Novo ensino médio entra em vigor neste ano; o que muda na prática?

O novo formato do ensino médio impactará milhares de adolescentes incentivando esses a entenderem sobre suas futuras profissões.

Neste ano, o Ministério da Educação (MEC) colocou em funcionamento o novo ensino médio. Entraram na base curricular atualizada os alunos do 1° ano. Para 2023, as turmas de 1° e 2° anos estarão todas incluídas. A implementação será realizada de forma gradual e deve ser finalizada em 2024.

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A atualização no currículo escolar foi feita focando três pontos principais: quantidade de horas letivas, organização das disciplinas e mercado de trabalho. Além disso, o novo ensino médio também impactou no Enem, que deve mudar a partir de 2024. A prova para entrar no ensino superior será toda modificada.

A ideia é que o exame acompanhe e seja adequado às mudanças do ensino médio. Dessa forma, assim como o aluno poderá escolher o curso que quer fazer, também contará com questões específicas voltadas para aquela área de atuação.

O que muda com o novo ensino médio?

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Os novos estudantes do ensino médio irão lidar com um sistema um tanto diferente dos seus veteranos. Existem três aspectos principais da matriz curricular que foram aprovados em 2017 e começaram a vigorar neste ano. Veja quais são:

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Novo formato das disciplinas

As 11 disciplinas tradicionais que compõem o currículo escolar dos estudantes serão divididas em quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais e Matemática. Nenhuma matéria será excluída, mas agora elas serão trabalhadas dentro dessas vertentes.

A partir disso, o novo ensino médio contará com aulas interdisciplinares em que o professor de determinada disciplina poderá se juntar com um professor de outra. Desde que os conteúdos juntos façam sentido para os alunos. Além das matérias já conhecidas, também haverão aulas e atividades especiais (itinerários formativos).

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Assim, 60% da carga horária deverá ser utilizada para as aulas comuns e os outros 40% por aulas opcionais. Ou seja, cada aluno poderá escolher os itinerários que lhe interessem, como palestras e oficinas que foquem na área de atuação que pretende seguir. Essa é uma forma de aproximar os jovens da profissão desejada.

Carga horária mais extensa

Pela lei, o novo ensino médio terá uma carga horária maior, somando 1.000 horas anuais e 3.000 horas ao final da etapa. Na grade antiga, a jornada escolar era de 800 horas por ano, o equivalente a 4 horas-aula diárias. Portanto, agora, os estudantes contarão com 5 horas-aula por dia.

A legislação também autoriza que as escolas realizem 20% das aulas diurnas de forma remota. Já para as instituições que possuem aulas noturnas, o percentual de possíveis aulas virtuais sobe para 30%.

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Ingresso no mercado de trabalho

Diferentemente da grande curricular antiga que focava apenas na entrada do aluno da Universidade, o novo ensino médio também visa preparar os estudantes para o mercado de trabalho. Sendo assim, os adolescentes poderão escolher os itinerários formativos de acordo com a carreira que querem seguir.

Com essa mudança, também fica aberta a possibilidade de escolher fazer o ensino médio integrado ao ensino técnico. Quem optar por essa vertente terá em seu diploma de conclusão as informações da profissão técnica em que formou. Nesse sentido de entrada no mercado de trabalho, as escolas contarão com o Projeto de Vida.

A iniciativa é uma forma de trazer orientação profissional de um professor ou psicólogo para ajudar os jovens a entenderem o que querem fazer no futuro. O acompanhamento dentro do novo ensino médio será voltado para fazer os estudantes pensarem sobre seu papel na sociedade, obstáculos da carreira e quais são seus objetivos profissionais.

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