A Rainha Elizabeth II era conhecida por seus conjuntos elegantes e chapéus correspondentes, enquanto o Rei Charles III tem usado consistentemente um anel de sinete no dedo mindinho desde a década de 1970.
Este anel não é apenas um elemento de seu estilo pessoal, mas também mantém uma ligação sentimental com as tradições familiares, remontando ao seu pai, o Príncipe Philip, e ao seu avô, George VI. Continue lendo e entenda abaixo.
Qual é a história do anel que o Rei Charles III usa no mindinho?
Conhecido como anel de sinete, esse adorno é frequentemente referido como “anel de cavalheiro” e sua origem remonta aos tempos bíblicos.
Embora sua prevalência tenha diminuído com o tempo, o anel ainda pode representar uma assinatura pessoal, herança familiar ou um indicativo de posição social.
Acredita-se que a popularidade desses acessórios cresceu com o surgimento da classe média. Aqueles sem um brasão de armas viam no anel de sinete um símbolo distinto de pertencimento a uma classe social mais elevada.
Seu uso é sempre no dedo mínimo da mão não dominante, e embora tradicionalmente associados aos homens, os anéis de sinete também são usados por mulheres.
A princesa Diana, por exemplo, era conhecida por usar um, conforme reportado pelo Telegraph em 1988.
Após o casamento de Kate com o Duque de Cambridge, a família Middleton adotou o uso de anéis de sinete, especialmente após receberem um brasão de armas pouco antes do casamento real.
Qual a origem do anel de sinete?
Os anéis de sinete têm uma história antiga, originando-se na antiga Mesopotâmia por volta de 3500 a.C., onde eram utilizados como selos pessoais, frequentemente gravados com o nome ou título do proprietário.
Naquela época, eles serviam para validar documentos, funcionando como uma marca formal em uma sociedade onde poucos sabiam ler e escrever.
No Império Romano, essas joias assumiram um papel de símbolos de poder e status, com designs que refletiam a nobreza e a linhagem de seus portadores. Júlio César, por exemplo, usava um anel com a imagem de um elefante, representando força e poder.
Durante a Idade Média, os anéis de sinete tornaram-se essenciais para a autenticação de documentos por reis e nobres, cada um com um design único que simbolizava a identidade do dono.
Com a chegada da Renascença, esses acessórios ganharam pedras preciosas e gravuras detalhadas, simbolizando a elegância e o requinte.
Figuras históricas notáveis, como Catarina, a Grande, Napoleão Bonaparte, Elizabeth I da Inglaterra, Carlos V do Sacro Império Romano e a Rainha Vitória, todos possuíam anéis de sinete distintos que refletiam seu status e autoridade.
Os materiais para a confecção dessas peças variaram ao longo do tempo, desde pedras preciosas como cornalina e ágata até metais como ouro e prata, muitas vezes enriquecidos com esmalte e gemas.
Hoje, os anéis de sinete são apreciados como acessórios de moda, usados para expressar herança cultural ou afiliação a grupos exclusivos.
Seus designs carregam significados profundos, com brasões, iniciais e símbolos familiares que contam histórias únicas.
Além de sua importância histórica, eles também são vistos como amuletos da sorte, demonstrando sua versatilidade e o legado duradouro que carregam.