O governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve sugerir um reajuste do salário mínimo ao Congresso, de acordo com o senador Wellington Dias (PT – PI), auxiliar de Lula. Deste modo, o salário mínimo 2023 tem novo valor previsto: com o reajuste, o valor deve subir para R$ 1.320.
A mudança representa um índice de 1,4% acima do que foi inserido na proposta orçamentária, enviada ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Atualmente, no guia elaborado pela gestão do ex-presidente, o salário possui um reajuste de 7,41%, indo de R$ 1.212 para R$ 1.302.
Vale lembrar que o valor do salário mínimo ainda não foi oficializado, mas a expectativa é de que aumente. Além disso, a nova regra deve considerar a média do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos cinco anos.
Salário mínimo 2023 tem novo valor previsto: o que se sabe
A informação repassada por Wellington Dias também inclui a possibilidade de um aumento real na remuneração dos brasileiros. Até então, a correção era feita apenas com base na inflação. Esta mudança não influencia apenas na vida dos trabalhadores, mas também dos aposentados e beneficiários do governo.
O aumento pode garantir a possibilidade dos cidadãos de organizarem seus gastos e, no futuro, ampliar o poder de compra do país, algo que impulsiona a produção, serviços, industrialização e a criação de empregos em si.
Por meio da regra da média do PIB, de acordo com o senador, será possível driblar as oscilações bruscas impostas no salário mínimo, tanto de 2023 quanto dos próximos. Este percentual de 1,4% indica um aumento de R$ 18 no piso nacional, algo já previsto pelo novo governo.
Seja como for, o valor segue sendo uma estimativa. A quantia oficial só será divulgada no início de 2023, visto que até lá, é possível que os valores passem por variações.
O que é o aumento real?
O aumento real de 1,4% consiste em um reajuste feito acima da inflação, algo que gera ganho superior ao percentual inserido no mercado.
No momento em que o consumo permanece o mesmo e os preços sobem com a inflação, e o salário apenas sobe com os preços, o poder de compra não muda. A fórmula de resultado maior do que a inflação faz com que o pagamento possa ter um reajuste “real”, que realmente aumenta o poder de compra.
Na Constituição Federal, está estabelecido que o reajuste do salário mínimo deve ocorrer anualmente, e deve considerar pelo menos a inflação. Isso significa que a correção jamais pode ser inferior ao índice inflacionário, visto que faz o preço de produtos e serviços subirem.
O método do aumento real foi utilizado até 2018, retirado durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. A partir de agora, com o governo de Lula, o cenário econômico pode mudar.
Com a ampliação do ganho real anualmente, é possível tirar o Brasil a longo prazo do salário base mais baixo e colocá-lo entre as 20 economias mais importantes do mundo, de acordo com o senador Dias.
No momento, a equipe de transição do presidente eleito segue negociando o aumento real de 1,4% sobre o salário previsto no Orçamento. Assim, será possível crescer a economia e oferecer novas oportunidades de empresas e empregos.