Príons

Os príons não possuem material genético e, desta forma, são seres que não possuem vida.

Há muito tempo se estudam vírus, bactérias, fungos e outros seres. Assim, é possível ter uma grande noção do que são e como se comportam no ambiente. Mas acontece algo diferente com os príons, que ainda são pouco conhecidos pela ciência.

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Príon é um tipo de proteína que possui propriedades infectantes capazes de causar danos permanentes às células do cérebro.

Os príons não possuem material genético e, desta forma, são seres que não possuem vida. No entanto é ainda um desafio para a ciência entender esse tipo de agende infeccioso e como eles são capazes de causar tantos estragos sendo seres sem material genético.

Como é adquirida a doença causada pelos príons?

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Cada proteína possui um formato que define qual função ela desempenhará. Os príons são proteínas que possuem anomalia em sua estrutura, não desempenhando, desta forma, funções de proteínas.

Os príons se juntam formando fibras amiloides (em forma de hélice); essas fibras se juntam às células fazendo com que não desempenhem suas funções corretamente e até fazendo com que ela morra.

As fibras amiloides, ao entrarem em contato com proteínas de formatos normais, crescem de forma espontânea. Eles não podem se multiplicar, mas podem alterar a estrutura de uma proteína normal, fazendo com que ela se torne um príon, ou seja, eles se espalham de uma célula para outra.

Uma doença causada por príons também pode ser adquirida através da sua ingestão. Isso faz com que ao comer uma carne contaminada, por exemplo, o indivíduo seja acometido por uma doença de príons. Além disso, a contaminação pode ser hereditária.

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Onde se reproduzem?

Diferentemente de outros agentes, que são externos e se reproduzem dentro das células, eles – os príons – são internos. Essas proteínas modificadas surgem e se reproduzem nas próprias células.  Trata-se de proteínas anormais que passam a desempenhar outra função e se reproduzem a partir de si mesmo, alterando a estrutura de outra célula normal e transformando-a em um príon.

Ao serem consumidos, os príons, que antes não eram sintetizados pelo organismo passam a se reproduzir, alterando e mantando as células do corpo.

Quais os sintomas?

Os principais sintomas das doenças priônicas são alterações psiquiátricas. Um comportamento alterado e mudança de personalidade, alucinações, alterações na memória (perda) e principalmente a demência. Além desses sintomas, é possível notar dificuldade de locomoção, convulsões, ataxia, depressão, ansiedade e até insônia crônica.

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Quais as consequências?

Infelizmente, as doenças causadas pelos príons não possuem tratamento e são fatais. Além dos sintomas que elas podem causar, a sua maior consequência é a destruição do sistema nervoso.

O desenvolvimento de demência e morte é o que doenças priônicas mais causam, podendo levar a morte dentro de meses ou até anos.

Algumas doenças causadas por príons

Mal da vaca louca: Essa doença causa danos cerebrais nos bovinos, o que alteram o seu comportamento e gera a sua morte em pouco tempo.

Síndorme de Gerstmann-Sreaussler-Scheinker: Essa síndrome é muito rara e hereditária. Causa ataxia, falta de coordenação de movimentos e degeneração do cerebelo.

Insônia familiar fatal: Esse tipo de insônia é um distúrbio hereditário. Geralmente começa a surge na faixa dos 40 anos com sintomas de desatenção, falta de coordenação motora, suores em excesso, coração acelerado e outros que rapidamente evoluem para demência e morte.

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Kuru: Essa doença possui evolução rápida, o indivíduo morre em média 1 ano após a doença. Ela é caracterizada por ataxia e tremores.

Síndrome de Alpers: A síndrome de Alpers pode surgir em qualquer momento, inclusive em uma criança que acabou de nascer. Os sintomas são um lento desenvolvimento, ataxia, perda de capacidade intelectual e ataques apopléticos.

Doença de Creutzfeldt-Jakob: Essa doença é muito rara e pode ser adquirida de diversas formas, seja hereditária, um transplante de córnea infectada ou a ingestão de alimentos contaminados. Ela provoca várias alterações na cognição do indivíduo, nos músculos, humor e no psicológico.

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