Sabe-se muito bem que os seres vivos em geral não podem viver isolados um do outro. Desta forma, direta ou indiretamente, todos se relacionam numa expectativa de dependência na luta pela sobrevivência mantendo assim o equilíbrio dos ecossistemas.
Os seres em geral precisam de energia para se manter vivos, de forma que a maneira como fazem para obtê-la varia de acordo com suas propriedades biológicas. Por exemplo, os clorofilados (caso de algumas plantas) captam energia solar e a utilizam na produção de moléculas através de um processo conhecido como fotossíntese.
Já os não-clorofilados obtêm a energia necessária para seus organismos através do consumo de outros seres vivos. Desta forma se estabelece o princípio da cadeia alimentar.
O fenômeno é denominado “cadeia” porque acontece de forma ordenada e sequencial, onde os consumidores (aqueles que se alimentam de outros seres vivos) são classificados em primários, secundários e terciários.
Os primários são os animais considerados herbívoros, aqueles que se alimentam apenas de plantas, hortaliças, vegetais em geral. Os secundários e terciários podem subdividir-se entre os carnívoros (que se alimentam apenas de carne) e onívoros (que comem tanto carne, quanto plantas), pois numa relação de sobrevivência, ambos podem assumir lugar tanto de um quanto de outro.
Em alguns casos a cadeia pode chegar até a quarta ou quinta ordem, mas isto não é algo muito comum entre os seres vivos.
Observe um exemplo de sequência: O capim serve de alimento ao boi, que consequentemente serve de alimento para o homem, que é um ser onívoro e nesse caso se estabelece na condição de consumidor secundário. Mas o boi também pode servir de alimento para animais carnívoros, como o leão, por exemplo, portanto esta oscilação entre secundário e terciário pode ocorrer de forma natural, dependendo do ambiente e da ocasião onde a cadeia se estabelece.
Utilizando um exemplo de cadeia mais extensa, ratificando o raciocínio do parágrafo anterior, podemos observar alguns peixes que se alimentam de algas (herbívoros), geralmente peixes pequenos. Esses peixes servem de alimento para peixes maiores, e em sequência, servem de alimento para o homem. Neste caso, o homem assumiu a posição de consumidor terciário, diferente da condição anterior.
Cadeia ou teia?
Já foi mencionado que a sobrevivência dos animais depende da energia acumulada e adquirida através dos alimentos que consomem. Essa distribuição de energia também é parte integrante da cadeia alimentar, mas dependendo do tipo e como se estabelece, a sequência também pode ser denominada de cadeia ou teia alimentar.
A diferença entre as duas se dá justamente na distribuição dos consumidores. Quando esta distribuição acontece de forma linear, unidirecional, chamamos de cadeia, quando envolve mais de um consumidor para o mesmo elemento, de forma que o estabelecimento da ordem entre os consumidores se dá de forma complexa e não linear, chamamos de teia.
Porém, tanto a cadeia quanto a teia podem ser divididas ainda em duas classes menores: Cadeia (ou teia) de pastejo e cadeia (ou teia) de detritos. A primeira é sustentada pelas plantas, por sua vez consumidas pelos seres herbívoros e em sequência pelos carnívoros.
A segunda é estabelecida pela matéria orgânica, não-viva, proveniente da decomposição de corpos e vegetais pela ação de micro-organismos decompositores (fungos e bactérias), lançando em forma de nutrientes para as plantas, ou mesmo sendo consumidas pelos seres chamados detritivos, que se alimentam dos detritos decompostos no meio ambiente.
O bom estabelecimento da cadeia alimentar é a forma natural e mais eficaz de equilíbrio entre os ecossistemas, mas em alguns momentos esta boa relação tem sido prejudicada pela ação do homem, contribuindo assim para certas desordens de caráter ambiental.
Autor: Alan Lima