Conflito entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte

Um dos assuntos mais comentados e temidos recentemente é o conflito entre Coreia do Norte e Estados Unidos da América, e a probabilidade do início de uma Terceira Guerra Mundial.

No final da Segunda Guerra Mundial houve a Conferência de Postdam, em agosto de 1945, que tinha como intuito definir as penas que seriam aplicadas aos integrantes do Eixo Berlim – Roma – Tóquio, no cenário pós guerra.

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Nesta conferência, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e os Estados Unidos da América, as duas grandes potências vencedoras fizeram um acordo sobre o território coreano. No fim da conferência, a URSS declarou guerra contra o Japão, e libertou o norte do Paralelo 38 N. Logo após, o exército estadunidenses chegou para ocupar o sul da península.

Em um primeiro momento, a finalidade desta subordinação foi instaurar um governo coreano provisório, que deveria tornar-se “livre e independente no devido tempo”. Porém, com o início da guerra fria, em 1948 os Estados Unidos e a União Soviética, a Península Coreana foi dividida em duas partes, com governos totalmente distintos. Sendo a parte sul capitalista, sob influência norte americana e a parte norte comunista, sob influência soviética.

A parte Norte afirmava ser o legítimo governo da Coreia, enquanto a parte Sul declarava o mesmo. Desde então, nenhum lado acatava a fronteira estabelecida como efetiva e legítima. Deste modo, teve início uma guerra.

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A Guerra das Coreias

A Guerra Coreana teve início em 25 de julho de 1950, quando a Coréia do norte a Coreia do Norte ocupou a Coreia do Sul, tendo a China e a União Soviética como apoiadoras.

Por sua vez, a Coréia do Sul contou com o apoio das Nações Unidas (ONU), que legitimou essa invasão como ilegal e exigiu que houvesse um cessar-fogo. Aprovou então a Resolução 83. Que condenava a invasão e mandava uma tropa a fim de reestabelecer a paz na Coréia.

Cerca de 21 países se comprometeram a enviar forças militares essa missão da ONU. Porém, a maior parte dos soldados eram norte-americanos, já que havia um interesse dos EUA no território da Coréia do Sul.

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Em 1951, a sangrenta guerra já havia matado milhares de pessoas, dentre elas vários civis. Os territórios sul coreanos ocupados pela Coréia do Norte já haviam sido recuperados e a batalha no Paralelo 38 não saía da fase das trincheiras.

Foi quando a Coréia do Norte começou a sofrer bombardeamentos aéreos e um armistício começou a ser negociado. Essa negociação durou ainda dois anos, em meio a batalhas muito sangrentas com percas dos dois lados.

Somente em 27 de julho de 1953, foi assinado um acordo que determinava um cessar-fogo imediato porém, até hoje, nenhum tratado de paz foi acordado entre as duas Coreias. Entretanto, o Norte alega ser o vencedor da guerra.

Durante uma década após o fim da guerra, a Coreia do Sul ficou economicamente estagnada. Entretanto, os sul-coreanos assinaram um tratado mútuo de defesa com os Estados Unidos, que mais tarde garantiu alguns benefícios para a economia do país.

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O Regime Norte Coreano

Desde o ano de 1948, a Coreia do Norte é um país socialista que tem um único partido sob comando da dinastia Kim. A economia da nação é bastante atrasada, fechada à comunidade internacional e possui um governo sustentado no culto à personalidade da linha de sucessão Kim.

O primeiro líder dessa dinastia era Kim Il-sung, que governou o país entre 1972 e 1994. Seu filho, Kim Jong-il, herdou o poder do pai e governou a Coréia do Norte até sua morte, em 2011. Atualmente, o país é governado por Kim Jong Um.

No absolutismo norte-coreano não há liberdade de imprensa e direitos civis. De acordo com o comitê de Direitos Humanos da ONU, o regime promove prisões abusivas, assassinatos, tortura, estupros e escravidão contra rebeldes.

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A Coreia do Norte é um dos países mais militarizados do mundo, tendo em torno de 1,2 milhão de soldados ativos e 6 milhões de reservistas, para uma população de apenas 25 milhões de pessoas.

 O Plano Nuclear

Após o fim da União Soviética, em 1991, a Coreia do Norte perdeu seu principal respaldo financeiro e se afundou em crise econômica. As várias safras ruins provocaram falta de alimentos e milhares de pessoas morreram de fome. O governo passou a sujeitar-se à ajuda financeira dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul.

A fim de garantir a continuidade do regime, a Coreia do Norte iniciou um programa nuclear, considerando que a posse de armas atômicas poderia desestimular ações dos EUA que pudessem derrubar o governo. Bem como uma forma que o regime pensou para obter maior poder de barganha com outras nações e conseguir demandar concessões econômicas.

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Em 2006, a Coréia do Norte testou sua primeira bomba atômica de sucesso. A partir desse momento, o país já realizou outros cinco testes nucleares. Os vizinhos China, Coreia do Sul, Rússia e Japão, além dos Estados Unidos, observam atentamente todos os testes militares realizados pela Coréia do Norte.

O Renascimento do Conflito com os EUA

Em 2017, os Estados Unidos e Coreia do Norte reavivaram suas rivalidades militares e políticas com alertas de ataques dos dois lados. O regime norte-coreano de  Kim Jong-un, vem ameaçado os EUA verbalmente e demonstrando testes bélicos como há muito tempo não se via.

O governo americano se inquieta por causa de seus dois aliados vizinhos dos norte-coreanos, a Coreia do Sul e o Japão. Recentemente, com Donald Trump no poder dos Estados Unidos, as respostas a esses alertas militares são cada vez mais constantes.

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A visita do primeiro-ministro japonês Shinzō AbeUma à Trump foi uma das primeiras desde que foi eleito. AbeUma tinha o intuito de reforçar as alianças de defesa entre os dois países e também sinalizar à Coreia do Norte que o Japão não está sozinho em caso de ataque.

Em agosto de 2017, Kim Jong-un ameaçou a bombardear a ilha de Guam, um território pertencente aos Estados Unidos, situado na Micronésia. Essa ilha possui uma base militar americana com 6.000 soldados e aviões bombardeiros.

No mesmo mês, foi dado início o lançamento de mísseis com destino ao Oceano Pacífico. Especula-se que estes tenham a possibilidade de atingir o oeste dos Estados Unidos. Com certeza, a rivalidade entre as duas nações será um dos grandes desafios do Governo de Trump e até o momento (este artigo é de março de 2018) não é possível traçar um panorama tão esclarecedor. Resta-nos aguardar os desdobramentos desse relacionamento entre nações.

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