Nesta quarta-feira (23/03), é iniciada a greve do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) sob a organização da Federação Nacional dos Servidores (Fenasps). A entidade mobilizou a paralisação para dar voz às reivindicações dos servidores do Instituto. Ainda não há certeza sobre como o movimento vai afetar os atendimentos presenciais.
Isso porque o alcance da greve depende de como acontecerá a adesão em cada estado. Entre as reivindicações, está o reajuste dos salários, com correção da inflação de 2019. De acordo com apurações da Folha de S. Paulo, deve ser realizada uma audiência com o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, nesta sexta-feira (25/03).
Como está caminhando a greve do INSS
A diretora da Fenasps, Lídia de Jesus, afirmou que o Instituto está com déficit de servidores e há anos não é feita a reposição dos aposentados. Segundo ela, isso faz com que os funcionários fiquem sobrecarregados e o trabalho seja prejudicado. Essa é a principal razão para o aumento na fila de pedidos.
As principais reivindicações da greve do INSS são:
- Reajuste salarial de 19,9% para repor a inflação desde 2019;
- Arquivamento da Reforma Administrativa;
- Revogação do teto de gastos.
No momento, como informou Lídia de Jesus, as negociações estão paradas mesmo após reunião com membros do governo nesta terça-feira (22/03). A expectativa é de que o encontro com o ministro Onyx Lorenzoni dê prosseguimento às solicitações dos servidores.
A greve do INSS deve ser aderida, principalmente, pelos funcionários de atendimento. Já os médicos peritos não entram na paralisação, uma vez que não fazem parte do quadro de pessoal do órgão, e continuarão trabalhando normalmente. Contudo, demonstraram apoio aos colegas.
O que fazer sem o atendimento presencial do INSS
Em alguns locais do país, como no estado de São Paulo, os atendimentos presenciais devem ficar suspensos até sexta-feira. A paralisação total dos serviços acompanha o movimento de limitação da produtividade que vem sendo feita há um mês por técnicos e analistas locais.
Entretanto, nas outras regiões ainda não foi informado como está a adesão à greve do INSS. Portanto, é possível que muitos segurados se deparem com as agências da Previdência fechadas ou com poucos funcionários em serviço.
Apesar de o Ministério do Trabalho e o INSS ainda não terem dito quais são as orientações para os segurados, existem algumas alternativas
- Realizar solicitações online pelo site o aplicativo Meu INSS;
- Remarcar procedimentos via telefone, discando 135.
Para quem está com agendamentos próximos e não conseguir remarcar, o indicado é ir até a agência no dia marcado. Guarde comprovações de que você compareceu, como fotos da fachada da agência que estiver fora de funcionamento.
