Apesar de ser o menor bioma do território nacional, o pantanal possui a maior planície de inundação do mundo com 250 mil km² de extensão. Considerado pela Unesco “Patrimônio Natural Mundial” e “Reserva da Biosfera”, esse ecossistema detêm grande biodiversidade, com cerca de 4.700 espécies conhecidas, levando em conta a fauna e flora juntas.
Também conhecido como complexo do pantanal ou reino das águas, devido ao seu vasto reservatório de água doce, esse bioma exerce um papel fundamental na preservação da biodiversidade, garantindo o equilíbrio dos ecossistemas com os quais se conecta.
Ainda que esse bioma desempenhe um papel muito importante na manutenção e equilíbrio da biodiversidade, ele vem sofrendo constantemente com desmatamentos e queimadas resultado, sobretudo, da ação o humana, que colocam em risco as espécies que nele vivem.
Ao longo deste texto conheceremos mais a fundo esse bioma nacional, suas características gerais, seu potencial econômico e um pouco mais sobre as ações que ameaçam sua sobrevivência. Vamos começar?
Onde fica o pantanal
Dos 250 mil km² que compreendem o complexo do pantanal, 120 mil km² estão em território brasileiro, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e os outros 130 mil km² estendem-se pela Bolívia e Paraguai, onde é chamado de Chaco.
A área pantaneira no Brasil ocupa 2% do território nacional, fazendo dele o menor bioma brasileiro. Ele está dividido em duas regiões: o Pantanal Norte ou Amazônico e o Pantanal Sul ou Maior.
Esse bioma está inserido na parte central da bacia hidrográfica do Alto Paraguai, sendo influenciado pelo Rio Paraguai e seus afluentes (Rio Cuiabá, Rio Aquidauana, Rio Apa e Rio Miranda) que são responsáveis pelo alagamento característico da região.
Características do pantanal
O pantanal integra grande parte de outros biomas, ao redor do seu complexo podemos verificar a presença de áreas com Cerrado, Caatinga e florestas tropicais. Sendo o clima predominantemente tropical continental, com altas temperaturas e grande índice pluviométrico.
Esse bioma possui verões quentes e chuvosos e invernos frios e secos. Durante o verão a região que compreende o complexo do pantanal é inundado e fica intransitável por terra. Ao passo que, no período da seca, no inverno, algumas dessas áreas inundadas secam e sobra um tipo de barro, daí o nome “pantanal”, que significa área alagada ou pântano.
Solo do pantanal
Como vimos no tópico anterior, uma das características mais marcantes desse bioma é o alagamento de suas planícies. Contudo, devido a esses constantes alagamentos, o solo pantaneiro é pouco desenvolvido e possui alto nível de lixiviação.
Como assim “lixiviação”? Esse termo designa o processo erosivo causado pela lavagem da camada superficial do solo pelo curso das águas. Esse fenômeno ocorre, em geral, em solos que não possuem cobertura vegetal protetora, como é o caso do pantanal.
Nas primeiras de chuvas o terreno poroso do pantanal absorve com facilidade essas águas, essa umidade no solo favorece o renascimento de vegetais, tornando as planícies verdes. Ao longo do período chuvoso, o solo passa a não absorver mais essa água e ela passa a ser acumuladas nas áreas mais baixas.
Já as regiões mais altas do pantanal, essas nunca ficam alagadas, formando ilhas cobertas de vegetação que são usadas por animais que fogem da subida das águas e procuram abrigo. Desse modo, a paisagem pantaneira fica quase sempre submersa e algumas regiões apresentam alagamentos apenas durante alguns meses.
A inundação constante desse solo faz com que a matéria orgânica encontrada nele se decomponha de forma lenta, fazendo com que ele apresente baixo grau de fertilidade. Nessas regiões, o terreno é, na maior parte das vezes, ácido e arenoso, o que leva a um uso extensivo de agrotóxicos e insumos químicos, para que cultivo seja viável.
Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), os solos mais comuns na região são:
- Planossolos: terreno constituído por um alto teor de argila, argila dispersa e adensado, com estrutura bem desenvolvida ou maciça. Esse solo se caracteriza por sua baixa permeabilidade, o que facilita a formação de lençóis de água suspensa temporária.
- Espodossolos: apresentam solos, em geral, moderada ou fortemente ácidos, com textura predominantemente arenosa, o que faz esses solos serem pouco férteis. Outra característica desse solo são formações que impedem a penetração das raízes e infiltração de água.
- Gleissolos: definido pelo excesso de umidade, são comumente terrenos inundados e encharcados, abrangendo solos muito mal drenados. Por apresentar um lençol freático muito elevado, esse terreno possui potencial agrícola muito limitado.
Devido a essas características, a vegetação que predominantemente prospera nessa região são as gramíneas, fazendo com que o solo do pantanal seja propício para áreas de pastagem para a criação de gado.
Vegetação do pantanal
A vegetação da região pantaneira é bastante diversificada, devido às suas ligações próximas com outros biomas ela forma uma mistura de plantas do Cerrado, Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Chaco (paraguaio e boliviano).
Nas regiões alagadas nota-se a presença de gramíneas, já áreas intermediárias são propícias para o desenvolvimento de arbustos e vegetação rasteira, enquanto que nas regiões altas encontramos árvores de baixo a grande porte.
A Embrapa catalogou cerca de 2000 mil espécies de plantas no pantanal, verificando a presença de arbustos, árvores e plantas aquáticas, e floresta densa e fechada, sendo que muitas dessas espécies são endêmicas (que só existem nessa região) e algumas apresentam propriedades medicinais.
Na região de matas ciliares, que são perto dos rios, costuma-se encontrar jenipapos de até 20 metros de altura, figueiras, ingazeiros, angico, aroeira, além de outras árvores altas e vegetação densa e exuberante.
Já nas áreas alagadas vemos com frequência a presença de árvores do Cerrado, como ipês e formações vegetais como o carandazal (carandá) e o buritizal (buriti). Além delas, vemos sobretudo vegetais aquáticos que são típicos dessa região, como: aguapé, erva-de-santa-luzia, utriculária e cabomba, com destaque para as espécies camalote-da-meia-noite e vitória-régia.
Clima do pantanal
O clima predominante no pantanal é o Tropical, que é caracterizado por apresentar duas estações do ano bem definidas: inverno e verão. O período do inverno é definido pela ausência de chuvas e temperaturas elevadas, com média de 25°C e no verão temos chuvas regulares, temperaturas elevadas, tem torno dos 30°C.
Ao longo do ano, as variações climáticas e diversidades do pantanal são definidas da seguinte maneira:
- Período das cheias: compreende os meses entre dezembro e março, onde é possível realizar passeios de barco nas partes inundadas e quando a flora é renovada. Nesse período o clima é quente no fim do dia, os dias são mais longos e presença de chuvas.
- Período da vazante: ocorre entre os meses de abril e junho, quando a paisagem passa pela transição da “cheia” para a “seca” e as águas começam a baixar progressivamente. Os mamíferos voltam a ocupar a planície e o clima mais ameno, com noites frias e dias secos.
- Período da seca: acontece entre os meses de julho e outubro, nesse intervalo os rios e lagoas retornam aos seus limites naturais, favorecendo a concentração de milhares de peixes que atrai muitas aves em seu período reprodutivo. Nesse período, verifica-se o clima quente.
Relevo do pantanal
A região onde está localizada o pantanal é circundada por planaltos, que possuem cerca de 700 metros de altitude. Essas elevações são responsáveis pelas nascentes de vários rios que banham essa região.
Desses planaltos ao redor desse bioma, o que se destaca é o maciço Urucum, no Mato Grosso do Sul, que possui 1065 metros de altitude. Nessa região encontra-se uma das maiores reservas de manganês do Brasil, mineral explorado pelas indústrias siderúrgicas.
O pantanal em si possui altitudes que não ultrapassam os 120 metros, o que favorece a formação das paisagens pantanosas, típicas desse bioma. Mais de 80% das áreas pantaneiras ficam alagadas no período de chuvas, no verão.
Hidrografia do pantanal
O complexo do pantanal é totalmente dependente do ciclo de inundações, para o equilíbrio, manutenção e renovação da fauna e flora. No período das cheias, durante o verão, estima-se que 180 milhões de litros de água chegam as planícies do pantanal.
As enchentes na planície começam a acontecer a partir de novembro e ao longo do trimestre chuvoso nas regiões altas da bacia hidrográfica, o nível dos rios sobe. Dentre os rios do complexo pantaneiro, destacamos: o Rio Cuiabá, Rio Taquari, Rio Itiquira, Rio Aquidauana e o Rio Paraguai, um dos maiores da região.
Essa água que chega às planícies é responsável pela formação das áreas inundadas, como:
pântanos, brejos, lagoas e baías que se conectam aos rios. E a baixa declividade do terreno favorece essa ligação entre essas áreas alagadas.
As áreas alagadas são compostas por inúmeros corixos (pequenos rios que se formam na época das chuvas) e vazantes, nas quais concentra-se uma grande quantidade de peixes, que atrai muitas aves em busca de alimento.
Até que, em maio, as chuvas cessam e as águas começam a baixar lentamente e partes da vegetação ficam dormentes e alguns animais migram para áreas mais férteis.
É justamente esse movimento que assegura a conservação das espécies que circulam pelo pantanal e que tornam esse bioma único, porém frágil. Dado que qualquer alteração nesse ciclo hidrológico pode comprometer todo esse ecossistema.
Fauna do pantanal
Devido a influência direta do Cerrado, da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica e fragmentos de Caatinga, o pantanal concentra uma fauna rica e diversa, onde podemos encontrar praticamente todos os animais que vivem no Brasil.
Até o momento, pesquisadores conseguiram catalogar no pantanal: 1.032 espécies de borboletas, 463 espécies de aves, 263 espécies de peixes, 132 espécies de mamíferos, 113 espécies de répteis e 41 espécies de anfíbios.
Aves
A população de aves catalogadas no pantanal é de 460, contudo, a WWF Brasil discute que existam cerca de 650 espécies de pássaros compondo esse bioma, ultrapassando as cerca de 500 aves catalogadas na América do Norte.
Devido a essa extensa diversidade, nada mais natural do que uma ave ser usada como o símbolo desse bioma, o Tuiuiú (Jabiru micteria), também conhecida como jaburu.
Também podemos citar: Garça-branca, Gavião-preto, Gavião-de-Penacho, Tucano-toco, Ema, Socozinho, Jaçanã, Carcará, Curicaca e Biguá.
Peixes
De acordo com dados do WWF, existem mais peixes no pantanal que em toda a Europa, com cerca de 200 espécies. Essa diversidade é possível graças aos rios, lagoas e corixos presentes nessa região.
A população de peixes tem uma importância fundamental para garantir o fluxo de aves da região que ali ficam à procura de alimentos. Entre as espécies que podemos encontrar no pantanal citamos: Piranha, Pacu-caranha, Dourado, Poraquê, Pintado, Piraputanga, Cachara, Curimbatá, Jaú e Piau .
Mamíferos
Apesar de contar com cerca de 130 espécies catalogadas de mamíferos, sendo duas delas endêmicas, alguns estudiosos estimam que o pantanal pode ter mais de 300 espécies de mamíferos nesse bioma, mas que até agora não foram catalogadas.
Dessa categoria, os mais comumente encontrados nas regiões pantaneiras são: Capivara, Veado-catingueiro, Veado-campeiro, Bugio-do-pantanal, Porco do mato, Tamanduá-bandeira, Cachorro-do-mato, Anta, Quati e Tatu-canastra.
Répteis
Das mais de 100 espécies de répteis que integram o pantanal, encontramos apenas duas categorias: jacarés e cobras, como por exemplo: Jacaré-do-pantanal, Jacaré-de-papo-amarelo, Víbora-do-pantanal, Sucuri-amarela, Jiboia Constritora, Tartaruga-do-pantanal, Calango, Sinimbu, Sururucu-do-pantanal e Muçurana.
Anfíbios
Apesar de não possuir uma grande variedade de anfíbios que ocupam o pantanal, as espécies que ocupam esse bioma são abundantes. Das 41 espécies que vivem no pantanal, aproximadamente metade delas habitam em árvores, como a perepreca-de-árvore, ou corpos d’água, como o sapo cururu.
Apesar dessa grande diversidade animal que habita o pantanal, algumas espécies estão em grave risco de extinção, como: onça-pintada, onça-parda ou suçuarana, cervo-do-pantanal, arara-azul-grande, lobo-guará, ariranha, dentre outros.
Principais cidades do pantanal
Como dissemos anteriormente, o pantanal ocupa sobretudo três países da América do Sul, Paraguai, Bolívia e o Brasil, mais especificamente no estado do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
No Mato Grosso do Sul estão localizadas as principais cidades brasileiras do pantanal, que são: Corumbá, Aquidauana e Miranda.
Aspectos econômicos do pantanal
O tripé econômico que existe vinculado ao pantanal é composto por: a agropecuária, pesca e o turismo.
A atividade agropecuária se destaca no estado do Mato Grosso, onde a atividade ligada a criação de gado é favorecida pelo clima, vegetação e relevo do pantanal, fornecendo bastante comida para esses animais e tem se mantido de forma sustentável durante as últimas décadas.
Por outro lado, a expansão da agricultura da soja apresenta um risco para o ecossistema pantaneiro, por conta do uso de agrotóxicos de forma inadequada pode comprometer seriamente o ciclo das águas do pantanal e consequentemente o ciclo da fauna e flora.
Durante a alta temporada, que ocorre entre junho e setembro, as cidades de Cárceres (MT) e Corumbá (MS) recebem um grande fluxo de turistas que pretendem usufruir do turismo ecológico ou de pesca.
Os moradores da região usam seus barcos (chalanas) como hotéis e usam seus conhecimentos para atuarem como guias para pescadores que queiram realizar atividades relacionadas a pesca. Contudo, durante os meses de novembro a fevereiro a pesca é proibida, pois é o período da piracema, quando os peixes migram e reproduzem-se.
No entanto, essas três atividades enfrentam o desafio do desmatamento e manejo inadequado, construção de hidrelétricas e o crescimento urbano e populacional, que tem comprometido seriamente a manutenção desses negócios.
Impactos ambientais no pantanal
Como vimos até aqui, o ciclo do pantanal é muito delicado e manter o equilibro desse ciclo é essencial para a manutenção, não apenas, desse bioma, mas também para garantir a existência dos biomas fronteiriços, e isso ocorre de maneira reciproca.
Contudo, há vários fatores que tem ameaçado esse delicado equilíbrio, dentre eles temos as práticas ilegais e caça e pesca. Da rica fauna aquática que compõe o ecossistema pantaneiro, os grandes alvos dos caçadores são: os jacarés e o peixe-dourado.
Apesar de existir leis expressas que proíbem a pesca e a caça desses animais, muitos pescadores e caçadores ilegais insistem em procura-los. E a falta de uma fiscalização e penalização efetiva comprometem a preservação dessas espécies.
Outro desafio que o ecossistema pantaneiro enfrenta são as atividades agropecuárias. A questão é mais precisamente as práticas não sustentáveis e o uso exagerado de adubos químicos no manejo do solo, que podem causar impactos no meio ambiente, em alguns casos irreversíveis.
O uso indiscriminado de alguns agrotóxicos compromete a qualidade do o ciclo da vida ligado ao ciclo das águas, fazendo com que os efeitos dessas ações não sejam restritos, apenas, as às áreas de ocorrência.
Como o caso da contaminação da bacia hidrográfica do Taquari, que além de ameaçar a fauna e flora que estão diretamente ligadas à sua vazão, também pode afetar o Rio Paraguai, do qual é um afluente. Além desses desafios já mencionados, o pantanal sofre outras duas ameaças: os desmatamentos e queimadas.
Os desmatamentos são ocasionados pela ocupação humana e a fim de criar espaço para a inserção de pastagens e lavouras de soja. E essa remoção da vegetação natural na parte alta dos rios ocasiona um processo erosivo intenso e, consequentemente, o assoreamento desses cursos d’água.
Também relacionado com ao desmatamento, muitas vezes ilegal, temos as queimadas, que estão ocasionadas pela ação humana e são potencializadas por questões naturais, como a seca.
Além disso, as mudanças climáticas, que impactam diretamente o ciclo hidrográfico pantaneiro e geram períodos secos mais prolongados, e as condições meteorológicas que atuam nessa região, também podem ser apontadas como as principais causas que facilitam a propagação do fogo no Pantanal.
Ao longo dos últimos anos, sondagens realizadas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) verificaram que este ano, 2020, foi o pior ano, no quesito queimada, para o pantanal.
Até o momento (Julho), foram registrados 22.116 focos de incêndio em 2020 de acordo com a sondagem, esse valor é maior do que a soma dos três últimos anos e superior ao que já foi contabilizado desde o início do monitoramento, em 1998.
Consequências
Observando todos esses fatores em conjunto temos uma série de consequências que se encadeiam. O assoreamento somado a poluição das águas pela ação mineradora e agropecuária, ocasionam o empobrecimento do solo, diminuição das nascentes e perda de hidrografia local.
Essa degradação do meio ambiente resulta na diminuição da flora, que altera o habita dos animais e prejudica a cadeia alimentar pela escassez de alimentos. E, consequentemente, diminui a fauna, com o comprometimento da reprodução das espécies locais e extinção total de espécies endêmicas, ocasionando desequilíbrio ecológico.
Até o momento, temos falados dos efeitos imediatos que podem ser observados na natureza, mas também haverá consequências a longo prazo, acarretando impactos e problemas ambientais como:
- o empobrecimento do solo pela perda de nutrientes,
- o desequilíbrio nos ecossistemas, e
- o aumento da emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.
E como nós, os seres humanos, não estamos desligados desse sistema, também seremos afetados pela perda e destruição desse ecossistema. Que vão desde de consequências econômicas, dado que as atividades locais serão comprometidas, à saúde, pela poluição do ar e contaminação das águas.
Fatos e curiosidades sobre o pantanal
Estamos quase no fim dessa nossa viagem pelo pantanal, mas antes de ir abaixo temos algumas curiosidades e dados, geográficos e relacionados a sua biodiversidade, interessantes sobre esse pequeno gigante do Brasil. Veja:
- Por sua importância ambiental, o Pantanal foi decretado Patrimônio Nacional, pela Constituição de 1988, e por dispor de diversas espécies da fauna e flora mundial, esse bioma é considerado Patrimônimo e Reserva da Biosfera, pela ONU em 2000.
- De acordo com órgãos governamentais, como o IBGE, o pantanal ainda é considerado o bioma mais preservado do país com um nível de preservação ambiental alta;
- O pantanal abriga grande parte dos animais existentes no Brasil, possuindo um bioma extremamente rico;
- Da área total ocupada pelo pantanal brasileiro, 65% do estão no estado do Mato Grosso do Sul, e o restante (35%), no Mato Grosso;
- Nos países fronteiriços que detém parte do pantanal, a Bolívia e no Paraguai, esse bioma recebe o nome de Chaco;
- No período das cheias, até 80% da área que compreende a planície pantaneira fica inundada, fazendo dela a maior planície inundada do mundo, essa inundação geralmente afasta temporariamente parte da população rural que migra para as cidades ou vilas;
- Em toda a região pantaneira foram catalogadas 3500 espécies de plantas terrestres e aquáticas, fazendo do Pantanal um dos locais com a maior diversidade vegetal de todo o mundo;
- A área total do pantanal, 210 mil quilômetros quadrados, equivale à soma das áreas de quatro países europeus: Bélgica, Suíça, Portugal e Holanda;
- Por ser uma ave abundante nesse bioma, o Tuiuiu (ou Jaburu) é tido como símbolo do Pantanal. Ela chega a medir 1,60 m de uma ponta da asa à outra;
- Além do jaburu, outro animal também é referenciado como símbolo da região, o peixe jaú, que pode chegar a pesar 120 kg e medir 1,5 m;
- O pantanal é habitat da segunda maior cobra do mundo, a sucuri, que pode chegar até nove metros de comprimento;
- Uma espécie animal muito comum no pantanal são os jacarés, apesar da fama de perigosos, esses animais só atacam humanos se forem ameaçados;
- Capivara, tuiuiú e cervo-do-pantanal, que são animais comumente encontrados nas regiões pantaneiras, estão correndo risco de extinção;
- A paisagem desse bioma é conhecida por ser um mosaico de ecossistemas, abrangendo pequenas parcelas da Amazônia, uma parte do Cerrado, outra da Mata Atlântica e uma porção do Charco boliviano;
- Caso alguém tenha intenção de viajar para o pantanal, é aconselhável vacinar-se contra a febre amarela 10 dias antes da viagem. A vacinação é gratuita pela Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, nos Aeroportos (Guarulhos, Congonhas – SP, Campo Grande – MS, Rodoviária em Corumbá - MS) em postos de vacinação e nas divisas dos Estados de MT e MS.
Vídeos sobre pantanal
Pantanal
Além de conhecer as iniciativas que participam da proteção e recuperação do pantanal, este vídeo do WWF – Brasil nos dá um panorama geral desse bioma. Especialistas e pesquisadores que atuam na área tratam sobretudo na importância da preservação desse ecossistema.
Ciclo das águas do pantanal
Ao longo do texto vemos que o pantanal é totalmente dependente do fluxo hidrográfico, de cheias e secas que ocorrem ao longo do ano. Este outro vídeo do WWF-Brasil dá uma atenção especial para o ciclo das águas pantaneira, trazendo novas informações relacionadas as questões geográficas que impactam esse ciclo.
PANTANAL: o rastro de destruição do fogo que já devastou 21% do bioma
Esta reportagem da Folha de São Paulo traz informações e dados aprofundados sobre o impacto das queimadas que tem ocorrido no pantanal em 2020. Além de mostrar o impacto a biodiversidade, a reportagem traz o posicionamento das comunidades indígenas e produtores agropecuários da região, que sofreram diretamente o impacto desses incêndios.