A existência de planetas nômades e a descoberta de exoplanetas têm ampliado nossa compreensão sobre a diversidade do universo. Atualmente, a NASA confirmou a existência de mais de 5.000 exoplanetas, e a procura por esses mundos continua a desempenhar um papel significativo na exploração espacial.

Através de iniciativas como o Learning Universe: Observation of Exoplanets, a NASA busca colaboração e abre oportunidades para a participação ativa de entusiastas e cientistas interessados em contribuir para o conhecimento espacial.

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Por que a nuvem de Oort atrai tanta atenção?

A nuvem de Oort é uma região misteriosa e intrigante no espaço. Estima-se que ela seja composta por alguns trilhões de cometas, sendo bilhões deles com mais de 20 km de diâmetro e outros com mais de 1 km de diâmetro.

Situada há cerca de 2.000 unidades astronômicas do Sol (sendo que uma UA equivale a 2.000 vezes a distância entre a estrela e a Terra), ela abriga detritos e até mesmo objetos planetários, capturados por sua força gravitacional, conforme os astrônomos.

Essa região permanece um desafio para os astrônomos devido à sua extrema distância das fontes de luz, incluindo o Sol, o que dificulta a investigação dos objetos que lá existem, tornando-a mais inacessível do que os planetas em órbita de outras estrelas.

Apesar dessas dificuldades, os pesquisadores estão empenhados em compreender melhor essa área, pois se acredita que ela possa conter rochas geladas que preservam suas propriedades originais.

Esses corpos celestes intocados pelos raios solares podem conter informações cruciais sobre as condições do Sistema Solar quando ainda estava em sua fase inicial, há aproximadamente 4,5 bilhões de anos.

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