Metais pesados não recebem esse nome à toa: são elementos químicos com alta densidade atômica que podem contaminar o meio ambiente e provocar danos à saúde.
Os átomos presentes nos metais, independentes de serem pesados ou não, são caracterizados pela perda de elétrons e a formação de cátions, visto a baixa energia para formar íons.
Os metais pesados podem ser tóxicos devido a alta concentração (ferro, manganês) ou em qualquer nível de concentração (chumbo, alumínio), sendo, alguns deles, essenciais às plantas e ao nosso organismo, e outros altamente perigosos.
Neste artigo, vamos abordar os metais pesados e de que maneira eles conseguem afetar a nossa saúde.
Metais pesados – características
Todo metal pesado contamina a água e o solo, por vezes, induzida pela ação de grandes indústrias, como mineradoras e manufaturadoras de produtos eletrônicos, e produtos tóxicos (tintas, pilhas, pesticidas, lâmpadas e fertilizantes, por exemplo).
A principal característica do metal pesado é a sua densidade atômica (cerca de 3,5 a 7,0g/cm³), porém, há outras características dos metais pesados. São elas:
- São capazes de formar sais, que dissolvem-se e colorem a água em solução aquosa.
- Possuem número e massa atômicos elevados.
- Formam sulfetos e hidróxidos insolúveis em água.
Os metais com grande densidade estão presentes em nosso dia a dia e, mesmo que não ingerimos, ainda podemos ter contato direto com eles. Os metais pesados se dividem em essenciais e tóxicos.
Metais essenciais
São aqueles os quais necessitamos para melhor funcionamento vital dos órgãos, porém, o excesso é prejudicial tanto quanto os metais tóxicos.
- Cobalto (Co)
- Cobre (Cu)
- Ferro (Fe)
- Manganês (Mn)
- Níquel (Ni)
- Potássio (K)
- Zinco (Zn)
Metais tóxicos
Independente da concentração, esses metais pesados têm nível alto de toxicidade, podendo levar uma pessoa a sofrer de cólica, fraqueza, pressão alta, Alzheimer ou Mal de Parkinson. Alguns deles são:
- Alumínio (Al)
- Arsênio (As)
- Cádmio (Cd)
- Chumbo (Pb)
- Cromo (Cr)
- Mercúrio (Hg)
- Prata (Ag)
Os metais essenciais precisam ser consumidos de forma equilibrada para uma alimentação saudável, pois cada um exerce uma função no organismo. Em contrapartida, o excesso deles se transforma em um perigo tal qual os metais pesados.
O perigo dos metais pesados à saúde
Ninguém, em sã consciência, vai ingerir chumbo depois de saber que ele causa sérios danos ao sistema nervoso. Entretanto, é muito fácil ter contato com esse tipo de metal sem precisar consumir diretamente.
A maioria está presente em cosméticos, objetos, baterias, lâmpadas, obturações dentárias e no meio ambiente, devido às emissões desses metais que, erroneamente, são despejados junto ao lixo doméstico.
Listamos, abaixo, os principais metais pesados e seus respectivos danos à saúde:
- Chumbo
Redução das funções cognitivas e intelectuais em crianças e doenças cardiovasculares em adultos. Causa distúrbios neurológicos, podendo levar a AVC, distúrbios gastrointestinais e renais e, até mesmo, à morte, em níveis excessivos de chumbo.
- Cádmio
Um dos componentes das baterias de celulares, o cádmio provoca intoxicação, trazendo sérios problemas no intestino e nos rins.
- Mercúrio
É outro metal pesado que causa problemas neurológicos, respiratórios, hepáticos e renais, provocando perda de audição, tremores musculares e paralisia cerebral.
- Alumínio
É o metal associado a anorexia, constipação intestinal, fadiga, alterações neurológicas, principalmente ao Alzheimer precoce.
O alumínio está presente em panelas, latas, desodorantes, papéis, tubos de pastas de dentes e algumas medicações antiácidas. É possível substituir esse conjunto de fatores por outros menos poluentes.
Agora que já sabemos o que são metais pesados e como eles fazem parte do nosso dia a dia e afetam drasticamente a nossa saúde, também podemos diminuir o consumo e evitar o descarte incorreto no meio ambiente de produtos à base desses metais.