Na última terça-feira (19), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu reajustes na tarifa das contas de energia elétrica das distribuidoras que atendem os estados do Ceará, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte. No geral, a média do reajuste é de 20% do valor atual nessas regiões e os novos índices entram em vigor a partir do dia 22 de abril.
Sobretudo, a instituição justifica as alterações com base no encerramento da cobrança da bandeira tarifária de escassez hídrica. Em resumo, essa taxa incidiu nas contas de luz desde setembro de 2021, como forma de cobrir os custos adicionais diante das medidas para lidar com a crise de escassez hídrica no país.
Nesse sentido, essa tarifa adicionou cerca de R$ 14,20 para as contas de energia, a partir do aumento de 100 kWh consumidos, através da decisão da Aneel. Com o nível de chuva acima do esperado nos últimos meses e a efetividade das medidas adotadas, as usinas hidrelétricas voltaram a funcionar, produzindo energia com menos custo e menos poluição.
Qual o reajuste para cada estado?
Segundo cálculos realizados pela Aneel, em contato com as distribuidoras de energia de cada região, os ajustes estabelecidos são:
Estado | Reajuste | Número de consumidores |
Ceará | 24,85% | 3,8 milhões |
Bahia | 20,73% | 6,3 milhões |
Sergipe | 16,46% | 825 mil |
Rio Grande do Norte | 19,87% | 1,5 milhão |
Entenda as bandeiras da conta de luz
No geral, as bandeiras tarifárias são classificadas por cores e definidas a cada mês. Através delas, define-se se haverá ou não acréscimo no valor da conta de luz, a partir dos gastos com a utilização das termelétricas para geração e distribuição de energia no país.
Em resumo, a escassez de chuva provoca interrupção na atividade das hidrelétricas, que distribuem a energia com menos custo. Para compensar a diferença gerada com a ativação das termelétricas, é realizado um reajuste nas contas de luz.
Nesse sentido, a bandeira verde representa que não haverá custos adicionais. Em contrapartida, a amarela representa um aumento de R$ 1 a cada 100 kWh consumidos.
Por fim, a bandeira vermelha é dividida em dois patamares, sendo o primeiro com o aumento de R$ 3 a cada 100 kWh e o segundo de R$ 5 a cada 100 kWh. Apesar disso, os valores não são fixos e passam por alterações a partir do investimento do Governo Federal nas termelétricas no mês de referência.