A memória fotográfica é um conceito apresentado principalmente em filmes e séries, com personagens que conseguem lembrar de informações capturadas em suas mentes como fotografias. Porém, especialistas e cientistas explicam que memórias fotográficas perfeitas não existem, pois os indivíduos são incapazes de lembrar de imagens vistas detalhadamente.
Conhecida também como memória eidética, essa característica faz parte de um conjunto de memórias, cuja principal característica é a maior visualidade. Neste sentido, uma combinação de fatores como prática e genética permite que indivíduos a desenvolvam acima da média, mas não como visto na televisão.
Como funciona a memória fotográfica?
De acordo com o livro “Caçadores de Neuromitos: o que você sabe sobre o seu cérebro é verdade”, publicado em 2015, o que acontece é que explicações sobre o funcionamento do cérebro, como funções cognitivas que incluem a memória, sempre tiveram apoio em metáforas que refletiam as tecnologias mais avançadas na época.
Sendo assim, a expressão memória fotográfica é um registro criado para descrever o funcionamento da memória visual.
Sobretudo, essa definição surgiu do fato de que as primeiras câmeras eram consideradas duráveis, precisas e automáticas. No entanto, os cientistas atualmente não acreditam que essas comparações tecnológicas sejam a melhor forma de explicar como a mente funciona. De acordo com os especialistas, a memória não é completamente estática ou precisa.
Acima de tudo, a memória consiste em representações neurais de momentos vividos, relacionada diretamente com o passado. Entretanto, estão submetidas a mudanças e interpretações pessoais, de modo que ganhem e percam informações com o passar do tempo.
Além disso, possuem uma formação muito mais complexa do que o processamento de uma imagem em uma câmera fotográfica. No cérebro, o processamento de uma nova informação envolve a associação com outros dados conhecidos, de modo que as memórias sejam um acumulado de informações processadas na mente humana.
Sendo assim, poderíamos dizer que a memória se parece mais com um álbum ou um livro de recortes, em que há associação e conexão entre imagens antigas ou novas. Ademais, é comum que as memórias mais marcantes sejam associadas a questões que despertam o nosso interesse ou que possuam maior conexão com o lado emocional.
Como desenvolver a memória visual?
Como citado anteriormente, existem práticas e técnicas que podem aperfeiçoar a memória visual, sem necessariamente transformar você em um mutante ou super-herói do cinema. Acima de tudo, essas estratégias utilizam da significação do indivíduo em relação a essas memórias para garantir que sejam armazenadas corretamente.
Claro que a prática não equivale a memórias de curto prazo, como números de telefone e endereços, a momentos marcantes como o nascimento de um filho, mas treina a mente a organizar melhor os estímulos recebidos. Sobretudo, são técnicas que envolvem a memorização de grandes informações, como sequências numéricas ou de cartas.
Além disso, práticas como a leitura e exercícios cerebrais obtidos por meio de jogos também ajudam nesse processo. Outras atividades, como exercícios físicos regulares e uma boa alimentação também auxiliam o cérebro a se manter saudável e trabalhar normalmente.
O mais importante dessas técnicas é expor a mente a informações diversas e trabalhar a associação com lugares e pessoas. Assim, conseguimos criar caminhos cognitivos mais aperfeiçoados e de fácil acesso.