Expediente de 4 dias por semana: veja países que começaram a testar

Os testes piloto propõem avaliar a produtividade dos funcionários de diferentes setores, com países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália aderindo à proposta.

A semana de trabalho com quatro dias é o sonho de muitos profissionais, mas alguns países estão testando essa transição para promover maior saúde trabalhista e atualizar as legislações que regulam as rotinas produtivas.

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Atualmente, 70 empresas do Reino Unido estão estabelecendo experimentos com duração de quatro semanas. O objetivo é de recolher informações e avaliar a experiência com seus funcionários.

Nestes casos, a expectativa é que os trabalhadores recebam 100% do trabalho durante o mês de avaliação, mas trabalhando somente 80% da jornada de trabalho, a fim de verificar se houve queda ou aumento da produtividade com o expediente de quatro dias.

Especialistas da Universidade de Oxford e Cambridge, assim como da Boston College nos Estados Unidos, serão responsáveis por monitorar os resultados.

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No geral, as empresas estão inseridas no setor de tecnologia e inovação, com desenvolvedoras e sistemas, companhias especializadas em recrutamento, organizações não-governamentais e até comércios locais que trabalham com comida. A expectativa é que mais de 3 mil trabalhadores no Reino Unido participem da iniciativa.

A proposta de testar um expediente de quatro dias faz parte de um projeto global que inclui testes semelhantes em países como Irlanda, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Mais recentemente, o presidente de Portugal também anunciou o interesse de lançar um projeto de testes, envolvendo 100 empresas no país.

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Apesar de serem testes em diferentes escalas, a decisão de testar essa modificação partiu da pandemia, que modificou as relações de trabalho e a forma com que as pessoas se organizam.

Neste caso, o principal objetivo é pensar em como ampliar a qualidade de vida e a produtividade dos profissionais, causando uma mudança que gere saúde e bem-estar aos funcionários de diversos setores.

Como funciona esse teste?

Em primeiro lugar, o teste vai variar de acordo com a empresa em que for aplicado. Em uma indústria cervejeira, por exemplo, os trabalhadores serão divididos em equipes com nove pessoas que precisam produzir e embalar a mesma quantidade de bebidas em quatro dias, ao invés de cinco.

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Portanto, há um desafio na gestão de tempo e recursos, aproveitando melhor os períodos de inatividade sem necessariamente ser mais rápido ou se cansar mais cedo.

Na Islândia, a pesquisa aplicada entre 2015 e 2019 mostrou resultados mais produtivos, com funcionários produzindo até mais, com menos estresse, mais engajamento e motivação.

Desse modo, outros países foram compelidos a testar se esse modelo poderá solucionar as questões do mercado de trabalho atualmente, ainda que aplicadas em diferentes setores da economia.

De acordo com os especialistas envolvidos, os testes pilotos são históricos e podem transformar a forma com que nos relacionamos com o trabalho.

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