Mensalmente, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) faz os cálculos de quanto deveria ser o salário mínimo. Nesta quarta-feira (09/03), o órgão divulgou um levantamento apontando que o piso nacional deveria ser 4,96 vezes maior do que o vigente.
Para 2022, o salário mínimo foi fechado em R$ 1.212, considerando índice de inflação de 10,18% em 2021. No entanto, tabela do Dieese mostra que, para manter uma família de quatro pessoas, o piso deveria ter sido de R$ 6.012,18 no mês de fevereiro. A quantia é R$ 637,13 maior do que o calculado no mesmo período do ano anterior.
Cálculo do salário mínimo pelo Dieese
A conta feita pelo Dieese para chegar ao valor ideal do salário mínimo considera os valores de produtos e outros gastos básicos de uma família. Dessa forma, o órgão verifica os custos médios no país sobre:
- Alimentação;
- Moradia;
- Saúde;
- Educação;
- Vestuário;
- Higiene;
- Transporte;
- Lazer; e
- Previdência.
Qual é o preço da cesta básica atualmente
O levantamento do Dieese também mostrou uma alta no preço da cesta básica em diferentes localidades do país. De acordo com a pesquisa, um brasileiro gasta em torno de 56,11% do seu salário comprando o conjunto de produtos alimentícios. Veja quais são os maiores custos:
- São Paulo: R$ 715,65 equivalentes a 63,83% do salário mínimo;
- Florianópolis: R$ 707,56 equivalentes a 63,11% do salário mínimo;
- Rio de Janeiro: R$ 697,37 equivalentes a 62,20% do salário mínimo;
- Porto Alegre: R$ 695,91 equivalentes a 62,07% do salário mínimo;
- Vitória: R$ 682,54 equivalentes a 60,88% do salário mínimo.
O menor preço ficou para a cidade de Aracaju, custando R$ 516,82, o que equivale a 46,10% do piso nacional. Os produtos que sofreram maior elevação foram o feijão, o café em pó, o óleo de soja, a batata, a manteiga e a carne bovina.