O Exame Nacional do Ensino Médio deverá ser reformulado em 2024, com objetivo de adequação às mudanças que serão realizadas nas escolas nos próximos anos. Dessa forma, a expectativa é de que o novo Enem tenha questões discursivas e uma segunda etapa focada na área de conhecimento definido pelo aluno.
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, por meio de comissão, um parecer inicial sobre a nova versão da prova. Na última quarta-feira (08/12), o conselho se reuniu com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) para discutir alterações no texto.
Antes de definir o novo modelo, poderá haver ainda considerações do Grupo de Trabalho do Ministério da Educação (MEC). Só depois o texto irá para votação no plenário do CNE, previsto para 25 de janeiro de 2022.
Novo Enem: o que pode mudar?
Até o momento, o objetivo é que as provas do Exame Nacional do Ensino Médio sejam compostas por duas etapas:
- Primeira etapa: redação e questões de formação geral (não haverá divisão por disciplina e serão cobradas habilidades mais de interpretação do que de conteúdo);
- Segunda etapa: terá questões especificas para a área de conhecimento definido pelo aluno (ciências da natureza, linguagens, ciências humanas ou matemática). Os assuntos serão cobrados quanto às habilidades e competências desenvolvidas.
Essas mudanças serão necessárias porque, a partir do ano que vem, com a reforma do ensino médio, as escolas privadas e públicas terão alterações no modo de ensino. As escolas deverão reservar parte da carga horária para aulas aprofundadas na área escolhida pelo aluno.
O objetivo é que o novo Enem se adapte a esse modelo de ensino, que será guiado pelos projetos de vida de cada aluno.
Novo ensino médio
A mudança tem como base a Lei nº 13.415/2017, que realizar alterações na Base Nacional Curricular Comum. As mudanças dizem respeito à educação básica e formação profissional dos jovens estudantes.
Já em 2022, os estudantes que entrarem no primeiro ano do Ensino Médio já farão parte do novo formato. Quem estiver no segundo e terceiro ano seguirão a base antiga. A expectativa é que o novo modelo seja totalmente implantado até 2024.