As orações subordinadas são dependentes das orações subordinantes. Para que haja essa dependência são utilizados os pronomes que fazem ligação entre elas. Essas orações desempenham uma função sintática dentro da oração e, dependendo disso, elas se classificam em adjetivas, adverbiais e substantivas.
Muitos se atrapalham, pois querem decorar as conjunções quando, na verdade, o que realmente as diferenciam é a função sintática que elas apresentam.
O que são as orações subordinadas?
É chamada de oração subordinada toda aquela oração que faz uso de conjunção subordinativa, pronome relativo ou conjunção integrante para se ligar a principal. Ela depende dessa conjunção para que sua compreensão seja possível e se caracterizam por complementar o sentido, caracterizar o ser e indicar a circunstância da oração principal.
Dependendo da função sintática que ela desempenha em relação a principal, a oração subordinada se classifica como substantiva, adjetiva e adverbial.
Orações subordinadas substantivas
Como identificar uma oração subordinada substantiva? Se conseguir substituí-la por um substantivo isso quer dizer que essa é sua função. Ela sempre se inicia por uma conjunção integrante sendo que as principais são se e que.
Elas se classificam de acordo com o papel que desempenha e podem ser:
Oração subordinada substantiva subjetiva
Quando a oração subordinada agir como o sujeito da oração principal ela é chamada de oração subordinada substantiva subjetiva. Por exemplo, na frase: É necessário que ela se dedique mais aos estudos.
A oração principal é “É necessário” que é formada por um verbo de ligação e um predicativo do sujeito. Já a oração subordinada substantiva subjetiva é “que ela se dedique mais aos estudos” que tem a função de sujeito da oração principal.
Uma dica muito útil que ajuda a distinguir essa função das demais é trocar a oração subordinada substantiva pelo pronome “isso”. Assim, o exemplo acima ficaria da seguinte forma no período simples: “É necessário isso”. Ou seja, o pronome isso exerce a função do sujeito.
Oração subordinada substantiva objetiva direta
É assim chamada quando sua função em relação a oração principal é de objeto direto. Exemplo: “Estimo que sua recuperação seja rápida”.
Oração subordinada substantiva objetiva indireta
A função exercida pela oração subordinada substantiva é de objeto indireto e sempre é introduzida por uma preposição que tem ligação com o verbo presente na oração principal. Veja o exemplo: “Gosto de que me abrace”.
Oração subordinada substantiva completiva nominal
A oração subordinada substantiva completiva nominal sempre é introduzida por uma preposição que está ligada a um nome presente na oração principal. Um ótimo exemplo é a frase: “Tenho certeza de que agora vai dar certo”.
Atenção: não confunda a oração subordinada substantiva objetiva indireta com a completiva nominal. Afinal, na primeira a preposição está ligada a um verbo da oração principal. Já a preposição da completiva nominal tem ligação com um nome que está na oração principal.
Oração subordinada substantiva predicativa
A função que exerce em relação a oração principal é de predicativo do sujeito. Ela sempre está ao lado de um verbo de ligação como em: “O pior é que eu não terminei de jantar”.
Oração subordinada substantiva apositiva
Sua função em relação a oração principal é de aposto e na maioria das vezes é precedida por dois-pontos como no exemplo: “Somente desejo a você uma coisa: que a felicidade bata a sua porta”.
Orações subordinadas adjetivas
A oração subordinada é considerada adjetiva quando a função que ela exerce é similar a do adjetivo. Mas qual a função do adjetivo? Ele acompanha e modifica o substantivo conferindo ao mesmo atributos e características. Ou seja, a oração subordinada funciona como um adjunto adnominal.
Existem duas formas de essa oração caracterizar o ser que está contido na oração principal: restringindo ou explicando seu sentido.
Em qualquer uma delas um pronome relativo inicia a oração subordinada adjetiva. Com isso, ela se classifica em:
Oração subordinada adjetiva explicativa
Ela sempre é isolada por vírgulas, parênteses ou travessões e explica o sentido do ser da oração principal. Por exemplo: “Os profissionais de jornalismo, que estão em início de carreira, não são muito prestigiados”.
Oração subordinada adjetiva restritiva
Restringe o sentido do ser que está na oração principal como no exemplo: “Vi a menina que brincava de amarelinha”.
Orações subordinadas adverbiais
Uma oração subordinada é chamada adverbial quando possui função de adverbio. Mas qual a função exercida por um adverbio? Ele é capaz de modificar um adjetivo, verbo e até outro adverbio atribuindo ao mesmo uma circunstancia de modo, lugar, tempo, intensidade…
Sempre são iniciadas por uma conjunção subordinativa adverbial que indica a circunstancia que aquela oração subordinada expressa. De acordo com a circunstância elas se classificam em:
Oração subordinada adverbial causal
Expressa uma razão, motivo, causa. Exemplo: “Como ele estava muito feliz todos se alegraram com ele”.
Oração subordinada adverbial comparativa
Exprime uma comparação. Exemplo: “Ele é mais alto que o irmão mais velho”.
Oração subordinada adverbial concessiva
Indica uma contradição em relação ao que é expresso na oração principal. Exemplo: “Embora fizesse muito calor ele não quis mergulhar na piscina”.
Oração subordinada adverbial condicional
Expressa uma condição em relação ao predicado presente na oração principal. Exemplo: “Não sairei a menos que a chuva pare”.
Oração subordinada adverbial conformativa
Indica conformidade em relação a ação que é expressa pelo verbo da oração principal.. Exemplo: “Fiz o bolo de acordo com a receita”.
Oração subordinada adverbial consecutiva
Indica uma consequência do que é referido na oração principal. Exemplo: “Gritou tanto que perdeu a voz”.
Oração subordinada adverbial final
Expressa um objetivo, finalidade. Exemplo: “Saí para que não chegássemos as vias de fato”.
Oração subordinada adverbial proporcional
Indica uma proporcionalidade. Exemplo “À medida que o sol surge o dia vai ficando mais lindo”.
Oração subordinada adverbial temporal
Exprime uma ideia de tempo. Exemplo: “Assim que chego na minha casa me jogo no sofá”.
