Socialismo em Cuba

Como está socialismo em Cuba após a morte de Fidel Castro.

Cuba é o único país do Ocidente onde só existe um partido político, chamado de Partido Comunista Cubano (PCC). A administração do país, portanto, é prerrogativa exclusiva desse Partido e, até alguns anos antes da morte de Fidel Castro, este ocupava o posto de primeiro secretário do partido, de chefe de estado e de chefe de governo.

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Em 2008, depois de décadas de governo, Fidel abriu mão da presidência e concedeu lugar ao seu irmão, Raul Castro. Ou seja, o domínio castrista apenas foi continuado, uma vez que Fidel continuou tendo atuação firme – inclusive simbolicamente, apesar do seu estado de saúde – no Partido. A cada 5 anos, é realizada uma Assembleia Nacional, responsável por aprovar a composição dos 31 membros que constituem o Conselho de Estado.

Cuba é formada majoritariamente por trabalhadores, estudantes e camponeses, ressaltando que grande parte da população é composta por pessoas que vivem em bairros comunitários. Décadas de regime ditatorial impregnaram na consciência política coletiva o sentimento de defesa do seu país e de seu regime político, mobilizando apoio para defendê-lo e parar as revoltas que existem ou possam existir contra o seu sistema. Isso inclui até denunciar quem fala mal ou não aprova o PCC.

A morte de Fidel Castro representou, de certa forma, uma ruptura psicológica com o passado de Cuba, incluindo aí a ruptura com a figura do próprio ditador, que durou aproximadamente três gerações. Entretanto, se por um lado há um sentimento de renovação da conjuntura política local, por outro, espera-se que isso só aconteça mesmo após a morte do irmão de Castro, Raul. Essa renovação, obviamente, deverá passar por questões cruciais ligadas à abertura da economia e à melhoria das condições de vida e emprego da população.

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Assim, há expectativas de que o governo de Cuba gerencie as incertezas da população e traga esperança ao seu povo, que pensa em ter relações comerciais com os Estados Unidos e com outros países mais desenvolvidos. Com a morte de Fidel, a primeira impressão geral foi de alívio por parte da população de Cuba (principalmente os cubanos que residem em outros países), ainda que de forma silenciosa. Afinal de contas, como tudo o que dura por muito tempo, existe, sim, um desgaste natural, uma vez que muitos estavam (e ainda estão) cansados do modus operandi do regime político, que barrou, de certa forma, a evolução do país.

Como se sabe, Raul Castro continua no poder em Cuba e isso, por si só, representa, na prática, a continuidade da ideologia política de Fidel, seu irmão. O regime político é o mesmo e não há perspectivas consistentes de que algo possa mudar no curto prazo. A população, principalmente aquela parcela que não suporta mais o regime, ainda esperará que as desejadas melhorias aconteçam. Um desses avanços, como dissemos, diz respeito aos possíveis acordos econômicos com outras nações, necessários para o desenvolvimento da ilha. Isso foi até iniciado no governo de Obama, porém não avançou muito com a chegada de Trump ao poder.

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Diante de tudo o que ainda se passa, continua sendo incerto o futuro da ilha cubana e aquela população permanece na mesma expectativa. Logo após a morte do pioneiro Fidel, houve protestos em prol dessas mudanças, mas aos poucos a nação voltou mais ou menos ao seu “ritmo” normal. Com Raul no poder, ainda não há sinais tão evidentes assim de que ocorrerá por ali uma mudança de mentalidade, restando aos cubanos – tantos os insatisfeitos, quanto os conformados – esperar…

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