Em 2017, a empresa sueca Crane AB produziu 100 milhões de unidades de notas de R$ 2 reais, que entraram em circulação no mesmo período. Desde a chegada do produto ao Brasil, colecionadores numismáticos já estavam dispostos a comprá-la por R$ 5 reais por unidade, mas por que será que isso aconteceu?
Atenção, essa matéria tem caráter meramente informativo. O Concursos no Brasil não trabalha com venda ou compra de moedas, e também não tem contato com colecionadores. Sendo assim, o nosso principal objetivo é informar sobre os possíveis preços de itens valiosos, e noticiar seus valores históricos, culturais e artísticos para fins educativos.
Que nota é essa?
Apesar de ter sido produzida em território estrangeiro, e não pela Casa da Moeda do Brasil, estima-se que essa nota tenha os mesmos elementos de segurança que as notas nacionais. No geral, o que a difere é a presença do nome da empresa sueca em alguma parte da cédula, garantindo a sua autoria.
No entanto, ela ainda não é considerada rara, mas os colecionadores e especialistas estimam que isso poderá mudar em pouco tempo, como aconteceu com outros exemplares. Segundo o Banco Central, o custo total de produção das 100 milhões de unidades foi de R$ 20,2 milhões na época de solicitação do pedido.
Sendo assim, estima-se que essa nota de R$ 2 não é considerada rara, porque existem cerca de uma cédula sueca circulando a cada dez cédulas brasileiras, o que é uma proporção grande. No entanto, as características diferenciadas desse exemplar foi o que a fez ter um valor maior para os colecionadores assim que chegou ao país.
Eventualmente, esses exemplares irão começar a se tornar escassos no mercado, porque as cédulas que ficam velhas tendem a ser substituídas por versões novas e impressas recentemente.
Como consequência, as antigas ganham mais valor por estarem em menor circulação e concentrada na mão de menos brasileiros, ainda que tenham um valor tão comum quanto R$ 2.
Como identificar essas notas?
No geral, a principal identificação é o nome da empresa sueca no lugar do nome da Casa da Moeda, que geralmente fica escrita no lado direito do reverso, onde fica a tartaruga que caracteriza essa cédula. Além disso, o número de série começa com as letras DZ, diferenciando-as das unidades produzidas nacionalmente.
Comumente, as moedas e cédulas nacionais não possuem a letra Z no campo do número de série. Segundo o Banco Central, a encomenda aconteceu com regime de urgência e sem licitação, porque as instituições nacionais não conseguiriam suprir a demanda. Além disso, produzi-la em outro país representou uma economia de 17% na impressão das cédulas.