Uma nova Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) foi liberada mostrando o preço médio da cesta básica em 17 capitais brasileiras no mês de maio de 2022. Segundo o estudo, o grupo de produtos sofreu uma alta de 13,17% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já em comparação com o mês de abril de 2022, a cobrança mostrou ligeira queda em 14 das cidades pesquisadas. O levantamento, realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), também fez uma comparação com o salário mínimo atual (R$ 1.212).
A pesquisa mostrou que o preço médio da cesta básica no Brasil compromete cerca de 55% do piso nacional bruto e sobe para 59,39% no líquido, quando já são feitos os descontos da Previdência. De acordo com o Dieese, nesse cenário, o rendimento mínimo deveria ter sido de R$ 6.535,40 no mês de maio.
Preço médio da cesta básica por capital
As 17 capitais participantes do levantamento foram listadas com o valor médio cobrado pelo conjunto de produtos no mês de maio. A maior alta entre abril e maio foi de Belém (2,99%), mas a cidade ficou em 11° lugar no ranking. Em contrapartida, Campo Grande teve a maior queda, o equivalente a 17,30%, mas ficou em 6° lugar na lista.
Os preços médios da cesta básica nas capitais brasileiras foram:
- São Paulo: R$ 777,93;
- Florianópolis: R$ 772,07;
- Porto Alegre: R$ 768,76;
- Rio de Janeiro: R$ 723,55;
- Curitiba: R$ 713,68;
- Campo Grande: R$ 706,12;
- Vitória: R$ 698,24
- Brasília: R$ 696,34;
- Goiânia: R$ 674,63;
- Belo Horizonte: R$ 653,12;
- Belém: R$ 628,58;
- Fortaleza: R$ 628,46;
- Recife: R$ 595,89;
- Natal: R$ 586,42;
- Salvador: R$ 578,88;
- João Pessoa: R$ 567,67;
- Aracaju: R$ 548,38.
Vale ressaltar que é possível que os valores já tenham mudado e a próxima PNCBA deve ser divulgada no início de julho. No entanto, já se sabe que o conjunto de produtos subiu para R$ 1.226 em São Paulo, superando o salário mínimo nacional. Esse número foi obtido em outra pesquisa do Dieese, encomendada pelo Procon.
De acordo com esse segundo levantamento, foram pesquisados 39 itens que compõem a cesta básica. Desses, 27 tiveram alta nos preços. A elevação foi observada, principalmente, nos produtos de higiene pessoal. No acumulado de 12 meses, o Dieese observou um aumento de 18% nas cestas, comparando com maio de 2021.