Existem três formas nominais por meio das quais os verbos podem se manifestar:
- Infinitivo: forma verbal que representa o nome do verbo, ou seja, como nos referimos a ele isento de qualquer conjugação. Exemplos: amar, correr, sorrir.
- Gerúndio: forma verbal que indica uma noção de continuidade da ação verbal, geralmente é identificada pela terminação -ndo. Pode ser utilizada em qualquer tempo verbal, sendo, em muitos casos acompanhado por um verbo auxiliar. Exemplos: amando, correndo, sorrido.
- Particípio: forma verbal que manifesta conclusão da ação verbal. A grande maioria dos verbos nesta forma apresentam as terminações ADO ou IDO. Exemplos: amado, celebrado, ido.
São chamadas formas nominais porque podem, numa frase, exercer função de um nome nomes (substantivos, adjetivos e advérbios). No caso dos verbos no infinitivo, eles podem ter função de substantivo (estudar é investir = estudo é investimento).
A forma do verbo no infinitivo é ainda dividida em dois tipos:
- Infinitivo Impessoal: não apresenta flexão de número e pessoa. É utilizado quando se quer apresentar uma ideia vaga, genérica, sem pretensão de fazer referência a um sujeito específico (estudar é importante);
- Infinitivo Pessoal: apresenta flexão de número e pessoa, sendo, portanto, utilizado em citações mais específicas, quando se quer dar à frase mais especificidade:
por estudar eu
por estudares tu
por estudar ele
por estudarmos nós
por estudardes vós
por estudarem eles
Usos do infinitivo pessoal e impessoal
- Casos de locuções verbais: deve-se utilizar o infinitivo impessoal
As crianças não conseguem fazer sozinhas este dever de casa (correto)
As crianças não conseguem fazerem sozinhas este dever de casa (errado)
- Não se deve usar o infinitivo flexionado quando há algum termo entre o verbo auxiliar e o verbo principal:
As crianças não podem, sozinhas, sem ajuda dos pais, fazer este dever de casa (correto).
As crianças não podem, sozinhas, sem ajuda dos pais, fazerem este dever de casa (errado).
O infinitivo impessoal é usado:
- Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado;
Por exemplo:
Estudar é investir.
Correr faz bem à saúde.
Quando expressar intenção de Imperativo;
Por exemplo:
Menino, escovar os dentes! (=escove!)
Motorista, virar à direita no próximo sinal. (=vire)
- Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior:
Por exemplo:
Eles não têm o direito de confiscar a sua moto.
Eu os convenci a devolver o dinheiro.
- Os verbos contentar, tomar e ouvir, quando na voz passiva, manifestam seus verbos auxiliares flexionados.
Por exemplo:
Eram crianças difíceis de serem tratadas.
Aqueles remédios são complicados de serem administrados.
- Quando o infinitivo apresenta um sujeito diferente do sujeito da outra oraçã. Por exemplo:
O magistrado repreendeu os patronos, por não procederem com urbanidade na audiência.
- E por fim, também quando se emprega o infinitivo pessoal para dar indeterminação ao sujeito. Por exemplo:
Ouvi dizerem que o aumento de salário não vai sair.