Aumento do salário mínimo 2023 vai depender de novos cortes, diz ministra

O novo valor do salário mínimo nacional pode chegar a R$ 1.320,00, mas, para isso, será preciso fazer cortes no orçamento do governo, segundo Simone Tebet.

Uma das grandes preocupações orçamentárias do governo Lula para o ano de 2023 diz respeito ao reajuste do salário mínimo nacional. Promessa de campanha em período eleitoral, a intenção do atual governo é aumentar o piso para até R$ 1.320,00.

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Com a eleição de Lula e o começo do ano, muitos brasileiros acreditaram que o aumento aconteceria de forma automática com a transição do governo, mas, na verdade, são necessários reajustes e cortes nas verbas da União para que o aumento seja praticável.

Nesta quinta-feira (02/02), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, abordou novamente o assunto e afirmou que, para que o reajuste aconteça, será preciso fazer um novo “corte de gastos”.

Reajuste do salário mínimo em 2023

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Em entrevista ao portal UOL, Tebet afirmou: “Quando o presidente disser ‘fechamos um acordo’ [para reajustar o piso], seja no valor de 1.310, 1.315, 1.320 reais, [e perguntar] ‘de onde poderíamos cortar?’, eu tenho, por obrigação, que apresentar o quadro e dizer onde cabe ou não e onde é prioritário, para ele escolher”.

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Por enquanto, o valor do piso nacional está fixado em R$ 1.302, mas a expectativa do governo é a de que o salário mínimo possa ficar em R$ 1.320 em breve.

Os cortes de gastos são avaliados e planejados em equipe, na Junta de Execução Orçamentária. O grupo é composto por ministros do Planejamento, da Fazenda, da Gestão e da Casa Civil.

Cortes de gastos

A ministra Tebet disse, também, que vai apresentar uma proposta com as áreas que podem ter recursos reduzidos, direcionando a verba para o reajuste salarial.

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A decisão final pelo corte de gastos, no entanto, cabe ao presidente Lula (PT) e levará em conta as prioridades do governo e a manutenção das promessas de campanha.

Por isso, Tebet afirmou que a proposta de cortes de gastos será apresentada à Junta, discutida pelos ministros e, em seguida, enviada à presidência da República. “Não é uma decisão tomada individualmente”, salientou.

“A mim, cabe abrir o espaço, achar alternativas, no plural. E aí é uma decisão coletiva, ratificada e decidida, possivelmente junto com o presidente da República”, explicou a ministra.

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Promessa eleitoral

Ajustar o valor do salário mínimo acima da taxa de inflação foi uma das promessas eleitorais de Lula.

Além do reajuste do piso nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se comprometeu a apresentar, até o mês de abril, uma proposta para a realização de uma reforma tributária e também uma nova forma de controlar as contas públicas.

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