Ponto de exclamação (!): quando usar esse sinal na redação?

O ponto de exclamação pode ser utilizado de formas diferentes na escrita. Confira quando utilizá-lo e como fazer com que a redação se torne mais eficiente.

Os sinais de pontuação são recursos fundamentais para que as ideias transmitidas em um texto sejam de fácil entendimento. Sem eles, as frases ficariam confusas e, na maioria das vezes, sem o menor sentido, prejudicando a leitura do material. Um exemplo de sinal que deve ser bem empregado é o ponto de exclamação: saiba quando usá-lo na redação.

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Em textos acadêmicos, a falta de sinais gráficos não apenas torna a produção confusa, como tira preciosos pontos da nota final. Para escrever materiais para vestibulares, como o Enem, é importante entender em que momento utilizar cada um, e o ponto de exclamação não é uma exceção.

Para entender melhor sobre o assunto, confira abaixo quando usar o ponto de exclamação na redação e não cometa mais os mesmos erros.

Quando usar o ponto de exclamação?

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O ponto de exclamação (!) é um sinal utilizado para enunciar diversos tons exclamativos, indicando emoção, ordem ou súplica. Normalmente, é inserido no final da frase exclamativa, sendo da mesma forma designado para destacar frases imperativas ou vocativos enfáticos.

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Esse símbolo é uma das características mais marcantes do estilo de época do Romantismo e pode ser combinado com ponto de interrogação ou com reticências. Quando uma oração é finalizada com o sinal, a seguinte geralmente começa com letra maiúscula, e existem poucas exceções para a regra (como contextos informais ou licença poética).

Quanto ao seu uso, o ponto de exclamação é empregado principalmente nos contextos a seguir:

Expressões exclamativas

Aqui, as expressões são finalizadas com o ponto de exclamação para indicar a intensidade da ideia apresentada no discurso. O sinal ajuda o interlocutor a entender que se trata de um enunciado representando um sentimento ou sensação com muita intensidade. Igualmente, indica que a expressão foi falada em tom de voz elevado, grito ou brado. Confira algumas possibilidades:

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  • Medo: Socorro! Alguém me ajude!
  • Raiva: Você está morto para mim!
  • Alegria: Que maravilha!
  • Surpresa: Não acredito!
  • Súplica: Por favor, não faça isso!
  • Dor: Meu braço! Você está me machucando!

Interjeições

As interjeições costumam ser acompanhadas do ponto de exclamação, de modo que possam representar a mesma intensidade. Veja alguns exemplos abaixo:

  • Dor ou espanto:
    • Ai!
    • Ui!
  • Raiva ou espanto:
    • Chega!
    • Eita!
  • Surpresa ou alegria:
    • Uau!
    • Nossa!
  • Empolgação:
    • Oba!
    • Demais!

Orações imperativas

Dependendo do contexto, as orações imperativas também podem ser finalizadas com ponto de exclamação. Confira:

  • Pedido: Por favor, não faça isso comigo!
  • Ordem: Saia da minha frente imediatamente!
  • Súplica: Pelo amor de Deus, tenha piedade!

Outros sinais de pontuação

Como informado anteriormente, o ponto de exclamação também pode aparecer junto com outros sinais, como a interrogação ou as reticências. Entenda melhor por meio dos exemplos:

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  • Você viu seu pai?! Achei que ele tinha morrido!

Aqui, o enunciador faz uma pergunta, mas ainda expressa sua surpresa. Caso a intenção seja destacar a surpresa em vez da pergunta, o ponto de interrogação deve vir antes. Quanto às reticências, são usadas da seguinte maneira:

  • Eu não sei mais o que fazer! Por favor, eu preciso…!

A interrupção do pensamento, nesse caso, está combinada com uma súplica, de modo a aumentar ainda mais a intensidade da indecisão.

Exclamação na literatura

O ponto de exclamação também é muito utilizado na literatura, por conta de sua associação aos elementos subjetivos. Assim, está presente na prosa e na poesia, independentemente da época. Contudo, um estilo literário em que o uso da exclamação em excesso é uma de suas características é o Romantismo.

Fagundes Varela, por exemplo, foi um poeta da segunda geração do Romantismo que utilizava o ponto de exclamação como grande aliado. É possível notar o detalhe em seu poema, “Cântico do calvário”:

“Eras a messe de um dourado estio.
Eras o idílio de um amor sublime.
Eras a glória, — a inspiração, — a pátria,
O porvir de teu pai! — Ah! no entanto,
Pomba, — varou-te a flecha do destino!
Astro, — engoliu-te o temporal do norte!
Teto, caíste! — Crença, já não vives!”.

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