Projeto de Vida: entenda a iniciativa que compõe o novo ensino médio

Componente obrigatório a partir deste ano, programa tem como foco promover a autonomia do aluno, abordando planejamento pessoal e profissional.

“O passado é uma roupa que não nos serve mais”, já cantava Belchior. Com o novo ensino médio, vigente a partir deste ano, houve muitas mudanças na grade curricular, da reorganização de disciplinas ao aumento da carga horária, passando pela inserção dos itinerários formativos.

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Aprovado em 2017 e implementado em 2022 para quem ingressar no 1º ano, o chamado novo ensino médio apresenta, entre as principais novidades, o chamado Projeto de Vida, iniciativa que, como o próprio nome indica, visa orientar os adolescentes quanto a objetivos profissionais, pessoais e estratégicos.

Confira a seguir tudo o que já se sabe a respeito.

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Onde você se vê daqui a cinco anos? Qual profissão deseja seguir? Quais passos pode trilhar para atingir seus objetivos pessoais? Perguntas como essas são exemplos de reflexões que o novo componente pode propor aos estudantes.

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“Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais”, destaca o texto da Lei nº 13.415/2017, responsável pelas alterações na Base Nacional Curricular Comum (BNCC).

O componente já é válido para quem ingressou no ensino médio a partir de 2022. A transição definitiva da nova grade curricular acontecerá somente em 2024, uma vez que alunos do segundo e terceiro anos permanecem com a estrutura até então adotada.

Como a disciplina será trabalhada em sala de aula?

Nesse quesito, há mais perguntas do que respostas, pois o texto do novo ensino médio apenas estipula o Projeto de Vida entre os dez componentes obrigatórios, sem detalhar, contudo, uma estrutura rígida que oriente escolas e diretores sobre como tratar a temática.

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A ideia é que a capacidade de reflexão crítica e planejamentos de curto, médio e longo prazos sejam abordados nos três últimos anos da educação básica, contemplando as esferas pessoal, social e profissional.

Caberá às instituições de ensino estipular tanto a carga horária do novo componente como designar por qual equipe será executada ou qual a metodologia mais pertinente, por exemplo.

Uma possibilidade é que seja criada uma disciplina específica para abordar o assunto ou, ainda, que ele seja trabalhado de forma interdisciplinar, por docentes de todas as disciplinas.

A nova legislação também não definiu carga horária específica para o projeto, que poderá ser incorporado às 1.200 horas previstas para conhecimentos básicos ou às 600 horas enfatizadas em objetivos pessoais e profissionais do estudante.

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Por fim, não há obrigatoriedade de um material específico para o novo componente nem de provas avaliativas, o que também ficará a critério da instituição de ensino.

Uma tendência é que experiências anteriores possam servir de norte para a estruturação pedagógica do Projeto de Vida. Em escolas de tempo integral, por exemplo, a iniciativa existia antes mesmo da reforma do ensino médio. Algumas instituições particulares também já trabalhavam com a chamada orientação vocacional, um dos pilares (mas não o único, vale frisar) da nova iniciativa.

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