O novo ensino médio está em vigor desde o começo de 2022. Entretanto, a comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha os trabalhos do Ministério da Educação (MEC) cobrou mais empenho do governo. Em contrapartida, a pasta diz que a implementação do novo sistema é prioridade na educação.
Vale lembrar que, em 2022, somente quem faz parte do 1º ano do ensino médio está com a nova grade. Ano que vem será o 1º e o 2º ano e em 2024 todos os estudantes de nível médio. A medida havia sido aprovada ainda no ano de 2017.
Ensino Médio: implementação do novo sistema é prioridade
De acordo com a comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha os trabalhos do Ministério da Educação (MEC), o governo federal ainda precisa realizar mais investimentos na área, se quiser que o novo plano em vigor dê certo como planejado.
Durante uma audiência realizada em maio, o deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) apontou, o que segundo ele, são graves problemas na destinação dos recursos.
De acordo com o parlamentar, a falta de recursos em municípios mais pobres pode gerar uma desigualdade entre os alunos, já que não haveria estrutura suficiente para que as novas regras fossem implementadas.
“A ausência de mecanismo de garantia da oferta dessa modalidade em grande parte dos municípios brasileiros e a queda brusca de investimentos do governo federal poderá provocar maiores desigualdades na oferta desse eixo”, disse durante a audiência, na Câmara dos Deputados.
Em resposta, o MEC, por meio da diretora de Políticas e Diretrizes da Educação Básica da Secretaria de Educação Básica do MEC, Myrian Sartori, disse que existem três programas sobre o assunto, sendo que todos estão seguindo conforme o cronograma.
Segundo ela, o governo federal teria investido cerca de R$ 2,6 bilhões para que o novo sistema fosse implementado em todo o país, inclusive municípios mais pobres. Em suma, para o MEC, trata-se de uma prioridade.