Os pampas são formados de paisagens naturais exuberantes e tem rica biodiversidade, apresentando uma fauna e flora, próprios desse bioma.
Os pampas ou campos sulinos, como também são conhecidos, atraem turistas do mundo todo para contemplar esse santuário natural da América do Sul.
O que são os pampas?
Pampa é um bioma que ocupa uma área de 176.500 mil km, isso compreende mais da metade do território do Rio Grande do Sul. O pampa é também encontrado no Uruguai e Argentina.
Pampa é um termo de origem indígena que denomina “região plana”, mas as planícies são apenas um dos tipos de campos presentes nesse bioma.
São também encontradas nos pampas, matas ciliares, matas de encosta, matas de pau – ferro, formações arbustivas, butiazais, banhados, afloramentos rochosos, campos do alto da serra com predomínio de araucárias, campos semelhantes à savana.
O clima dos pampas é temperado, com temperaturas com média de 12 a 18 graus. A precipitação de chuva é maior no verão que no inverno, ficando na média de 607 mm.
Os campos são de formações edáficas (do próprio solo) e não de influência climática. O solo da região de contato com o arenito Botucatu é vermelho – escuro, ocorrendo a sudoeste de Quaraí e sul e sudeste de Alegrete, com forte processo de desertificação.
O planalto de Campanha, a oeste e sul do Rio Grande do Sul, tem predomínios de bacias e cobertura sedimentar. O solo, em geral, é de baixa fertilidade e suscetível à erosão.
A flora do pampa é muito diversificada, com cerca de 3000 espécies, com a presença de vários tipos de gramíneas, compostas, leguminosas e cactáceas. Também são encontrados arbustos como Algarrobo e Nhandavaí, visto somente no parque estadual do Espinilho, no município de Barra do Quaraí.
A fauna também possui uma grande diversidade com mais de 500 espécies de aves e 100 espécies de mamíferos terrestres. Os pampas possuem espécies endêmicas (que ocorrem apenas em uma determinada região) como tuco – tuco, beija – flor – de – barba azul e sapinho – de – barriga – vermelha.
Há espécies ameaçadas de extinção como veado – campeiro, cervo – do – pantanal, caboclinho – de – barriga – verde e o picapauzinho – chorão.
A principal atividade econômica da região é a pecuária extensiva. Também há a presença de monoculturas.
O avanço da pastagem e dessas monoculturas contribuiu para degradação ambiental que tem descaracterizado as paisagens naturais dos pampas, o que pode compromete o desenvolvimento sustentável da região, que garante a conservação da região.
É necessário proteger esse bioma, que gera riqueza para a região, com fomento à diversificação da produção rural, a valorização da pecuária com manejo de campo nativo junto com planejamento regional, zoneamento ecológico – econômico e respeito aos limites do sistema ecológico da região, é o caminho para preservar esse patrimônio natural e cultural da América do Sul.
Por Simone Aparecida de Oliveira