As 9 palavras que sumiram da Língua Portuguesa e você não fazia ideia são termos que caíram no esquecimento por conta da constante transformação do idioma. Como uma linguagem viva, diversas gírias surgem diariamente, mas as mudanças nos acordos ortográficos ao longo das décadas.
Sendo assim, a linguagem utilizada por nossos avós ou até mesmo por escritores clássicos como o Machado de Assis são vistas como clássicas, tradicionais ou eruditas.
Consequentemente, foram substituídas por versões atualizadas e mais modernas, com significados semelhantes. Confira alguns exemplos a seguir:
Palavras que sumiram da Língua Portuguesa
Vossa Mercê
A primeira palavra que sumiu da Língua Portuguesa é o “Vossa Mercê”, um pronome de tratamento original de Portugal para abordar ou se referir às autoridades.
Como a formalidade foi se tornando cada vez menos necessária, as flexões da palavra transformaram-na no tradicional você.
Assunar
Outro caso que passou por uma transformação foi a palavra “assunar”, uma palavra bem antiga com o mesmo significado que “juntar“.
Lero-lero
Antigamente, também se utilizava a expressão “lero-lero”, como sinônimo de “conversa fiada“, mas acabou caindo em desuso e termos como “papo furado” ou “papinho” ficaram mais populares.
Borocoxô
Do mesmo modo, a expressão nordestina “borocoxô” é utilizada principalmente na região, mas antes tinha uma abrangência nacional.
Com o mesmo sentido de “ficar triste, emburrado ou sem energia”, pode-se dizer simplesmente que a pessoa está triste em vez de dizer que está borocoxô.
Supimpa
Outro caso popular é a palavra “supimpa”, que você deve ter ouvido de seus avós ou tios mais velhos.
Na época da infância e juventude dessa geração, essa era a gíria mais popular para dizer que algo era “legal“, assim como o posterior “bacana” que surgiu mais tarde, porém também tem caído em desuso.
Em uma forma mais rara, mas também como adjetivo, supimpa tende a ser utilizado especialmente com situações de surpresa ou para descrever refeições. Portanto, pode estar associada ao sabor, tempero ou gosto de um prato específico.
Chumbrega
Mais rara e desconhecida é a palavra “chumbrega”, também escrita como “xumbrega”. Apesar da etimologia da palavra partir do sobrenome de um militar alemão, no Brasil, foi adotada como um adjetivo para dizer que algo é “ruim, ordinário ou sem graça“.
Porém, perdeu lugar para outros termos, como o caso do “paia”, que representa a mesma coisa.
Há ainda um verbo para essa expressão, chamado de “chumbregar“. Neste caso, refere-se ao acontecimento de algo “ficar sem graça ou ruim”, como uma refeição que perde a graça ou uma festa que não está mais divertida.
Tamanha a complexidade dessa palavra que sumiu, que ainda existe o plural, “chumbregas”, para diversas coisas particulares que são ordinárias.
Munheca
A palavra “munheca”, por sua vez, costumava ser utilizada tanto como referência a uma “pessoa pão-dura, mão-de-vaca ou avarenta“, como para se referir a uma parte específica do corpo humano, o punho.
Atualmente, a expressão “mão-de-vaca” é mais popular, mas não perde o sentido de que a pessoa é apegada ao dinheiro e egoísta.
Casa da mãe Joana
Ainda existem palavras que só fazem sentido como expressões, por exemplo, casa da mãe Joana. Popularmente utilizada para falar sobre “um lugar onde todo mundo manda, com extrema bagunça e sem dono ou sem normas”, é um termo comum de ser dito por parte das mães.
Convescote
Por fim, a última palavra dessa lista é “convescote”. Com etimologia na junção das palavras “convívio”, “convite”, “escute” e “escorte”, a expressão é utilizada como referência a um piquenique, refeição ou qualquer tipo de passeio que aconteça em local aberto.
Tradicionalmente, as pessoas que participam devem levar algum alimento ou bebida para contribuir.
No sentido figurado, o convescote ainda se refere a uma refeição ou ocasião solene, que é organizada para atender um grande número de convidados.
Por exemplo, um banquete organizado por uma figura pública ou um grande baile oferecido pelo governo local em cidades rurais.