Não é verdade: 5 mitos científicos que todo mundo ainda acredita

Fatos científicos são interessantes para a maioria das mentes curiosas. Entretanto, existem mitos científicos que todo mundo ainda acredita. Confira.

Por Rafael Braga 05/11/2022 - 16:44

Fatos científicos sempre chamam a atenção da maioria das pessoas. Geralmente, as curiosidades produzidas pela ciência são prato cheio para mentes mais curiosas e inquietas ou também para aquelas mais práticas, por exemplo.

Entretanto, em um tempo cercado por fake news, a proliferação destas informações falhas acontece de forma muito mais rápida. Nesse sentido, ainda existem alguns mitos científicos que todo mundo acredita e que causam confusão.

Sendo assim e com o objetivo de desvendar todas essas confusões, preparamos uma lista com 5 mitos científicos que todo mundo ainda acredita. Acompanhe o artigo a seguir e muito cuidado na hora de pesquisar.

5 mitos científicos que todo mundo ainda acredita

Alguns fatos científicos são divulgados como verdadeiros mesmo não sendo. A falta de informação faz com que esses mitos científicos continuem sendo divulgados, fazendo com que pessoas acabem acreditando. Confira alguns:

1 – Existem apenas três estados: sólido, líquido e gasoso

Engana-se quem acredita que apenas os estados líquido, sólido e gasoso sejam os únicos estados da matéria. O plasma, ou gás ionizado, como é conhecido, é na verdade uma mistura de íons e elétrons superaquecidos.

Quando é resfriado, acaba assumindo propriedades de gás, mas também pode ter outras propriedades. O plasma é mais parecido com uma chama. Nesse sentido, são exemplos de plasma o relâmpago, o fogo, o sol e até mesmo a cauda dos cometas.

A água poderia se reduzir a plasma, entretanto não seria mais parecida como a substância que se conhece e se consome. Talvez nem pudesse ser ingerida. Assim como a água, quase qualquer elemento pode ser reduzido a plasma quando aquecido, entretanto, por se tratar apenas de íons e elétrons, as moléculas se decompõem.

2 – No Hemisfério Sul, as descargas giram no sentido contrário

Outro mito científico que todo mundo ainda acredita e que as descargas assumem uma direção contrária na parte sul do globo. De fato, existe o Efeito Coriolis, que explica a influência da rotação da Terra em padrões de fluxo. Entretanto, esse efeito se aplica a eventos naturais mais complexos, como a Corrente do Golfo e até mesmo furacões, mas não se aplica a descargas sanitárias.

A direção do fluxo de água é apenas um item de fabricação, assim como o design do vaso sanitário, o encanamento e a pressão da água.

3 – A água conduz eletricidade

Outro mito científico diz respeito sobre a água conduzir ou não eletricidade. Entretanto, nada faz com que você leve a torradeira para o banho, certo? A água, na verdade, é um isolante, o que significa que ela não conduz eletricidade.

O que é perigoso são os minerais e produtos químicos nela, compostos por íons eletricamente carregados. Sendo assim, a água pura é segura em relação a níveis de eletricidade, entretanto é quase impossível encontrá-la na natureza.

4 – Humanos usam apenas 10% do cérebro

Dizer que apenas 10% do cérebro humano é aproveitado, enquanto os 90% restantes são desperdiçados é um grande mito científico. O fato é que 90% do cérebro é composto por células chamadas de matéria branca. Essas células ajudam os neurônios a sobreviver e apenas 10% é considerado matéria cinzenta, responsável pelo pensamento.

Exames de ressonância magnética podem mostrar que qualquer ação promovida pelo cérebro demanda mais do que 10% de sua capacidade. Nesse sentido, cientistas ainda não descobriram nenhuma área do cérebro que não afete o pensamento, a coordenação motora ou as emoções.

5 – Beber leite ajuda a criança a crescer saudável

Por toda vida ouvimos de nossos pais que tomar leite ajuda no desenvolvimento da criança, fazendo com que ela cresça de forma mais saudável. Estudos levantaram a hipótese de que o leite poderia dar mais resistência óssea.

Entretanto, um grupo de pesquisadores de universidades americanas como Harvard e Cornell refutou tais argumentos, afirmando não existir nenhuma relação entre a ingestão de leite e o aumento de cálcio nos ossos, tornando-os resistentes, por exemplo.

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