Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada todos os meses pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), o estado de São Paulo possui a cesta básica mais cara do país, com preço médio de R$ 777,93. Em contrapartida, Aracaju apresentou o menor valor, com custo médio de R$ 548,38.
Em maio, a pesquisa registrou uma queda expressiva dos preços em 14 capitais brasileiras, com Campo Grande e Brasília liderando o ranking. Simultaneamente, Belém, Recife e Salvador registraram aumentos nos custos entre 3% e 0,5%. De acordo com o comparativo anual, o preço subiu igualmente em todas as capitais.
No geral, o preço da cesta básica permite com que o Dieese calcule a média de um salário mínimo para que o trabalhador brasileiro consiga suprir as despesas de alimentação, saúde, educação, lazer, previdência, segurança, higiene e transporte para a sua família. A pesquisa estimou o salário ideal no valor de R$ 6.535,40.
Desse modo, o valor representa 5,39 vezes mais do que o atual valor de R$ 1.212. Vale lembrar que este ano o Governo Federal propôs o reajuste de R$ 1.310,17 para o salário mínimo em 2023, sem aumento expressivo em relação à inflação.
Variação no preço dos produtos
Em maio, a inflação registrou uma desaceleração, mas continua registrando alta de 11,73% em 12 meses. Como consequência, os alimentos e bebidas continuam subindo para mais de 13,51% do preço desde maio de 2021. Porém, os produtos da cesta básica tiveram uma alta ainda mais expressiva, chegando a ultrapassar os 67%.
Neste sentido, estima-se que o café moído, por exemplo, teve um aumento de 67,01% enquanto o preço do tomate chegou a 55,62%, segundo informações do IBGE. De acordo com os números registrados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o custo da cesta básica no Brasil aumentou 48,3%.
Nos produtos com maiores aumentos neste período estão as matérias-primas com cotação internacional, como é o caso da soja, café, açúcar e carne. Além disso, houve registro de aumentos em outros bens e serviços, como é o caso da energia elétrica e o gás de cozinha.
Entre os motivos dos aumentos pode-se citar tanto os impactos da pandemia no coronavírus como os fatores domésticos e externos, relacionados à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Atualmente, o Governo Federal está implementando medidas para injetar dinheiro no país e movimentar a economia diante da crise mundial, com ampliação de benefícios e taxas inéditas de juros para quitação de dívidas.