Vocativo: o que é, diferença entre aposto e exemplos

Vocativo é uma expressão utilizada para dirigir a uma pessoa, animal ou coisa com o objetivo de evocar sua atenção. Saiba mais sobre o assunto aqui.

Quando vamos nos dirigir a uma pessoa, animal ou coisa com o objetivo de evocar sua atenção, usamos sempre uma expressão, palavra ou um termo que tem a finalidade de fazer esse chamado: o vocativo.

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É o vocativo que indica que o falante está se direcionando a um ouvinte – na frase “João, venha aqui”, o nome João cumpre o papel de vocativo.

Esse elemento é utilizado em discursos diretos, e sua entonação na oralidade pode ser percebida como exclamativa. Nas sentenças escritas, é sinalizado sempre com vírgulas, mas também pode ser com exclamações e reticências quando aparece ao fim da frase. O vocativo pode estar inserido no início, no meio ou no fim de cada frase e é considerado um elemento independente, sem relação sintática com os outros elementos da oração.

Para entender melhor o assunto, acompanhe as explicações e os exemplos a seguir.

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Formação do vocativo

Antes de entender as possíveis formações de vocativo, vejamos alguns exemplos:

  • Filho, fui ao mercado.
  • Ó Pedro, será que dá para diminuir o volume?
  • Fica tranquilo, meu amor, logo eu chego.
  • Vamos, Joana, o jantar está servido.
  • Você viu o jornal ontem à noite, professor?
  • Crianças!
  • Luciana!

As palavras marcadas em negrito são os vocativos de cada uma das sentenças e, a partir desses exemplos, podemos perceber que os vocativos podem ser formados por: substantivo próprio, adjunto adnominal, substantivos, locução adjetiva e pronomes. Veja exemplos especificando cada tipo de vocativo:

  • Vamos fazer a leitura. Mariana, comece a ler o primeiro parágrafo. (O vocativo aqui é formado pelo substantivo próprio “Mariana”);
  • Você! Fique quieto! (Neste exemplo, o vocativo é o pronome “você”);
  • Minha gente, vamos todos votar! (O vocativo é composto pelo pronome “minha” e pelo substantivo “gente”);
  • Ó luz do mundo, quão forte és tu! (Aqui, o vocativo é feito pela interjeição “ó”, pelo substantivo “luz” e pela locução adjetiva “do mundo”)

O último exemplo inclusive serve para ilustrar como os vocativos podem ser direcionados para coisas ou ideias, um recurso frequentemente encontrado em textos poéticos.

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Exemplos de vocativos

Como já mencionamos, os vocativos são termos independentes, por isso aparecem sempre ao lado de vírgulas. Em muitos casos, estão no início da frase, mas isso não é regra. Veja, abaixo, a forma como os vocativos aparecem em mais algumas sentenças – quando estão no meio da frase, ficam sempre entre duas vírgulas:

  • Pai, você sabe que horas começa o jogo?
  • Galera, alguém viu o Carlos?
  • Jorge e Gabriela, dirijam-se à sala da diretora.
  • Este é seu filho, Luisa?
  • Quem chegou primeiro, Roberto?
  • Entre aqui, Letícia, já vamos começar a aula.
  • Fiquem aí, vocês dois, o intervalo acabou.

Vocativo e pontuação

É preciso se lembrar sempre de que a pontuação é fundamental para a identificação do vocativo nas frases escritas, para a sua entonação na pronúncia e, inclusive, para o sentido da oração.

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Além da vírgula, que é a principal pontuação relacionada aos vocativos, é possível também, como vimos acima, que outras pontuações sejam utilizadas – a ausência de pontuação não permite que o vocativo seja isolado da maneira devida, deixando a sentença ambígua.

  • Anderson, meu amigo, é o melhor escritor do mundo!
  • Anderson, meu amigo é o melhor escritor do mundo!

Veja que, no primeiro exemplo, o termo entre vírgulas, “meu amigo”, indica a pessoa com quem se está falando, ou seja, o vocativo.

Já na segunda frase, quem está isolado é o vocábulo “Anderson”, o que muda o sentido da sentença. Agora, a informação a respeito do melhor escritor do mundo está sendo falada para Anderson e não sobre Anderson. Neste caso, o melhor escritor do mundo é “meu amigo”.

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A forma como pontuamos uma sentença pode mudar totalmente seu significado.

Diferença entre aposto e vocativo

É muito comum que haja confusão entre as definições de aposto e vocativo, portanto vamos explicar as diferenças entre um e outro.

Ambos os elementos, aposto e vocativo, são classificados como termos acessórios da oração, mas, ao contrário do vocativo, o aposto tem relação sintática com os outros elementos da oração.

O aposto tem a função não de evocar alguém ou alguma coisa, mas de explicar mais detalhadamente um termo ao qual se refere – o aposto também aparece entre vírgulas, travessões ou parênteses. Veja alguns exemplos:

  • A dermatologia, que é a área da Medicina especializada na saúde da pele, vem ganhando cada vez mais destaque nas publicações científicas.
  • Bianca, a moça com quem ele namorou na adolescência, agora está casada com seu primo.
  • Mario Prata, cronista brasileiro, mora em Florianópolis.
  • Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, equipe administrativa, todos devem ir à reunião.
  • Foi em “1984” (obra do escritor George Orwell), que as noções de monitoramento social começaram a ser discutidas.

Vídeos sobre vocativos

Abaixo, você confere uma lista de vídeos para ajudar na compreensão do tema:

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Vocativo: Aula Rápida

Neste vídeo da professora Pamba, temos uma explicação simples e didática a respeito do assunto, abordando também as pontuações necessárias para a identificação dos vocativos nas orações.

Sujeito ou vocativo? Saiba diferenciar!

É comum que haja confusão na hora de distinguir entre vocativo e sujeito da frase, por isso o vídeo da professora Letícia Góes é um excelente material.

Qual a diferença entre aposto e vocativo?

Mais um vídeo da professora Pamba, agora explicando detalhadamente as diferenças entre aposto e vocativo.

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