Salário mínimo deveria ter valor de R$ 5,9 mil em janeiro, aponta Dieese

Salário mínimo ideal para suprir famílias de quatro pessoas é calculado em R$ 5.997,14, quase cinco vezes mais alto que o valor vigente em 2022.

Novo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o salário mínimo ideal deveria ser 4,95 vezes maior que o atual. O valor do piso para 2022 foi fechado em R$ 1.212, levando em consideração apenas a inflação. Já é o terceiro ano sem aumento real.

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“O trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em janeiro de 2022, mais da metade (55,20%) do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, mesmo com o reajuste de 10,18% dado ao salário mínimo”, afirmou o Dieese.

De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese, a quantia necessária para suprir as necessidades básicas de uma família composta por quatro pessoas deveria ser de R$ 5.997,14 em janeiro. O estudo, cujo resultado foi divulgado nesta segunda-feira (07/02), contabiliza gastos com:

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  • Alimentação;
  • Moradia;
  • Saúde;
  • Educação;
  • Vestuário;
  • Higiene;
  • Transporte;
  • Lazer; e
  • Previdência.

Dentro do cálculo do levantamento, também foi utilizado o preço da cesta básica da cidade de São Paulo, que é a mais cara do país atualmente. O conjunto de produtos já está em R$ 712,86, o equivalente a 63,67% do salário mínimo vigente.

Valor da cesta básica no Brasil

A pesquisa do Dieese foi realizada em 17 capitais brasileiras, contando com o Brasília. O levantamento mostrou que, dessas, 16 tinham sofrido alta no preço da cesta básica. Os maiores aumentos no último mês foram nas cidades de:

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  • Brasília: 6,36%;
  • Aracaju: 6,23%;
  • João Pessoa: 5,45%;
  • Fortaleza: 4,89%; e
  • Goiânia: 4,63%.

Contudo, esses não foram os municípios em que os valores estavam entre os mais altos. Cinco capitais apresentaram preços superiores a 60% do salário mínimo atual. São elas:

  • São Paulo: R$ 712,86;
  • Florianópolis: R$ 695,59;
  • Rio de Janeiro: R$ 692,83;
  • Vitória: R$ 677,54;
  • Porto Alegre: R$ 673,00.

Segundo o levantamento, os produtos que mais encareceram em janeiro foram o café em pó, açúcar, óleo de soja, batata e tomate. Contudo, nas regiões Norte e Nordeste, a composição da cesta básica é diferente. Por isso, as capitais com os menores valores foram:

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  • Aracaju: R$ 507,82;
  • João Pessoa: R$ 538,65; e
  • Salvador: R$ 540,01.

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